No ano de 2018 não houve pânico popular e a imprensa brasileira não criou nenhum placar com os números de pessoas que tossiram, espirraram, se contaminaram ou morreram pelo vírus da gripe influenza, como relatam diariamente sobre o Corona Vírus. Mas a influenza e a pneumonia mataram 222 brasileiros, por dia, naquele ano. Foram 81.440 mil óbitos e nenhuma autoridade de saúde pública sequer aventou a possibilidade de quarentena.

Durante o inverno europeu de 2017 morreram 24 mil italianos vítimas da influenza, 277 óbitos, por dia, em média. E desde o início do corona, na Itália, morreram 230 pessoas, em média, por dia. No Brasil, até esta data, são 16.118 mortos pelo Covid-19 contra 81 mil óbitos registrados em 2018 pela influenza/pneumonia.

Depressão e suicídios

Por conta do espetáculo da mídia na contagem dos mortos do corona, a Itália passou a sofrer outra epidemia: a da depressão e suicídios. Os relatos são constantes na imprensa. Essas correlações entre Covid-19 e outras doenças tem apenas o objetivo de evitar histeria diante de um vírus que tem assustado o planeta.
“A população do país não foi preparada para afrontar a epidemia, não foi adequadamente formada e informada. Assim, quando já era tarde demais, preferiu-se disseminar o terror. As imagens dos pacientes entubados nas unidades de terapia intensiva, as imagens dos caixões empilhados e caminhões militares foram e são funcionais para um objetivo específico: assustar da maior forma possível as pessoas para constrangê-las à obedecer às ordens do governo. Mas esse medo tem consequências tremendas: leva em primeiro lugar à depressão, que é uma condição psicológica que – como demonstraram numerosos estudos – tem um efeito nocivo sobre o sistema imunológico e sobre as defesas do organismo no confronto de infecções.” (De jornais italianos)
População idosa, densidade populacional e poucos leitos UTI

A Itália é o quarto país mais populoso (60,4 milhões de habitantes) e a maior população de idosos da Europa – seguida pela Alemanha -, uma das maiores ocupações da Europa Ocidental com densidade populacional de 201 habitantes por km quadrado e um sistema de saúde com apenas 0,86 leitos UTI por 10 mil/habitantes enquanto a Alemanha tem 3,02, Brasil 2,6, o Reino Unido 0,5 e a Espanha 1. Quando falta a infra estrutura científica, entra a quarentena para fazer contenção artificial e evitar a super lotação nos hospitais.

Segundo nota do Jornal Estudos Nacionais, os óbitos na Itália provocados pela gripe influenza (H1N1 e variantes), no inverno italiano de 2015/2016 (de dezembro a março = 90 dias), a influenza matou entre 14,4 mil e 17 mil italianos. No inverno de 2016/17, foram 24.981 óbitos (média de 277 óbitos/dia), o pior ano da série. Nos anos com menor número de óbitos a estimativa ficou na faixa de 5 a 6 mil, em uma média de 70 a 80 óbitos ao dia no inverno, conforme dados do mesmo estudo.

Mortalidade provocada pela influenza e pneumonia em 2018, no Brasil, segundo Datasus

A mortalidade provocada por doenças como influenza e pneumonia, entre 2009 e 2018, não causaram incômodo para a população e nem espetáculo na mídia. 


DIRETO DA REDAÇÃO COM MATÉRIA EXTRAÍDA DO BLOG QUOTIDIANO DO JORNALISTA EDSON JOEL.

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