Olá pessoal, estamos de volta para mais uma vez expressar a minha humilde opinião sobre algum tema ou cenário que mexam com a nossa vida como um todo. Talvez seja esta a minha última participação em 2019 e, por esta razão, vou focar meus comentários sobre o ano de 2020.

O ano que está se encerrando foi um ano atípico e, com certeza não será esquecido boa parte da população, ou, por uma outra óptica, melhor será nunca mais lembrar. Como é mais a minha parte, se tornaria inútil se não tocasse na área politica que, ao meu ver é a mola propulsara de tudo que fazemos. Mas, afinal, o que esperar de 2020 ???

No cenário nacional, assim como terminamos este ano, 2020 deverá ser um ano de polarização entre o bolsonarismo e, uma oposição, representada pela volta de Lula. O cenário será sim de polarização. Analisando a pesquisa Veja/FSB, os números confirmam as opiniões divididas em polos extremos e deixam neste momento pouco espaço real a alternativas. No fim das contas, Bolsonaro terminou o ano cumprindo o que se comprometeu: consolidar seu terço do eleitorado, suficiente para almejar uma futura reeleição.

Como detalhe, a soltura de Lula não levou milhares às ruas, nem provocou radicalizações violentas como os militares temiam, mas está recompondo a relação de Bolsonaro com a elite. Os indiferentes ou ”não-polarizados” são apenas 11%, aqueles que não aprovam ou não desaprovam o governo.

O primeiro round desta polarização serão, obviamente, as eleições municipais. Ainda que não se sabe se Bolsonaro irá disputá-las com o seu novo partido ou não, por maior que seja a ajudinha que ele esteja recebendo.

Neste cenário conservador, o único nome consistente fora da dualidade Lula x Bolsonaro não é uma alternativa de centro, ao contrário: como alertamos na edição passada, Sérgio Moro parece ter assumido definitivamente e publicamente sua versão política e ensaia a candidatura para 2022, como o anti-Lula e como mais confiável que Bolsonaro.

Moro e a Lava Jato sobreviveram ao seu pior ano e ensaiam uma contra-ofensiva. Com o debate da suspeição de Moro remetida para o próximo ano, não é surpresa que o STF seja mais uma vez alvo dos ataques da turma de Curitiba.

Todos os sinais são de que a desigualdade deve aumentar e que, com ou sem crescimento, o resultado não vai chegar no andar de baixo, apesar de depender de quem está nele. De acordo com estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), ao todo, 51,8% dos brasileiros mais pobres não tiveram ou perderam rendimentos entre janeiro e setembro de 2019.

Aliás, Paulo Guedes deixou claro com todas as letras que “não olhe para nós procurando o fim da desigualdade social”. Porém, mesmo com desempenho pífio da economia, o mercado tem comemorado os números e apostado num crescimento, baixo, lento e restrito ao andar de cima.

Ou seja, nada deve mudar na economia – austeridade fiscal e privatizações, em especial seguindo o desmonte da Petrobras – mas com esta estranha sensação de que “parou de piorar” ou que “está melhorando”, como a criação de 99.232 vagas com carteira assinada em novembro, resultado positivo pelo oitavo mês consecutivo e o melhor saldo para o mês desde 2010.

No comércio, cresceram timidamente apenas os setores de bens essenciais, alimentação e saúde. Mais e piores empregos combinados com o aumento do custo de vida, como a escalada do preço da carne, devem alimentar esta sensação.

Colateralmente, o desempenho ruim da economia é engrenagem para aumentar os fiéis de religiões neopentecostais, fechando o ciclo da base ideológica do governo: farialimers e pastores. Como aprendemos também neste ano, austeridade fiscal e ultraliberalismo na economia não são coisas a parte, mas são justamente estas políticas econômicas que exigem políticas repressivas.

Já no cenário municipal, a polarização de candidaturas também parece ser uma retórica onde de um lado temos o populismo ultrapassado camarinhesco e, do outro, o cenário do novo, porém ainda perdido governo das mudanças de Daniel Alonso.

Não me venham com papo de terceira via, que não engulo mais, pois, ao meu ver não há mais tempo para se construir um nome de consenso da sociedade mariliense.

A forma manjada de Camarinha ainda tem os seus adeptos, mas, o mar de corrupção em que se meteu acabam por sepultar a sua imagem. As pendências na justiça eleitoral dificilmente se reverterão e um nome indicado por ele, seja a esposa ou sobrinho, jamais conseguirão herdar o cacife eleitoral do Coronel.

Em meio a isso, ex companheiros de campanhas, inimigos e adversários estão a preparar uma artilharia pesada pelas redes sociais para refrescar a cabeça do eleitor.

Os mais de 30 mil eleitores que não compareceram para a biometria, em sua maioria são idosos e, que sem duvida nenhuma depositariam seu voto naquele que aparece como o politico mais sujo da história de nossa cidade e, por que não dizer do país.

O passado o condena e seu fosse comentar todas as acusações ficaria quase um dia inteiro digitando. O tempo é senhor da razão, e por este motivo tudo leva a crer que o castelo de graiscow, digo, dos Camarinhas está a ruir com sua cachadada final em 2020.

Não queiram me rotular de Daniel Alonso, pois, até hoje, nos últimos 03 anos, ninguém jamais poderá afirmar que me viu ao lado dele. Como colunista, tenho que ser coerente e, esta coerência que me faz lamentar as empresas que perdemos nos últimos 30 nos, me faz lembrar os milhões que foram desviados da prefeitura e os constantes escândalos envolvendo não só o Abelardo, mas, também seus sucessores.

Daniel não é perfeito, mas, recentemente nos deu a boa noticia sobre o tratamento de esgoto, estancou a sangria da corrupção de uma certa forma, está inaugurando obras importantes e com habilidade saneando as dívidas do município. Não estou fazendo campanha, mas, 2020 será uma no decisivo para a capital nacional do alimento.

Ou entregamos a cidade de porteira fechada para o grupo que segura as rédias da cidade perante o desenvolvimento ou concedemos o voto de credibilidade para uma pessoa que, mesmo mal assessorado tem tudo para colocar nossa Marília de volta aos trilhos do desenvolvimento e ao protagonismo do interior.

O grande problema de Daniel Alonso, é justamente sua assessoria que, peca, por esnobar sabedoria sem nada saber, distancia a população do gestor municipal e acaba gerenciando a cidade de cima para baixo sem qualquer forma de diálogo mais próximo.

Talvez, esse seja o grande erro desta administração, ou seja, não ter trocado algumas peças e montado uma equipe mais política e articulada com a população.

Voltando a pergunta sobre o que esperar em 2020, continuo afirmando o que falo aos meus amigos, talvez seja o ano mais importante da história da cidade. Tudo dependerá de nossas escolhas, seja para o legislativo, que alias foi uma das composições mais fracas que já vi, seja para o executivo que elegerá o prefeito responsável pela condução da reta final da cidade para as comemorações dos 100 anos como protagoniza a ONG Marília Centenária.

Não posso fazer previsões astrológicas ou economicas, muito menos afirmar que o palmeiras vai conquistar o mundial, mas, de politica fico a vontade para dizer que o futuro de Marília dependerá mais do que nunca da sensatez e coerencia do eleitor; ou voltamos no passado ou avançamos para a frente.

Encerro por aqui meus amigos, agradeço a todos que leem minha coluna e me acompanham no facebook. Aproveito para desejar a todos boas festas e que, no ano de 2020 possamos estar juntos novamente lutando cada vez mais por esta cidade, pelos nossos ideais e pelas novas familias. Feliz Natal e um realizador 2020.

LOURIVALDO CARVALHO BALIEIRO É ATIVISTA SOCIAL, COMERCIANTE E COLUNISTA DO JORNAL DO ÔNIBUS DE MARILIA

error: Conteúdo protegido por direitos autorais.