A iniciativa faz parte das comemorações do 3º aniversário do site que tradicionalmente apresenta novidades estruturais ano a ano.

No próximo dia 16 de outubro, o SITE do JORNAL DO ÔNIBUS DE MARILIA, completa 3 anos de atividades e grandes conquistas. Como já é tradicional, em cada aniversário a EDITORA PONTO A PONTO procura apresentar novidades que possam de uma certa forma valorizar os milhares de leitores e leitoras de Marília, da região e de todas as partes do mundo.

No ano passado por exemplo, foi lançado de forma inédita o PRIMEIRO JORNAL DIGITALIZADO do interior paulista. Embora outros veículos disponibilizem o material em PDF, como também realizávamos antes, procuramos inovar e para isto, desenvolvemos uma dinâmica exclusiva para que o leitor possa folhear na tela do celular ou do seu PC, com a mesma sensação de estar folheando um impresso.

Para este terceiro aniversário, dentre as muitas novidades que já começam a ser disponibilizadas no site, como; novo design e novas categorias de noticias, a direção do JORNAL DO ÔNIBUS DE MARILIA, decidiu investir suas fichas em um projeto inclusivo, ou seja; dentro de sua visão em sempre estar ao lado dos menos favorecidos, contemplar aqueles que de uma certa forma ainda são excluídos, principalmente no meio jornalístico.

A EDITORA PONTO A PONTO, mais uma vez, marca um gol de letra saindo na frente até mesmo de grandes veículos de comunicação para anunciar esta que até o momento, pode ser considerada a sua maior conquista. É o lado humanitário e social do JORNAL DO ÔNIBUS DE MARILIA, que abre mão de parcerias vantajosas, mas, perigosas para dedicar-se a comunidade com deficiência auditiva, através da linguagem de sinais ( LIBRAS ). É o velho chavão, “Nós comemoramos o aniversário, mas, quem ganha o presente é você”. E com certeza, acreditamos que este foi o melhor presente ao longo destes três anos de muita luta mantendo-se como JORNALISMO INDEPENDENTE, e sempre em defesa da cidade.

Libras é a sigla de língua brasileira de sinais, composta de um extenso e complexo repertório de gestos. Em 2002, a Lei 10.436 deu à Libras o status de meio legal de comunicação e expressão. Desde então, escolas, faculdades, repartições do governo e empresas concessionárias de serviços públicos estão obrigadas a providenciar intérpretes para atender aos surdos. A lei faz aniversário em 24 de abril, que, por isso, transformou-se no Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais.

Libras usada por Michelle Bolsonaro em discurso é regulamentada por lei - 01 /01/2019 - Poder - Folha

A Libras ganhou uma visibilidade inédita neste ano. Na posse do presidente Jair Bolsonaro, em 1º de janeiro, a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, fez um discurso na língua de sinais no parlatório do Palácio do Planalto.

Apesar da lei de 2002, os surdos ainda estão longe da plena inclusão na sociedade. Como o curta Libras É Merda? denuncia (às avessas), o grande obstáculo é a escassez de ouvintes que se comuniquem na língua de sinais. A Libras está restrita à comunidade surda. Isso pode transformar atividades corriqueiras num inferno. No ônibus, os surdos não conseguem saber do cobrador qual é a parada em que devem descer. Se o alto-falante do aeroporto anuncia troca de portão, eles correm o risco de perder o avião caso não estejam com os olhos grudados nos telões de voos.

No cinema, não podem ver filmes nacionais, pois só os estrangeiros são legendados. Na loja, o vendedor menos paciente e esclarecido pode confundir os gestos da língua de sinais com brincadeira ou deficiência mental e simplesmente virar as costas para os clientes surdos.

Nos serviços de saúde, os surdos perdem a vez quando não estão atentos à enfermeira que grita o nome do próximo paciente. Essa dificuldade, aliás, levou à criação de um projeto-piloto no Sistema Único de Saúde (SUS): o Hospital Federal de Ipanema, no Rio de Janeiro, abriu uma central de atendimento e consulta mediada por intérprete de Libras.

Diante destas exposições, o JORNAL DO ÔNIBUS DE MARILIA, se apresenta como pioneiro no interior paulista, mas, torce para que todos os sites de noticia sigam o mesmo caminho. Como uma de suas características, procura sempre apresentar a verdade dos fatos com total transparência, e focando nos resultados para o bem comum.

Dentro desta visão, seríamos injustos em não citar que, o projeto nasceu do professor João Henrique Bonini do Nascimento, que fez licenciatura em letras no Univem e especialização em libras pela FAEL e da professora Julia Carolina Martins Pereira, formada em pedagogia, pós graduada em educação especial e inclusiva com pós em Libras.

Para o professor João Henrique, que também é aluno especial (regular só ano que vem) do Mestrado acadêmico em Educação Especial da Unesp e professor de literatura do Colégio Esquema Único, “O questionamento surgiu entre os surdos da cidade, uma vez que não havia uma mídia de fato acessível a todos os munícipes. Os surdos normalmente pedem aos intérpretes de Libras da cidade que voluntariamente realizam a tradução das informações das notícias” relatou.

Segundo o professor a ideia era, dessa forma; “Que um jornal (responsável e preocupado em informar a verdade aos moradores da cidade) se preocupasse e pensasse na acessibilidade das notícias para as pessoas surdas usuárias da Libras, por esta razão, e após uma análise de cerca de um ano verificando todos os SITES de noticia da cidade, escolhemos o JORNAL DO ÔNIBUS DE MARILIA, pela sua linha editorial e a imparcialidade na narrativa dos fatos”, concluiu.

Para a Julia Carolina, que também é professora de educação infantil da rede municipal de Marília ( Emei Fernando Mauro ), “A comunidade surda é pouco vista em nossa cidade, com a pandemia tantas restrições, tantas informações, não houve preocupação com essa minoria. Prezamos e acreditamos em uma sociedade inclusiva, onde haja equidade. Idealizamos que a informação chegue a todos como assegura a Lei”, declarou.

Ela continua; “Com essa importante conquista ficamos profundamente agradecidos e felizes por esse primeiro passo. Essa iniciativa do Jornal do Ônibus é um grande marco, acredito que ainda não alcançamos o nosso ideal, mas abrimos uma porta. O nobre jornal criou uma possibilidade até então inexistente, pois nunca houve essa preocupação por parte dos outros jornais. É uma excelente iniciativa, e estaremos juntos na divulgação para toda a comunidade surda, com certeza.

No inicio, a ideia era apresentar um jornal semanal com um resumo de noticias gerais a ser reproduzido em nosso canal do youtube e redes sociais, mas, devido a pandemia e a consequente retração da economia, os investimento publicitários foram em muito sendo prejudicados e praticamente extintos, com isso inviabilizou-se o projeto pelos altos custos de produção.

No entanto, A EDITORA PONTO A PONTO que edita o JORNAL DO ÔNIBUS DE MARILIA, viu a grandiosidade da iniciativa e nunca abandonou a ideia passando os últimos meses pesquisando uma forma de contemplar esse público até então esquecido. O grande presente de aniversário não ganhamos, fizemos questão de doar a estas pessoas maravilhosas. Não era exatamente o que precisávamos, mas, é um primeiro passo para que possamos contemplá-los. O jornal não ambiciona lucros desacerbados com noticias tendenciosas, mas sim, aos poucos e com ajuda dos colaboradores ser identificado como um verdadeiro veículo de comunicação e instrumento de luta do povo, um jornal dedicado as famílias de bem, que pensa a cidade e foca as pessoas.

A parceria que viabilizou o projeto em parceria com o governo federal; o VLIBRAS.

A implantação é um resultado de uma parceria entre o Ministério da Economia (ME), por meio da Secretaria de Governo Digital (SGD) e a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), que acabou viabilizando o acesso da EDITORA PONTO A PONTO. O VLibras é um conjunto de ferramentas computacionais de código aberto, que traduz conteúdos digitais (texto, áudio e vídeo) para Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, tornando computadores, dispositivos móveis e plataformas Web acessíveis para pessoas surdas.

O VLibras pode ser utilizado tanto como auxílio educacional como para aprender a comunicação em LIBRAS. Ele é prático e pode ser utilizado em smartphones e também no notebook.

Agora vamos aprender como se usa:

  • Selecione o texto que deseja traduzir para LIBRAS
  • Clique no texto selecionado com o botão direito e, em seguida, clique no ícone do VLibras.
  • Espere carregar e ele irá reproduzir o texto desejado em Libras, podendo aumentar e diminuir a velocidade assim como pausar a qualquer momento.
  • É fácil e rápido, mas, se houver alguma dúvida, basta entrar em contato com a nossa redação (14) 99600-6375.
Compliance

A ferramenta usa um avatar digital de um personagem em 3D para desenvolver os sinais de Libras e facilitar a comunicação com pessoas surdas ou com dificuldade auditiva.

Atualmente, o aplicativo móvel do VLibras já teve mais de 100 mil downloads, enquanto que o módulo plug-in está sendo utilizado em mais de 1500 websites, incluindo os websites do Governo Federal, da Câmara dos Deputados, do Senado, além de vários sites comerciais e até de prefeituras municipais, como por exemplo a de Marília, e agora, O JORNAL DO ÔNIBUS DE MARILIA.

Surdez no Brasil: acessibilidade ainda é um desafio diário

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) divulgados em 2020, mais de 10 milhões de pessoas tem algum problema relacionado a surdez, ou seja, 5% da população é surda. Entre essas pessoas, 2,7 milhões não ouvem nada. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a estimativa é de que 900 milhões de pessoas no mundo todo podem desenvolver surdez até 2050.

Segundo dados do próprio IBGE no último informe divulgado a realidade proporcional da cidade de Marilia, não está muito longe disto. Segundo o instituto, em nossa cidade, não consegue de modo algum ouvir 460 pessoas e apresentam grande dificuldade para ouvir, 1.669 pessoas. Com alguma dificuldade pra ouvir, o numero é de 7.479 pessoas. A nível de região, ou seja, dos municípios da area de abrangência da capital nacional do alimento os números significativos praticamente triplicam. EM OUTRAS PALAVRAS, PODE-SE DIZER QUE, VALEU A PENA !!!

Dados tão expressivos assim evidenciam que a inclusão das pessoas com deficiência auditiva é não só necessária, como urgente. O que o cenário atual no país mostra, no entanto, não é nada favorável. Muitas pessoas surdas ainda não encontram acessibilidade na educação, no mercado de trabalho e em outras tantas áreas fundamentais da vida cotidiana. Apesar disso, algumas empresas buscam fazer a diferença e propõe soluções práticas e viáveis visando a inclusão de pessoas surdas na sociedade. É o exemplo que procuramos seguir.

Dificuldades

Atividades realizadas por grande parte da população, como fazer compras no shopping, frequentar restaurantes e assistir a palestras ou a cursos, por exemplo, podem ser, para as pessoas com deficiência auditiva, um desafio enorme. Além disso, a falta de acolhimento e inclusão limitam essas pessoas a atividades básicas como a educação. Estudos feito em conjunto pelo Instituto Locomotiva e a Semana da Acessibilidade Surda, apontam que somente 7% têm ensino superior completo; 15% frequentaram até o ensino médio, 46% até o fundamental e 32% não possuem grau de instrução.

No mercado de trabalho as pessoas surdas também não encontram acessibilidade. Os estudos mostram que, entre os tipos de ocupação desempenhada pelas pessoas com deficiência auditivo com 18 anos de idade ou mais, destacam-se empregado no setor privado (43%) e trabalhador por conta própria (37%). Ou seja, muitos deficientes auditivos simplesmente desistiram de procurar oportunidades de trabalho em locais não acessíveis e passaram a ser autônomos para sobreviver.

Formas de inclusão

Possibilitar que pessoas surdas se comuniquem e sejam entendidas é um dos primeiros passos para desenvolver a inclusão e promover a acessibilidade em qualquer ambiente. É através da Libras (Língua Brasileira de Sinais) que as pessoas com deficiência auditiva podem se expressar, por isso é fundamental que empresas, escolas e outros locais de acesso ao público contem com profissionais que saibam utilizá-la.

Instituições e empresas socialmente responsáveis se preocupam em treinar o seu pessoal para que ele consiga se comunicar em Libras com qualquer pessoa surda. Outras maneiras de proporcionar a acessibilidade é através das legendas em produtos audiovisual que sejam disponibilizados para essa parcela da população. Sites e redes sociais contam com cada vez mais recursos disponíveis para que empresas produzam conteúdo, de fato, para todos.

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DIRETO DA REDAÇÃO…FELIZES PRA CHUCHU !!!

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