Na última sexta feira (28), ocorreu a segunda audiência pública para deliberar sobre a proposta da secretaria municipal de saúde e, da administração municipal, através do prefeito Daniel Alonso e o vice, Cicero do Ceasa em mudar a UBS Bandeirantes para PSF, dentro do programa estratégia da familia.
A audiência ocorreu nas dependências da Escola Municipal Amaury Pacheco, situado na rua Izauro Pigozzi, no referido bairro e teve inicio por volta das 19:30 Hs em segunda convocação, conforme o edital publicado no D.O ( Diário Oficial de Marília ) do dia vinte e dois de maio do corrente ano.
A mesma é uma sequência do que foi deliberado na primeira audiência que foi realizada no dia 25 de fevereiro deste mesmo ano, tendo como local, o pátio da Escola Estadual Oracina Correa de Moraes Rodine. Na ocasião a população por unanimidade reprovou a proposta de alteração da unidade de saúde existente de UBS ( Unidade Básica de Saúde ) para PSF ( Programa Saúde da Familia ). É importante destacar que a unidade foi fundada em meado dos anos 80, portanto, com mais de 30 (trinta ) anos de serviços prestados a comunidade.
Para relembrar, após a fala de diversos moradores e outras explanações do corpo técnico da secretaria e membros do COMUS ( Conselho Municipal de Saúde ), a mesa acabou acatando a sugestão apresentada da não transformação da UBS Bandeirantes em USF, com a retirada dos médicos especialistas existentes ( ginecologista e pediatra ), no entanto, com a ressalva da possibilidade de se inserir uma ou mais equipes do programa para se somar a já existente da unidade, em razão da grande área de atuação e a quantidade de moradores, em uma sugestão de uma própria enfermeira padrão do ESF com estudos da implantação de uma unidade de PSF na região com a UBS bandeirantes se tornando o apoio, a exemplo do que já ocorre com a UBS São Judas Tadeu.
A abertura desta segunda audiência foi realizada pela senhora Tereza Aparecida Machado que se apresentou surpreendentemente como ex presidente do COMUS ( Conselho Municipal de Saúde ), em renuncia que teria ocorrido na última reunião ordinária do Conselho realizada no dia 26 de maio ( quarta feira última ). A mesma agradeceu a presença de todos e enalteceu a luta pelo SUS e a importância da mobilização para se alcançar as conquistas, desejando boa sorte ao novo presidente na condução dos trabalhos e da próxima conferência.
Na sequencia, fez uso da palavra o senhor Darcy Bueno da Silva que assumiu a presidência do COMUS, e iniciou sua fala reiterando os agradecimentos e realizando uma explanação sobre o que ocorreu na audiência realizada no mês de fevereiro. O mesmo explicou a diferença entre PSF e UBS, porém deixou bem claro que não poderia opinar, deixando para que os presentes opinassem e deliberassem a respeito.
Na sequencia, comentou sobre uma pesquisa que estava sendo realizada no bairro com alunos da FAMEMA sob a supervisão da secretaria da saúde. Ele comentou o fato da UBS BANDEIRANTES ter sido fundada em meados dos anos 80, ou seja, já há mais de três (03) décadas e nunca houve uma pesquisa neste sentido, com exceção apenas de questionários realizados em visitas pelos conselheiros do COMUS ( Conselho Municipal de Saúde ) que é feito exclusivamente nas unidades de saúde ouvindo os usuários em atendimento. O mesmo agradeceu a excepcional cobertura do JORNAL DO ÔNIBUS de MARÍLIA, através do Jornalista Kaíto Jr que, foi de fundamental importância na condução deste processo.
Na sequencia, a presidente da Associação de Moradores do Jardim Bandeirantes, senhora Michelle Alves, também fez uso da palavra enfatizando a importância de todos fiscalizarem a Unidade Básica de Saúde e aproveitou para entregar ao novo presidente do COMUS, um abaixo assinado com o manifesto dos moradores repudiando a alteração e se posicionando contra.
A fala seguinte, foi concedida ao vereador Danilo da Saúde que destacou o momento inoportuno para se realizar tais mudanças, e lamentou a falta de sensibilidade da administração municipal neste processo de mudança que já se iniciou com a retirada da farmácia municipal. O mesmo hipotecou seu apoio a decisão tomada pelos moradores.
No final o senhor Darcy esclareceu que, os representantes da secretaria da saúde, não compareceram , porém avisaram previamente que não estariam presentes na reunião ordinária ocorrida no dia vinte e seis do mês de maio, alegando estar respeitando um protocolo da vigilância sanitária. Tal declaração consta registrada em audio, video e na ata lavrada da citada reunião em pronunciamento realizado pela coordenadora Edinalva.
O mesmo informou ainda que, a realização da audiência em supra só foi possível graças as orientações da própria vigilância sanitária, através do Drº Luciano que foi informado sobre a realização seguindo o protocolo com o distanciamento, álcool gel e medidor de temperatura, portanto, tornando legal a realização da mesma, conforme todos os presentes que testemunharam, inclusive o secretário de finanças Bruno, que esteve presente durante toda a audiência representando o poder executivo de Marília.
Na sequencia, o presidente colocou então em votação para que após passados os 90 dias de experiência todos pudessem expressar a vontade e preferencia. Foi solicitado que os que fossem favoráveis a mudança ficassem como estão, e os que fossem contrários erguessem a mão.
Em assim sendo, todos se manifestaram contrários a mudança erguendo suas mãos e solicitando que fosse levado a secretaria a decisão já apresentada na primeira audiência, e apenas melhor avaliada nos noventa dias solicitados pela secretaria da saúde que serviram apenas para fundamentar ainda mais a decisão.
Com isso, caso seja respeitada a vontade popular, não será realizada a mudança da UBS Bandeirantes para PSF. A grande duvida que fica é para as mudanças que já ocorreram e foram denunciadas pelos usuários da unidade ao JORNAL DO ÔNIBUS DE MARILIA.
Na oportunidade, além das denuncias sobre uma “suposta pesquisa” que estaria ocorrendo no bairro com alunos da FAMEMA sob supervisão da própria secretaria da saúde, chegou a nossa redação a informação de que da equipe que atuava antigamente no posto, haviam apenas 3 funcionárias, sendo que as demais já eram do OS Gota de Leite e, portanto, do programa estratégia da família. Com a resposta; a secretaria da saúde, o COMUS e a administração municipal.
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