Presidente da República confirmou que o Progressistas se tornou uma possibilidade de filiação

A possibilidade de o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) retornar ao Progressistas (PP) para disputar uma possível reeleição em 2022 provoca desconfianças em lideranças da sigla. Ouvidos de forma reservada, parlamentares pontuam que o líder do Executivo tem demonstrado intenção de controlar as siglas com as quais tem negociado aderir.

A conduta de Bolsonaro já rachou o partido pelo qual ele se elegeu, o PSL, e o Patriota, ao qual tentou se filiar. No entanto, o PP é conhecido por desprezar dogmas e ter um grande alinhamento entre os seus integrantes, até na discrição.

De uma dezena de políticos ouvidos, apenas um se dispôs a falar, o senador Esperidião Amin (PP-SC). Ele torce pela junção do presidente à sigla, apesar de considerar cedo para a relação evoluir. 

“Ninguém se perde no caminho de volta para casa”, diz, fazendo menção à filiação passada de Bolsonaro à legenda. 

“Quanto ao momento de uma escolha de um partido, especialmente de um importante como o Progressistas, creio que isso deve ser bem medido e avaliado, em função das possíveis repercussões com outros partidos da base de apoio.”

Aliados do PP

Além de estar alinhado ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), Bolsonaro confirmou que o presidente nacional do PP, o senador Ciro Nogueira (PI), será nomeado ministro-chefe da Casa Civil.

O presidente da República também admitiu no dia de ontem, sexta feira (23) que o Progressistas é uma possibilidade de filiação para uma provável disputa das eleições presidenciais de 2022. Porém, ele não chegou a confirmar que participará da corrida eleitoral.

“Tentei e estou tentando um partido que eu possa chamar de meu. E se for disputar a presidência, [é preciso] ter o domínio do partido e está difícil, quase impossível. Então o PP passa a ser uma possibilidade de filiação nossa”, disse em entrevista à rádio 92.1 FM, do Mato Grosso do Sul.

TSE diz que candidato deve estar filiado ao partido no mínimo seis meses antes da eleição, prevista para outubro do ano que vem. Brasil 35 pode outra alternativa

De acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), para concorrer a cargo eletivo, o candidato deve estar filiado ao partido no mínimo seis meses antes da data fixada para as eleições – ou seja, em março de 2022.

Um conhecido Blog do meio político conhecido como Nolasco publicou a cerca de 90 dias que, o presidente Jair Bolsonaro iria se filiar ao PMB (Partido da Mulher Brasileira ), agora com um novo nome.

A diretoria do PMB (Partido da Mulher Brasileira) aprovou 24 de abril último, a mudança de nome para Brasil 35. A sigla é comandada por Suêd Haidar Nogueira e é uma das cotadas para o presidente da República, Jair Bolsonaro, se filiar. O mandatário está sem partido desde que deixou o PSL, em novembro de 2019, para tentar criar o Aliança pelo Brasil.

Atualmente, o agora BRASIL 35 não tem representantes do Congresso Nacional. A legenda conta apenas com três deputados estaduais: Diogo Senior, no Amapá, Neto Loureiro, em Roraima, e Maria Bethrose Fontenele Araújo, no Ceará.

A expectativa é de que a sigla, com a chegada de Bolsonaro, aumente seu capital político, com cerca de 15 parlamentares. Com a decisão de se filiar ao Brasil 35, Bolsonaro encerraria o projeto de criação do Aliança pelo Brasil.

Histórico

O partido foi fundado por uma mulher, a nordestina e militante social Suêd Haidar. Com apenas quatro meses de existência formal, desde o registro pelo TSE em 29 de setembro de 2015, configurou-se como um dos dez maiores partidos da Câmara dos Deputados em número de parlamentares. Na ocasião, tinha em seu quadro 21 deputados e apenas uma deputada.

Em sua página, o partido afirma que é de centro e “que pretende impulsionar a política nacional de forma a determinar a busca de seus principais eixos de luta como a valorização social, moral, profissional e política da mulher, bem como a integração da sociedade, visando alcançar por meio de medicas econômicas, sociais e políticas, o desenvolvimento nacional sem o caráter excludente e/ou discriminatório de quem quer que seja”. Resta agora aguardar.

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