Mais uma ocorrência que infelizmente confirma a cidade de Marília, como a líder no estado em ocorrências desta natureza. Na noite de ontem, quarta feira, (30), policiais e unidades de socorro foram acionadas no bairro Jardim Nacional, onde, no local, um jovem identificado como F.A.C, um jovem de 24 anos, teria colocado fim a própria vida.

A PM ( Polícia Militar) foi solicitada por volta das 21h, no referido ao local. Ao chegarem na residência já constataram o óbito e nada mais poderia ser feito. A perícia esteve presente e acabou encontrando uma garrafa de whisky, consumida parcialmente, além de um copo contendo uma mistura alcóolica.

Segundo o histórico do boletim de ocorrências, ao chegarem ao local encontraram o solicitante, a testemunha, que era amigo do rapaz, e disse que tinha ido visitá-lo, mas o mesmo não atendeu a ligação. Então, resolveu entrar na residência onde acabou se deparando com a triste cena. Em depoimento o rapaz afirmou que ainda tentou reanima-lo, mas não conseguiu e neste momento acionou o serviço de emergência.

Um outro relato foi do pai do rapaz, onde o mesmo disse que F.A.C, a vítima teria chego em sua residência, que fica ao lado da oficina onde ambos trabalham, por volta das 16h30 com uma garrafa de whisky. Por volta das 18h o pai se despediu e foi embora, porém o filho já estaria bebendo.

Apesar dos inúmeros serviços de apoio existentes na cidade, os números estatísticos aumentam a cada ano na cidade e todo e qualquer sinal é de suma importância para detectar os sinais da pessoa com tendência suicida, principalmente se já estiver em quadro de depressão. Confira;

Comportamento suicida: saiba como identificar todos os sinais

Comportamento Suicida

Tristeza excessiva, variações bruscas de humor, calma após um longo episódio de depressão, tentativa de reconciliação com quem está próximo, fixação pela ideia de fazer um testamento. Essas são algumas atitudes que podem revelar um comportamento suicida.

Se alguém que você ama estiver agindo dessa forma, você pode ter atenção e ajudar. O suicídio, afinal, é um problema grave, cujas motivações podem ser tratadas quando ainda está no âmbito da ideação. Hoje, a cada 40 segundos que se passam, uma pessoa dá fim à sua própria vida no planeta, de acordo com informações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Para saber mais sobre o tema e identificar todos os sinais que possam apontar para ele, continue a leitura de nosso artigo a seguir.

O suicídio no mundo e no Brasil

A cada ano, 800 mil pessoas se suicidam em todo o mundo. Os dados da OMS revelam, ainda, que essa é a segunda maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. 

Entender o suicídio é uma questão complexa, já que ele envolve fatores de ordem genética, psicológica, sociológica e biológica Seja por momentos de crise, brigas em relacionamentos, impulso, falta de oportunidades ou desilusão pela vida, é comum, também, que os casos estejam relacionados a transtornos mentais, como depressão e ansiedade, e ao uso de drogas.

Fatores de risco para suicídio

Embora não haja causas únicas que expliquem o suicídio, é válido mencionar aquelas que são mais recorrentes, como: 

  • estresse social;
  • perda de emprego;
  • dificuldades financeiras (não à toa, 75% dos países que registram suicídios são emergentes ou subdesenvolvidos);
  • problemas de relacionamento;
  • traumas, como abusos sexuais;
  • depressão;
  • esquizofrenia;
  • abuso de álcool;
  • baixa autoestima;
  • sofrimento em relação à orientação sexual;
  • dificuldade de enfrentar problemas;
  • doenças e dores crônicas;
  • acontecimentos destrutivos, como guerras e grandes conflitos.

Esses fatores podem aparecer isoladamente e, em alguns casos, ainda, combinados.

O que caracteriza o comportamento suicida?

Tem alguém que você ama que está sofrendo e desconfia de que a pessoa esteja com sinais de comportamento suicida? Então, você pode ajudar prestando atenção a alguns sintomas do suicídio, como os que citamos a seguir.

Falta de interesse pelo próprio bem-estar

O comportamento suicida tende a estar relacionado à falta de autocuidado, já que há uma perda de vínculo gradual do paciente consigo. Aos poucos, sua própria vida deixa de ser importante e atividades do dia a dia vão se perdendo.

Pode-se falar aqui sobre redução de hábitos de higiene, perda de vaidade, indiferença em relação a como se portar e até mesmo em situações de desconforto, como sensação de dor e frio.

Queda da produtividade nos estudos e no trabalho

A falta de atenção e a perda de motivação para se concentrar em tarefas do cotidiano também são preocupantes quando há suspeita de suicídio. Aos poucos, elas começam a refletir no trabalho, nos estudos…

É possível notar dificuldades de concentração, ansiedade, desatenção e limitação para concluir tarefas importantes. Aqui, os colegas profissionais e companheiros de sala podem ser aliados importantes para notar os sintomas.

Mudança nos padrões alimentares e de sono

Quaisquer alterações bruscas e intensas nos padrões de alimentação e de sono têm a chance de estar relacionadas a um transtorno mental e a um risco de suicídio. Se o indivíduo tem comido demais ou deixado de comer, por exemplo.

Ainda, quando dorme por horas ininterruptas ou passa madrugadas em claro, é sinal de que algo não está bem e requer atenção.

Intensidade na procura por sexo

Hábitos considerados promíscuos, como a súbita procura por diferentes parceiros e relações sexuais sempre desprotegidas apontam, em alguns casos, um comportamento destrutivo que se relaciona ao suicídio. Se algum amigo seu apresentá-los, aconselhe!

Tentativa de fazer as pazes com todas as pessoas

As tentativas sucessivas de fazer as pazes com as outras pessoas revelam hábitos comuns do comportamento suicida. Elas expõem, afinal, uma forma de buscar a reconciliação para dar encerramento à própria vida. 

É importante destacar que, antes desses sinais, ainda que de forma sutil, pode haver pedidos de ajuda a amigos. Assim, se alguém que está próximo a você estiver pedindo sua opinião ou quiser desabafar a respeito, não espere ser tarde demais: busque ajuda.

Ajuda para comportamento suicida

Uma vez detectado o comportamento de risco e a tentativa de suicídio, é fundamental buscar aconselhamento e apoio médico. Assim, os profissionais voltam suas atenções ao tratamento cognitivo comportamental.

Nele, enfatizam na capacidade de enfrentamento de problemas, especialmente quando os indivíduos em questão são crianças e a adolescentes. Depois, trabalha-se na melhora da autoestima dos pacientes e na modificação de comportamentos que reflitam dificuldades de adaptação, bem como na solução de conflitos.

Se houver quaisquer transtornos mentais ou dependência químicas relacionadas, é imprescindível que haja suporte de um hospital de referência em psiquiatria para promover o tratamento multidisciplinar, como o Hospital Santa Mônica.

Ao fim, o comportamento suicida, por mais preocupante que seja, especialmente quando é perceptível em alguém que amamos, pode ajudar a contornar o problema e tratá-lo antes que leve, de fato, à morte. Com cuidado, diálogo e apoio médico, tudo pode se resolver, assegurando uma vida-longa, com bem-estar e tranquilidade.

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