Mais de 18 milhões de pessoas gostariam de trabalhar, mas não procuravam oportunidades por causa da pandemia ou devido à falta de vagas

O total de desempregados no país atingiu 11,85 milhões na segunda semana de junho – entre os dias 7 e 13 -, aumento de 5,6% na comparação aos 11,23 milhões de desempregados existentes na semana anterior, mostram dados da Pnad Covid, pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Desta forma, a taxa de desemprego nacional foi de 12,4% na segunda semana de junho, acima da primeira semana do mês (11,8%). É também a taxa mais alta da pesquisa, que foi iniciada na primeira semana de maio, quando 10,5% da força de trabalho estava desempregada com tendencia de crescimento ainda maior na terceira e quarta semana.

A alta do desemprego não foi, provavelmente, ainda maior por causa do feriado de Corpus Christi, que ocorreu numa quinta-feira da segunda semana de junho. Tanto que o total de pessoas que não procuraram trabalho por causa da pandemia ou por falta de vagas em sua localidade voltou a crescer.

Dados do IBGE mostram que 18,16 milhões de pessoas gostariam de trabalhar, mas não procuravam oportunidades por causa da pandemia ou devido à falta de vagas. Esse contingente cresceu 1,4% em relação à semana anterior (31 de maio a 6 de junho).

 — Foto: Andre Penner/AP

O instituto, seguindo recomendações internacionais, apenas contabiliza como desempregado quem efetivamente busca uma colocação no mercado de trabalho. Quem está sem emprego, mas não procura vaga, é contado como inativo — fora da força de trabalho.

A população ocupada — que engloba empregados, trabalho por conta própria, empregadores, servidores etc. — somou 83,48 milhões na segunda semana de junho, queda de 0,3% na comparação à semana anterior. Para o IBGE, essa variação representa estabilidade estatística.

A incógnita do Retorno ao trabalho

Seja por home office ou de forma presencial, 1,1 milhão de brasileiros que estavam temporariamente afastados de seus trabalhos voltaram a exercer suas funções na segunda semana de junho, conforme o levantamento do IBGE que mostra os efeitos da pandemia no mercado de trabalho.

De acordo com a pesquisa, 13,5 milhões de brasileiros estavam afastados do trabalho na primeira semana de junho. Na segunda semana do mês (de 7 a 13 de junho), esse contingente recuou para 12,4 milhões de pessoas, uma queda de 8% no período — 1,11 milhão a menos.

Esse total de pessoas temporariamente afastadas está em redução semana após semana na pesquisa, que teve início em maio. Dessas pessoas que permanecem afastadas do trabalho, parte recebia salário, parte não. É o caso de situação de suspensão de contrato de trabalho, por exemplo.

Marília acumula demissões.

Arquivos desemprego - Cidadania23

Segundo os próprios proprietários de bares e restaurantes, o setor já acumula em torno de 1.500 demissões. Já no comércio em geral o saldo ainda é mais negativo, pois, se Marília acumulou resultado negativo no Caged de 1.130 vagas de emprego formais entre março (177) e abril (953), os meses de maio e junho, que foram considerados os piores meses para o comércio em geral devido a inconstância de decisões da administração municipal no famoso abre e fecha, acumulou um número ainda maior.

As previsões estimam um número aproximado de mais de 3.000 postos de trabalho fechados e que, não serão reabertos tão já, devido as portas que foram fechadas e ao processo lento de recuperação que seu anuncia para os que conseguiram sobreviver.

DIRETO DA REDAÇÃO COM INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES DO CAGED.

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