O Procon estadual de São Paulo e a Universidade Zumbi dos Palmares assinaram nessa terça-feira  um termo de compromisso para prevenir e fiscalizar as denúncias de racismo no comércio. A ação ganhou o nome de Procon Racial e tem como principal função ser um canal para receber relatos de discriminação. 

Uma pesquisa feita em 2019 mostrou que quanto mais escura a cor da pele, maior a percepção de ser tratado de forma diferente. Entre as pessoas que se declararam pretas, 65% disseram se sentir discriminadas ao fazer compras. São situações como hostilidade das ações dos seguranças, recusa em atender ao cliente e outras formas de preconceito racial.

Vale lembrar que, para o Supremo Tribunal Federal, até que o Congresso Nacional legisle sobre o assunto, a LGBTfobia – discriminação por orientação sexual ou identidade de gênero – também é uma forma de racismo, e que pode ser denunciada.

A partir de agora, o paulista que se sentir constrangido no comércio deve procurar imediatamente o Procon, presencialmente ou pelos canais de atendimento, como a página procon.sp.gov.br/discriminacao

Procon-SP cria canal para receber denúncias de racismo

A defesa do consumidor vai enviar as equipes para apurar o que ocorreu e ouvir a vítima. Também vai produzir cartilhas, cursos e palestras para orientar lojistas e consumidores. Os funcionários especializados nesses casos fazem parte de um núcleo de combate ao racismo, dentro da Diretoria de Fiscalização.

A Universidade Zumbi dos Palmares vai qualificar esses fiscais e oferecer apoio jurídico e psicológico para as vítimas de discriminação nas relações de consumo.

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