Com o avanço da variante Ômicrom, o Brasil está registrando sucessivos recordes na taxa de transmissão da Covid-19. Na última semana, de 16 a 23 de janeiro, a taxa de contágio chegou a 1, 78, o maior valor desde janeiro de 2021. Já a transmissão do novo coronavírus em São Paulo atingiu 1.79, a maior taxa para a capital paulista desde que os dados foram computados. Isso significa que cada 100 pessoas infectadas transmitem a Covid-19 para outras 179.

Os dados são de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual Paulista ( Unesp ) que produzem o Info Tracker, responsável por monitorar o avanço e o ritmo de contaminação da doença no país. O matemático e coordenador da plataforma, Wallace Casaca, afirmou em entrevista que a velocidade de transmissão da variante Ômicron é algo sem precedentes na comunidade científica.

“Nós pesquisadores e toda a comunidade cientifica, até então, nunca tínhamos registrado uma capacidade de disseminação do vírus tal como a Covid na manifestação da Ômicron. Ela realmente consegue extrapolar outras doenças altamente infecciosas como o sarampo”, afirmou.

O pesquisador avaliou que a alta no número de casos da Covid-19 é algo que vem sendo observado em todo o mundo e que “quase todos os países do mundo estão enfrentando esse avanço da Ômicron, isso também é algo sem precedentes que nunca observamos antes”.

De acordo com Casaca, há estudos científicos que estão sendo formulados e já postulam em afirmar que “a Covid na manifestação da Ômicron é sim aquilo que a gente conhece de mais infeccioso que já observamos em vida”.

O pesquisador afirma que a prioridade deve ser quebrar a cadeia de transmissão, já que fazendo isso será possível evitar todos os outros desdobramentos do alto número de contágios, como o aumento na curva de internações e óbitos. “Temos que pensar sempre na transmissão da Covid como se fosse uma cadeia de eventos”, disse.

No entanto, segundo o matemático, a expectativa é de que a taxa de transmissão comece a diminuir gradativamente ainda em fevereiro. “Os casos ainda vão aumentar, mas de forma mais desacelerada, ou seja, incrementos cada vez menores de um dia para o outro”, avaliou Casaca.

O matemático considerou que uma queda na taxa de contágio não necessariamente representa um decréscimo no número de novos casos. “Enquanto a taxa estiver acima de um, sempre vai ter aumento de casos. O declínio de casos só vem com a taxa de transmissão abaixo de um”, ressaltou.

Secretaria municipal de saúde admite; “Ela já está em Marília.

Covid: quando uma pessoa com ômicron deixa de ser contagiosa, com ou sem  sintomas - BBC News Brasil

Na realidade da capital nacional do alimento, já não se tem como ocultar, tanto é que, a secretaria Municipal de saúde confirmou oficialmente a presença da Ômicron em Marília. Embora muitos quadros de Covid já tenham identificação clínica da variante, os resultados de sequenciamento genético comprovam a sua presença na população local.

A Secretaria Municipal da Saúde emitiu nota na última terça-feira (25), confirmando a circulação da Ômicron em Marília. A pasta destacou o “risco muito elevado” que a variante representa, em acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde).

Brasil bate recorde de novos casos de Covid, com 224.567 em 24 horas

Nesta quarta-feira (26), o Brasil registrou 570 mortes e 224.567 novos casos diagnosticados de Covid-19, o maior número desde o início da pandemia, de acordo com os dados enviados pelos estados ao Ministério da Saúde e ao Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde). A média móvel de óbitos nos últimos sete dias é de 365, e a média móvel de novos casos é de 159.877, a maior desde o início da pandemia.

O país contabiliza 624.413 mortes e 24.535.884 pessoas que já foram diagnosticadas com a doença. São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Minas Gerais são os estados com o maior número de óbitos, respectivamente. De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 21,7 milhões de pessoas já se recuperaram da Covid-19 no país.

Segundo o Conass, a taxa de letalidade do coronavírus no Brasil é de 2,5%, e a taxa de mortalidade por cada 100 mil habitantes é de 297,1.

O vacinômetro mostra que mais de 163,8 milhões de pessoas receberam a primeira dose da vacina contra a Covid-19 no país, o que corresponde a 76,7% da população, sendo que mais de 149,1 milhões já receberam a segunda dose ou uma vacina de dose única. O número de imunizados com a dose de reforço é de 43,5 milhões, o equivalente a 20,4% da população.

DIRETO DO PLANTÃO DE NOTICIAS

error: Conteúdo protegido por direitos autorais.