Olá pessoal, antecipadamente quero agradecer os milhares de acessos e os compartilhamentos dos temas que sempre procuramos abordar nesta coluna.

Que fique bem claro, que nossos comentários não objetivam o partidarismo político ou muito menos tendenciar opiniões, mas sim, relatar aquilo que muitas vezes você leitor gostaria de expressar e não em espaço. Em outras palavras, procuro apenas comentar e analisar aqui, o que está na boca do povo.


Dia desses, eu estava conversando com o meu sócio e o assunto era o dizimo cobrado pelas igrejas e, não sei por que cargas d’agua acabamos transferimos para a politica.

O empresário Luciano Hang, que recentemente esteve inaugurando as Lojas Havan em nossa cidade foi muito feliz em suas colocações no que diz respeito a classe politica do Brasil e claro de nossa cidade.

O empresário foi muito enfático quando citou o pedágio que antes era cobrado em nossa cidade para a implantação de fábricas, lojas e industrias e, citando que a classe politica em nosso pais mais atrapalha do que ajuda. Será que ele mentiu ???

É incrível ver um empresário que investiu mais de 30 milhões de reais, gerando 150 empregos diretos ainda tenha causado criticas por parte de algumas pessoas, que, por esta ou aquela razão são ligadas a velha política de Marília que, provocou a perda de industrias importantes como por exemplo a cervejaria Antárctica, a Anderson & Clayton e tantas outras.


A palavra corrupção deriva do latim corruptus, que, numa primeira definição, significa “quebrado em pedaços” e em um segundo sentido, “apodrecido; pútrido”. Em uma definição ampla, corrupção política significa o uso ilegal – que pode ser por parte de governantes, funcionários públicos ou privados – do poder político e financeiro de órgãos ou setores governamentais com o objetivo de transferir renda pública ou privada de maneira criminosa para determinados indivíduos ou grupos de indivíduos ligados por quaisquer laços de interesse comum – negócios, localidade de moradia, etnia, entre outros.


No Brasil, política e corrupção acabaram se tornando palavras agregadas. Passaram-se alguns anos após a instauração da operação Lava Jato e, todos os dias, ainda são inúmeras as matérias publicadas falando de desvio de verbas, superfaturamento de obras e tantos outros crimes cometidos pelos políticos, que deveriam usar o poder para ajudar a população.


Infelizmente, é pesaroso afirmar que a corrupção no Brasil vai muito além de um erro cometido uma única vez. A condição da política brasileira foi e ainda é baseada na acomodação da sociedade com a situação atual, na aceitação da corrupção como normalidade, na legislação defasada e complacente com os erros.

Durante anos, as constantes denúncias de desvio das verbas públicas, divulgadas pela mídia, fizeram com que a indignação dos cidadãos fosse diminuindo, e, sem ser pressionados, os réus encontram métodos para se livrar das acusações. Em Marília não é diferente, tanto é que ainda é comum ouvir nas ruas o chavão; -” Ele rouba, mas faz”. E olha que ouvi isso dia desses no centro da cidade.


Felizmente, desde meados de 2015, esse comodismo da sociedade começou a mudar e os seguidos protestos de rua contra a “política da corrupção” fizeram boa parte da população pensar e passar a exigir investigações e punições mais rigorosas para os corruptos. Em nossa cidade, uma pequena minoria se expressou, mas, o mais importante poder que poderia em muito colaborar com o desenvolvimento da cidade e amenizar as falcatruas existentes, simplesmente se cala.. É estranho e até parece que temos duas justiças, a do Brasil e a de Marília.

Se ampliarmos para um quadro mundial, o Brasil está na 79º posição do Índice de Percepção de Corrupção da ONG Transparência Internacional. Vale salientar que o país tem um índice de 40 pontos em uma escala que vai de zero – países vistos como muito corruptos – a 100 – países com poucos corruptos – em um ranking de 179 países.

Ainda de acordo com o Índice, entre as principais causas da corrupção estão o uso do cargo para obtenção de vantagens ( como esta que citamos do pedágio para instalação de novos investimentos na cidade ), improbidade administrativa, abandono de cargo, recebimento de propina e lesão aos cofres públicos, além claro da famosa comissão junto a construtoras e empreiteiras no mais famoso dizimo praticado no Brasil.

Os números ficam ainda mais impressionantes quando relacionamos com os dados monetários. De acordo com uma matéria publicada pela revista Isto É, em 2017, o Brasil perde cerca de R$ 200 bilhões por ano com corrupção. Somente no caso da Petrobras, os desvios de recursos de forma ilegal envolvem entre R$ 30 bilhões e R$ 40 bilhões, o que consta inclusive de um estudo da Polícia Federal.

Como vai ser possível esquecer nomes como Marcelo Odebrecht, Eduardo Cunha, Sergio Cabral, Sérgio Vaccari… Todos passaram a fazer parte da história do Brasil como políticos e empresários corruptos que desviaram bilhões de reais dos cofres públicos. Além disso, o quadro atual mostra que muitos governantes entram na política apenas para beneficiar-se e não para trabalhar em prol da população.

É preciso que a população tenha a consciência de que a corrupção produz pobreza e impede o desenvolvimento do país e de nosso município. Apenas com o dinheiro encontrado no apartamento do ex-ministro Geddel Vieira Lima, R$ 51 milhões, seria possível pagar 54.429 salários mínimos, ou comprar 994 viaturas policiais ou construir 1.020 casas populares no país.


Voltando a nossa realidade ficamos a imaginar o que daria pra fazer com os milhões que desviraram do Ribeirão dos Índios, do Terminal Rodoviário e da Câmara Municipal. Estranhamente nada acontece, ninguém vai preso, e o pior é que o dinheiro não é devolvido. Quantas empresas não deixaram de se instalar em Marília justamente pela fama do pedágio ?

Se questionarmos o que falta para o Brasil tornar-se uma potência mundial, diríamos que a resposta está na política com moral e ética. Se perguntarmos o que falta para Marília alcançar o seu merecido lugar como protagonista do interior paulista, diria que: basta apenas o judiciário trabalhar com mais afinco e a população mariliense votar com consciência futurista e não baseada em meros discursos que nada acrescentão e ainda escondem o principal, ou seja, as suas reais intenções.

O Brasil está cansado de sangrar e a nossa querida Marília não é diferente. Chega de promessinhas, nós precisamos de solução, geração emprego e renda, mais saúde e educação e uma sociedade consciente e unida como ocorre em outras cidades.


Por hoje é só !!! Eu volto assim que o editor chefe me puxar a orelha novamente….Forte abraço meu querido povo de Marília.

Lourivaldo C. Balieiro é comerciante e colunista deste Jornal/ Site para assuntos politicos.

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