Alguns consumidores já optam por comprar em cidades próximas quando viajam, pois, preço médio nos pontos de vendas marilienses é o oitavo mais elevado do estado.

Ainda não há uma justificativa plausível que justifique o porquê desta diferenciação que eleva os preços bastando apenas adentrar os limites da capital nacional do alimento e tampouco uma fiscalização mais rigorosa que possa exigir o cumprimento de uma tabela.

Fato é que; o preço médio do gás de cozinha na cidade de Marília está entre os mais caros do estado de São Paulo, segundo uma pesquisa realizada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), entre os dias 27 de fevereiro e 5 de março, ou seja; ainda antes do reajuste de 16% ocorrido no dia ontem, quinta feira ( 10 ).

E pasmem, entre os 645 municípios do estado a cifra mariliense é a oitava mais alta no ranking com a média de preços praticados nos municípios paulistas, atrás apenas de Itapeva (o mais caro, com R$ 115,13), Barretos, Diadema, Cubatão, Amparo, Santos e Cotia (SP).

O valor médio do botijão de 13 quilos nos pontos de venda marilienses ficou em R$ 109,67, segundo a pesquisa da ANP. Na capital paulista, São Paulo (SP), o preço médio do mesmo produto, em março, até agora, é de R$ 102,14, ou seja, aqui na terrinha está ainda mais caro. Se levarmos como base este preço, o valor praticado em Marília City, está 7,53% acima.

Se optamos por um comparativo com uma cidade mais próxima, podemos pegar como exemplo a cidade de Bauru, que aparece no 50º lugar do ranking do gás de cozinha mais caro do estado, com preço médio de R$ 101,76, conforme o último levantamento.

Aumento sem dó nem piedade

Apenas para recordar a Petrobras anunciou ontem quinta-feira (10) sem dó, nem piedade o reajuste nos preços de gás de cozinha, da gasolina e do diesel. Com o aumento, o preço médio para as distribuidoras de gás de cozinha passou de R$ 3,86 para R$ 4,48 por quilo, o equivalente a R$ 58,21 por 13 quilos. O aumento foi de aproximadamente 16%.

“Esse movimento da Petrobras vai no mesmo sentido de outros fornecedores de combustíveis no Brasil que já promoveram ajustes nos seus preços de venda”, afirmou a empresa. O reajuste dos derivados do petróleo vem em meio a uma alta internacional do produto diante do contexto de guerra entre Rússia e Ucrânia.

CUIDADO COM GOL´PES : Descubra como identificar um botijão de gás falsificado

O gás liquefeito de petróleo, ou gás GLP, é o combustível mais utilizado nos fogões das residências brasileiras. Equipamentos industriais e alguns sistemas de aquecimento também são movidos pela mesma fonte. Gerado a partir do processo de extração do petróleo, o gás é pressurizado até alcançar o estado líquido e armazenado em vasilhames de diversos tamanhos, os famosos botijões de gás.

Embora os revendedores de gás GLP tenham que obedecer a restritas normas de segurança para comercialização do produto, não é difícil encontrar botijões falsificados. Muitas vezes, alguns pontos de venda comercialização com preços bem abaixo do mercado, e o consumidor muitas vezes não desconfia que eles trazem risco de explosões ou incêndios. Quais cuidados são necessários ao comprar seu gás de cozinha?

Aspecto físico do botijão

Os botijões feitos a partir de uma liga metálica, por vezes aço-carbono, oferecem mais resistência e durabilidade. Portanto, vasilhames com amassados, pinturas mal acabadas, ferrugens ou fissuras possivelmente contêm vazamentos.

Vasilhames adulterados podem receber uma camada de tinta para manter a aparência nova enquanto o seu interior já está comprometido. Então observe o aspecto das pequenas peças (veja se roscas ou válvulas estão danificadas).

Identificação do produto

Os botijões devem conter informações de contato da distribuidora. Com lacre, etiqueta de identificação e inscrição em alto relevo. Revendedores autorizados pela ANP (Agência Nacional do Petróleo) são preparados para atender com qualidade e ajudar a solucionar dúvidas ou problemas – fachadas de comércios legalizados têm de expor placa com razão social, CNPJ, número de autorização da ANP e capacidade de armazenamento de seus botijões.

Não é incomum ouvir relatos de que um estabelecimento está vendendo o botijão de gás por um preço mais vantajoso e atraente.
Com as altas frequentes e exorbitantes no preço desse item doméstico fundamental, valores em conta podem ser, a priori, interessantes. No entanto, quanto mais vantajoso, mais arriscado é.

Com as altas frequentes e exorbitantes no preço desse item doméstico fundamental, valores em conta podem ser, a priori, interessantes. No entanto, embora estejamos a combater a exploração nos preços, é necessário ser vigilante, pois, quanto mais vantajoso, mais arriscado é.

O barato se torna caro, pois além do gás não ter a durabilidade comum (cerca de 2 a 3 meses, dependendo do consumo), há uma série de riscos, envolvendo a segurança, em utilizar gás adulterado. Desse modo, como é possível identificar gás adulterado? Veja dicas para não ser vítima desse tipo de fraude.

Observe as condições do vasilhame

O botijão de gás deve ser vendido em perfeitas condições; ou seja, sem apresentar amassados, ferrugem ou qualquer tipo de danificação em sua estrutura.

Além de que deve estar lacrado, com a etiqueta de verificação e informações da distribuidora. Caso não consiga encontrar nenhum sinal potencialmente comprometedor, veja se o botijão não passou por uma pintura, como uma espécie de maquiagem. Para isso, veja se a rosca não foi adulterada e está de forma adequada.

Também é importante seguir as instruções do fornecedor de gás GLP e dos equipamentos movidos a gás. Em caso de vazamentos, abra portas e janelas, não acenda faíscas, mantenha todos afastados do local de ocorrência e acione imediatamente o Corpo de Bombeiros.

ALERTA : Cuidado com gás de cozinha com peso alterado

Resolução da ANP determina que revenda de gás tenha balança dentro do local para aferir peso e tirar dúvida de consumidores

Muitos consumidores de Marília têm tido dúvidas sobre o peso ideal da botija de gás vendida pela cidade. Como forma de combater a fraude ao consumidor, uma resolução da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), do ano de 2016, determina que toda revenda de gás tenha uma balança certificada dentro do local de venda.

Um desses consumidores que desconfiaram do peso da botija de gás foi S. D. F. 39 anos. Ele chegou a pesar três botijas para avaliar se estavam com o peso adequado. “Eu faço uma comparação com o litro da gasolina. A gente, enquanto consumidor, não tem como acompanhar isso e vemos muita denúncia, por aí, de fraude. Com o gás sempre tive essa mesma desconfiança e decidi pesar quando precisei. Eu fiz o teste em três botijas e nenhuma passou de 11,5kg. Nós, consumidores, ficamos muito chateados. Eu mesmo fiz o cálculo e deu 13% a menos”, afirma.

Segundo a ANP, para o consumidor avaliar se o peso da botija de gás é o ideal, é necessário ver o total do peso do botijão vazio, que pode variar e consta na alça do recipiente, mais o peso líquido do gás. Por exemplo, para um botijão de 15 kg e que possua 13kg de gás, o peso total na balança deve ter 28 kg.

Devido ao fato e as denuncias que estavam ocorrendo, o Procon- Marília realizou um uma operação com o apoio de uma equipe de Bauru em 27 e 28 de outubro de 2021, onde de 18 distribuidoras visitadas, 15 foram autuadas, sendo que um lote inteiro de um do postos de venda foi lacrado por estar fora das especificações, não podendo ser disponibilizado para vendas ao consumidor.

Aqui também o disque denuncia foi de fundamento importância, tanto é que na ocasião o coordenador de Marília, Guilherme Moraes chegou a relatar ; “Inicialmente, os moradores reclamaram que os botijões de gás estavam durando menos. Nós encontramos diversas irregularidades, como a diferença de peso entre os botijões”, comentou.

Confira o peso do vasilhame

O botijão de cozinha tradicional pesa 13 quilos, porém revendas clandestinas costumam pegar botijões cheios e esvaziar parte de seu conteúdo. Em seguida, preenchem este vazio com água ou líquidos inflamáveis, alterando a qualidade do produto. O peso dos vasilhames acaba afetado, pois o manuseio deles é feito inadequadamente.

Fique atento ao peso na hora de comprar o seu gás. As revendedoras autorizadas têm balanças certificadas pelo Inmetro para atestar o peso correto do botijão e também tem um melhor controle de qualidade do seu produto.

FICA A DICA. Se o consumidor desconfiar do peso da botijão de gás é necessário primeiro a confirmação através do Instituto de Pesos e Medidas (IPEM) para depois entrar com reclamação no Procon. A orientação é que primeiro procurar o Ipem para dar uma certidão e declaração afirmando que o peso não corresponde ao valor pago.

Tendo aquela confirmação através do Ipem que o valor que está sendo cobrado não corresponde, o consumidor dá entrada na reclamação junto ao setor de atendimento. Mediante a confirmação, o Procon normalmente entra em contato com a empresa que vendeu o gás e a fornecedora para uma audiência onde o consumidor tenha o valor ressarcido.

FISCALIZACAÇÃO – A fiscalização de produtos que são certificados pelo Inmetro como o botijão de gás, é feita pelo Instituto de Pesos e Medidas (Ipem) no estado. Segundo informações do Ipem, ocorrem várias fiscalizações no decorrer do ano em que é verificado se o peso dos botijões de gás está em conformidade com o que é indicado na etiqueta, além do peso que deve estar em conformidade com as especificações da Portaria 225/2009 (Dimel/Inmetro).

Verifique a procedência

Nunca troque o botijão de gás ou adquira um novo sem antes conhecer a procedência. Opte por empresas conhecidas e no menor sinal de clandestinidade, não proceda com o pagamento. Mesmo pagando mais, você evita passar por transtornos e gastos adicionais, visto que o gás vai acabar mais depressa e será necessário fazer uma nova compra em menor tempo.

DIRETO DA REDAÇÃO

error: Conteúdo protegido por direitos autorais.