A Câmara de Marília já pode pedir música no fantástico. Conforme já é do conhecimento de todos, de forma inédita na noite da última segunda feira (30), os nobres edis do plenário da câmara municipal de Marília entraram para a história, em aprovar pela terceira vez consecutiva o pedido de vistas do Projeto de Lei da Prefeitura municipal de Marília, solicitando uma verba aproximada de três milhões de reais ou, em números precisos de R$ 2.950.590,00 para segundo as justificativas, serem utilizadas no combate à Covid.

A discussão pelo parecer de vistas parecia mais uma debate pelo teor do projeto, tamanha foram as chamadas questões de ordem utilizadas pelos legisladores, começando pelo vereador Luiz Eduardo Nardi ( PODEMOS) que foi o autor do primeiro pedido de vistas, mas, na noite de ontem saiu em defesa da administração, afirmando que teria se reunido com o secretário da saúde e já obtido as informações necessárias.

Já o vereador Marcos Custódio ( PODEMOS ), defendeu de forma enfática o projeto explanando sobre a necessidade urgente dos prestadores de serviço e que isto poderia acarretar danos no atendimento a população. A vereadora Professora Daniela, solicitou que todos verificassem os documentos então enviados em anexo ao projeto antes de tecerem um juízo sobre o voto, pois, para ela, as explicações estavam ali contidas.

Do outro lado, o vereador Agente Federal Junior Féfin, autor deste ultimo pedido de vistas, reiterou a falta de documentos que comprovem a destinação do dinheiro solicitado e ainda arrematou que os documentos enviados não passavam de “blá, blá, blá” da administração.

O vereador Eduardo Nascimento questionou o fato da solicitação de mais recursos para Covid, sem ao menos um apontamento das investigações da CPI instalada na casa, justamente para investigar os recursos destinados para esta finalidade. Ele lembrou que foram enviados na primeira remessa pelo governo federal R$ 40 milhões de reais, que só poderiam ser utilizados com gastos em ações de combate ao coronavírus e outros R$ 27 milhões que poderiam ser utilizados para qualquer finalidade. Segundo ele, da primeira verba enviada, teriam sido destinados R$ 7 milhões para folha de pagamento, fato este que teve que ser revertido posteriormente, pela casa de leis para corrigir a “errata”.

Enfim, na votação final, mais uma comprovação de que o tempero da câmara parece ter saído do ponto do “mestre cuca do executivo”, afinal, dos 11 votos antes garantidos como certos, apenas 5 se sustentam, nas votações e alguns em um silêncio total sobre o assunto. Vale lembrar que recentemente o vereador Eduardo Nascimento perdeu a secretaria que estava sob seu comando e todos os cargos comissionados de sua indicação. Será que teremos uma nova edição de cortes ?

Fato é que, VOTARAM A FAVOR DO PEDIDO DE VISTAS, os vereadores Agente Federal Junior Féfin (PSL), Élio Ajeka (PP), Vânia Ramos (REPUBLICANOS), Eduardo Nascimento (PSDB), Rogério das Graças (PP), Ivan Negão (PSB) e Danilo da Saúde (PSB).

VOTARAM CONTRA O PEDIDO DE VISTAS, os vereadores; Luiz Eduardo Nardi (PODEMOS), Marcos Custódio (PODEMOS), Junior Moraes (PL), Professora Daniela (PL) e vereador Evandro Galete (PSDB)

Apenas para recordar…

O embate está se tornando um desgaste para a administração em uma queda de braço onde até o momento, o staff do 2º andar está perdendo de goleada. Na primeira votação ocorrida em 16 de agosto, o vereador Luiz Nardi (Podemos), pediu vistas do projeto para “melhor análise”, fato este que já teria ocorrido, afinal, ele já mudou o seu posicionamento. A segunda votação do projeto ocorreu na sessão do dia 23, quando foi a vez da vereadora Vânia Ramos (Republicanos) solicitar o pedido de vistas “para melhores estudos”. Na noite da última segunda feira (30) , em uma sessão camarária histórica, foi a vez do vereador Júnior Féfin (PSL) pedir vistas pela terceira vez, “para saber detalhes dos gastos”. Portanto 3º pedido de vistas consecutivo de um mesmo projeto…

Prefeito Daniel já envia “novo projeto à Câmara pedindo mais R$ 4,4 milhões para combate à Covid”.

Demonstrando total falta de estratégia e planejamento e apostando na aprovação, o gestor municipal não perdeu tempo. Enquanto a novela da votação do primeiro projeto se desenrolava, o mesmo protocolou outro Projeto de Lei de numero 143/2021 solicitando mais um crédito adicional suplementar de exatos R$ 4.444.000,00 “para ações emergenciais de combate à Covid”.

Havia a previsão de que o mesmo estaria na pauta da próxima sessão camarária (no dia 8 de setembro), porém com entrave inesperado, é quase certo que o mesmo terá que esperar mais um pouquinho. Porém caso isto venha a ocorrer, o plenário da Câmara estará apreciando o pedido de cerca de R$ 7,5 milhões de verbas pela Prefeitura para combate à Covid aqui na cidade. Vale lembrar que até o momento o assunto CPI da COVID de Marília é um assunto em OFF nos corredores da câmara, ninguém sabe, ninguém viu e tampouco ouviu. COM A PALAVRA OS NOBRE EDIS ….

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