Já faz muito tempo que a politica ideológica deixou de existir, abrindo espaço de forma escancarada pela luta pelo poder, não importa os meios, os métodos e os parceiros. A fusão partidária tem provado isto ao longo dos últimos meses, onde claramente a maioria dos partidos estão abrindo mão até mesmo de seus ideais para um projeto único. Fica evidenciado a disputa pelos preciosos segundos no horário eleitoral e claro, a grande fatia reservada pelos milhões do fundo partidário. O resto é segundo plano.

Dentro deste contexto, a União Brasil, partido que nascerá com a fusão de DEM e PSL e que deve ser formalizada em fevereiro, estima que pode tirar até metade dos quadros do PSDB, atraindo parlamentares de todo o país que queiram aproveitar a brecha que a lei eleitoral abre para migração para uma legenda que está sendo criada. Tal justificativa, se deve ao descontentamento com a vitória de João Dória nas prévias.

Mas a debandada não deverá ser só nos Legislativos. Um exemplo é o prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando. A cidade no interior de São Paulo é a maior prefeitura sob o comando do PSDB atualmente, mas não por muito tempo, já que Morando está perto de fechar com a União Brasil. Vale lembrar que em Marília temos um vereador que integra a legenda. Trata-se do agente federal Junior Féfin, mas, por um outro lado temos também o ex secretário municipal Hélio Benetti que comandava o DEM na cidade. Até o momento ninguém fala sobre as prováveis mudanças que naturalmente deverão ocorrer na cidade. Nos bastidores politicos fala-se inclusive na troca de legendas de um vereador tucano para a nova sigla já pensando em 2024.

A sigla a nível nacional será presidida pelo deputado federal Luciano Bivar, do PSL, e terá como secretário-geral o ex-prefeito de Salvador ACM Neto, atual presidente do DEM. A legenda aguarda apenas a autorização da Justiça para finalizar a criação do partido, o que deve acontecer logo após o recesso do Judiciário.

Ministro do STF tenta implodir aliança entre União Brasil e Moro

A União Brasil era cotada para indicar o vice de Sergio Moro, pré-candidato à presidência do Podemos, mas o movimento recente de um ministro do STF pode impedir a aliança entre as duas siglas.

Um ministro do STF procurou pessoalmente alguns dos envolvidos na negociação que havia entre União Brasil e Podemos para uma aliança dos dois partidos.

Nessas conversas, esse ministro, um dos mais críticos a Moro no Supremo, apresentou fortes argumentos para que a chapa não saia do papel. Moro vem tentando o apoio do União Brasil com afinco, que robusteceria sua candidatura, dando tempo de TV e mais estrutura de campanha país afora.

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