Ao que parece a lua de mel entre a administração municipal e o famoso “velhinho” das Lojas Havan, parece ter chegado ao final. Após juras de carinho, admiração e do selo de uma parceria profícua para a cidade, decreto municipal que segue determinação do decreto estadual levaram os fiscais da prefeitura municipal a lacrar a unidade de Marília.

A medida atende ao disposto no decreto do prefeito Daniel Alonso e a de decisão judicial, sendo que, para piorar a situação penalizou também o Esmeralda Shopping e seus lojistas por estarem fazendo entrega de mercadorias no estacionamento, pelo sistema drive-thru. Nossa reportagem foi procurada por vários lojistas, que estavam revoltados com a atual administração, pois, estavam comercializando produtos considerados em decreto como essenciais. A decisão causou uma revolta grande entre os lojistas que lutam as duras penas para manterem seus empreendimentos.

Não satisfeitos, um grupo de cerca de  trinta funcionários da Loja Havan de Marília fez um protesto por volta das 16h30 de ontem, segunda-feira (18) nas escadarias de entrada da Prefeitura e da Câmara Municipal de Marília, pedindo a reabertura da loja, que foi formalmente lacrada pela Divisão de Fiscalização da Prefeitura.

Eles  portavam bandeiras, tocaram cornetas, carro se som e gritaram palavras de ordem, como “queremos trabalhar”. Não solicitaram audiência com o prefeito Daniel Alonso nem com vereadores. Alguns funcionários ouvidos em “off” pela nossa reportagem, temem pela demissão em massa com o consequente fechamento da loja em Marília, já que a mesma está fechada há praticamente dois meses.

A Loja Havan, por determinação de sua diretoria, abriu para o dia das mães, foi penalizada e recorreu alegando que também oferece gêneros alimentícios, o que não foi aceito pela Justiça local.

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Não é segredo para ninguém a dificuldade que todos os empresários com empreendimentos em Shopping’s estão passando por sérias dificuldades e com os Lojistas do Shopping Esmeralda a situação não é diferente, afinal, estão há 60 dias fechados, e revoltados com o prefeito pelo impedimento da entrega drive-trhu ou com uma melhor especificação no decreto sobre o que é permitido realmente.

A questão é mais relativa às lojas consideradas não essenciais pelo decreto do governador João Doria e pelo do prefeito de Marília. Como o Esmeralda tem estacionamento amplo, os lojistas de outros segmentos estavam indo até os carros entregar mercadorias compradas via WhatsApp.

A entrega estava, segundo lojistas, sendo feita respeitando distanciamento e as regras sanitárias. A fiscalização da Prefeitura alegou que recebeu denúncia e foi até o local, proibindo lojas de roupas, calçados, joias ou bijuterias, por exemplo, de após a venda eletrônica entregarem o produto aos clientes no estacionamento. A mesma conduta está sendo adotada pelos fiscais em outras lojas em Marília, inclusive com um histórico de décadas de funcionamento na cidade que ameaçam fechar suas portas definitivamente.

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Nos bastidores da cidade, boatos não confirmados oficialmente norteiam para o fechamento de mais de 70 lojas nos últimos dias gerando centenas de desempregados.

Enquanto isso, a ACIM e o SINCOMÉRCIO de Marília se mobilizam juridicamente para tentar reverter a situação com a reabertura do comércio de forma flexibilizada e com horários diferenciados. Mais de 20 cidades no estado de São Paulo já estão oficialmente afrontando o decreto estadual. Próximo a Marília, a cidade de Tupã é um exemplo, mas, o governo já declarou que está tentando o fechamento via judicial.

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