Mesmo ainda sem os números de novembro e dezembro, resultado do setor já superou todo o ano de 2020, o auge histórico até então. Empresários esperam fechar 2021 com alta de 34%.

Você já teve ter notado pelas ruas da cidade que não tem uma politica para ciclovias uma movimentação diferenciada daqueles (as) que se arriscam no arriscado trânsito de Marília. Pois bem, elas, as bicicletas elétricas bateram seu venda recorde no Brasil em 2021 antes mesmo do final do ano.

Dados obtidos  com a Aliança Bike, associação brasileira de empresas do setor de bicicletas, mostram que 35.722 unidades do veículo foram comercializadas de janeiro a outubro. Esse número já é maior que o do ano inteiro de 2020, quando 32.110 bikes elétricas foram vendidas — auge histórico até então.

Faltando ainda contabilizar os meses de novembro e dezembro, a entidade prevê que o ano termine com 43 mil unidades comercializadas, o que vai representar um aumento de 34% em relação a 2020.

Para a Aliança, muito do crescimento do setor ocorre de forma orgânica. “A bicicleta elétrica vem vencendo a desinformação, e mais empresas estão ofertando modelos”, explica Daniel Guth, diretor executivo da Aliança Bike. A maioria é importada, mas a produção nacional também cresce (leia mais abaixo).

Bicicletas elétricas ainda representam apenas 1% de todo o segmento de bikes no Brasil — Foto: Divulgação / Vela Bikes

Bicicletas elétricas ainda representam apenas 1% de todo o segmento de bikes no Brasil — Foto: Divulgação / Vela Bikes

Apesar de estar em alta, ainda há muito espaço para crescimento das bicicletas elétricas, segundo os empresários do setor. “Percentualmente, ainda é muito pequeno, cerca de 1% do total [de bicicletas]. Estamos muito aquém do potencial”, afirma Guth.

Produção nacional aumenta

Além do aumento das vendas, a montagem local desses veículos tem crescido em relação às importações. A produção nacional correspondia a 45,5% no total de vendas em 2016, e subiu para 60% em 2021.

Um dos motivos para essa mudança foi o investimento de marcas consolidadas no mercado de bicicletas e a redução da tributação de diversos componentes, segundo a Aliança Bike.

“Para se ter uma ideia, ao importar uma bike elétrica inteira paga-se 18% de imposto de importação”, disse Guth. “Importando os componentes, a alíquota é menor: para alguns é de 14,4%; e (para) câmbios e cassetes, que não têm fabricação no Brasil, a alíquota é de 0%. Para quem tem volume, montar aqui no Brasil vai se tornando cada dia mais vantajoso.”

Os modelos montados no Brasil podem ter um alto grau de nacionalização, com materiais produzidos no país, ou serem feitos a partir de peças importadas. É um processo semelhante ao que acontece com a indústria de motocicletas.

Alternativa para mobilidade urbana

Em busca de fugir do trânsito ou do transporte público cheio, muita gente tem buscado as bicicletas elétricas como uma opção para se deslocar no dia-dia. Dados da Aliança Bike mostram que 56% dos ciclistas de bikes elétricas usavam carro antes de aderirem ao veículo.

Infelizmente, a crise dos combustíveis está longe de acabar e com isso, não resta outro alternativa ao trabalhador. É lamentável a falta de tino administrativo para perceber a mudança e avançar no tempo com a implantação de ciclovias nas principais artérias da cidade como fomento ao ciclismo, à prática de esportes, melhoria na qualidade de vida e até com ótimos resultados para o meio ambiente.

NÃO SE ENGANE: Qual a diferença entre CICLOVIA e CICLOFAIXA ?

CICLOVIA, CICLOFAIXA OU CICLORROTA? ENTENDA AS DIFERENÇAS - YouTube

CICLOVIA

A ciclovia é um espaço destinado apenas ao fluxo de bicicletas e ciclistas. Ela conta com uma separação física que isola os ciclistas dos demais veículos e pedestres. A separação pode ser feita de várias maneiras como com grade, mureta, meio fio, blocos de concreto etc. Em geral, a ciclovia também tem uma cor diferente.

O uso da ciclovia está mais presente em vias expressas e avenidas, protegendo o ciclista do tráfego intenso e rápido e evitando que os motoristas adentrem nessa via exclusiva.

Outra possibilidade é a ciclovia operacional – uma faixa instalada temporariamente e operada por agentes de trânsito durante eventos. A separação é feita por cones, fitas e outros elementos, isolando os ciclistas.

CICLOFAIXA

A ciclofaixa, diferentemente da ciclovia, não tem separação física. É apenas uma faixa pintada no chão. Podem existir “olhos de gato” ou tartarugas para separar a ciclofaixa das faixas de ônibus, por exemplo.

Em geral, o uso da ciclofaixa é mais indicado em locais nos quais o trânsito de veículos é menos veloz. Além disso, implementar uma ciclofaixa é bem mais barato do que uma ciclovia, pois utiliza a estrutura viária existente, por isso ela costuma aparecer mais frequentemente em diferentes cidades.

O JORNAL DO ÔNIBUS DE MARILIA, já realizou diversos matérias a respeito do assunto e objetivando de uma forma construtiva sugerir a administração uma plano real de mobilidade urbana contemplando as ciclovias, mas, até o momento, nada foi feito. E olha que tem muito dinheiro, inclusive do capital estrangeiro para investir em projetos desta envergadura. Acho que estão esperando este jornalista ganhar a eleição para prefeito e realizar.

DIRETO DA REDAÇÃO

error: Conteúdo protegido por direitos autorais.