Em 1923, Antônio Pereira da Silva e seu filho José Pereira da Silva foram os pioneiros da região, desbravaram terras próximas aos rios Feio e Peixe cujo nome dado foi Alto Cafezal. Um deputado da época, Sr. Bento de Abreu Sampaio Vidal, originário de São Carlos e Araraquara, em 1926, procede o loteamento de seu patrimônio.


Cel. José Brás (José da Silva Nogueira), origem familiar de Itapetininga SP, em 1927, faz sua “entrada” em Marília. Os Nogueira tinham cerca de 40% das terras da fazenda Bomfim. Suas faixas de terras foram loteadas e principiou o processo civilizatório de Marília, antigamente espigão do Alto Cafezal.

Hoje, onde temos a Rua Cel. Galdino de Almeida, Av. Rio Branco e Cel. José Brás (José da Silva Nogueira) passando pela vila Barbosa até as universidades (Univem, Unesp e Unimar) eram terras desbravadas pelos Nogueira e Almeida. Descendentes dos antigos Nogueira ainda continuam residindo em Marília.


A Companhia Paulista de Estradas de Ferro vinha avançando seus trilhos de Piratininga até chegar a Lácio; e de acordo com o esquema dessa companhia, as estradas que iam sendo inauguradas no ramal, eram denominadas por ordem alfabética; sendo que o próximo ramal deveria ter seu nome começado pela letra “M”. Foram propostos vários nomes, como “Marathona”, ‘Mogúncio” e “Macau”, mas Bento de Abreu não ficou satisfeito com nenhum desses; em uma de sua viagens de navio à Europa leu o livro de Tomás Antônio Gonzaga “Marília de Dirceu”, de onde tirou o nome de Marília.


A cidade de Marília, com essa denominação foi criada pela Lei Estadual nº 2161, em 22 de dezembro de 1926, ainda como um distrito de Cafelândia. Em 1928 é elevada a categoria de município, por Lei Estadual nº 2320, de 24 de dezembro de 1928. Sendo que sua instalação oficial deu-se a 4 de abril de 1929, data em que é comemorado seu aniversário. É, por isso, um município relativamente novo.


No início a economia de Marília era baseada no cultivo de café que com o tempo foi sendo substituído pelo algodão. Graças ao algodão, em 1934 e 1935 foram instaladas as duas primeiras indústrias no município (duas fábricas de óleo). Com a expansão da industrialização ao interior paulista, houve um aumento da malha ferroviária e rodoviária, com isso Marília ligou-se a várias regiões do estado de São Paulo e ao norte do Paraná.


Na década de 1940 o município se firmou como pólo de desenvolvimento do Oeste Paulista, quando se verificou um grande crescimento urbano e populacional. Na década de 70, houve um novo ciclo industrial no município com a instalação de novas indústrias, pricipalmente na área alimentícia e metalúrgica.

Com a posterior instalação de vários cursos universitários, Marília pode atrair vários jovens a região o que ajudou no desenvolvimento do comércio do município.


Hoje Marília conta com aproximadamente 50 indústrias na área alimentícia sendo conhecida como “Capital Nacional do Alimento” considerada a vigésima quinta cidade mais desenvolvida do país – e não para de crescer! É também referência nos mais diversos segmentos, principalmente em educação e saúde.

Se você quer aproveitar esse município, assim como fazem os mais de 235 mil habitantes, confira algumas razões para morar em Marília:


MARÍLIA JÁ FOI A CIDADE QUE MAIS CRESCEU NO MUNDO – Na década de 50, Marília atingiu o pico de seu crescimento, devido principalmente a cultura do café, sendo considerada a cidade que mais cresceu no mundo.

MARÍLIA HOJE

Em 2016 a Firjan classificou a cidade como a 23ª melhor do país para se viver; em 2017 Marília figurou em estudo do Ipea entre as 15 cidades mais pacíficas do Brasil, em um índice que considera municípios com população superior aos 100 mil habitantes; figurando também no mesmo ano em estudo produzido pela Urban Systems como a 50ª dentre as cem cidades mais conectadas e inteligentes do Brasil.

O município desponta como pólo educacional paulista, contando com três instituições públicas de nível técnico e superior (Unesp, Famema e Fatec) e instituições privadas como Unimar, Faef, Univem e Anhanguera. Assim, a cidade atrai milhares de estudantes de diversas partes do país, dispostos a morar e investir na região.


Por conta de seu parque fabril no setor de alimentos, é comum que alguns bairros do município recebam o aroma de doces, biscoitos e chocolates por diversas vezes do dia e da noite, já que empresas como a Marilan, funcionam ininterruptamente.

Diversas empresas de projeção nacional e internacional foram fundadas em Marília, como o Banco Bradesco, a Tam Linhas Aéreas, a Sasazaki, a Marilan e a Dori. Faz jus a seu título de capital nacional do alimento, a cidade produz anualmente 384 mil toneladas de alimentos e tem faturamento de R$ 900 milhões.

São mais de 1.100 empresas no setor alimentício, metalúrgico, têxtil e outros, com destaque para companhias de grande porte, como Nestlé, Marilan e Spaipa (Coca-Cola), que geram mais de 20 mil empregos por ano.


Marília possui uma expressiva colônia nipônica, colocando-se junto à Londrina, como as maiores colônias japonesas do interior do país. A Shindo Renmei, atuante em território brasileiro durante a Segunda Guerra Mundial, foi fundada por ex-militares japoneses em Marília no ano de 1942, sua atuação marcou a história colônia japonesa no Brasil.

A colônia japonesa realiza anualmente uma das maiores atrações do município, o “Japan Fest”, ocasião em que é eleita a Miss Nikkey da região de Marília, que é encaminhada para o concurso estadual e posteriormente nacional.


A importância do município no âmbito da colonização japonesa no Brasil, levou-o a receber duas visitas de representantes da Casa Imperial do Japão, sendo uma em 1958 (príncipe Mikasa) e uma em 2018 (princesa Mako), por ocasião dos 50 e dos 110 anos da imigração japonesa no Brasil, respectivamente; ambos fizeram o plantio simbólico de um Ipê no Paço Municipal.

O artigo 18 da lei 4468 de 1998 institui a Tabebuia Araliacea (Ipê Amarelo), como árvore símbolo de Marília, coincidindo a data da comemoração com o Dia da Árvore (21 de Setembro). Desde 1980 Marília e a japonesa Higashihiroshima são cidades-irmãs.


Dados do Conselho Regional de Corretores Imobiliários apontam que, Marília é o segundo município do interior do estado de São Paulo em número de condomínios fechados, com um total de 27 registros, ficando abaixo somente de São José do Rio Preto.

Dentre as tipicidades gastronômicas de Marília destacam-se o pastel de ovo e a parmegiana de pastel, das lanchonetes Hirata e Taroco, respectivamente; os cafés América e Dona Santina; bem como a maionese caseira de alho servida em quase todas as lanchonetes da cidade.


No dia 5 de fevereiro de 2019, em votação na Alesp, Marília foi oficialmente reconhecida como município de interesse turístico, inaugurando uma nova fase em sua trajetória de desenvolvimento.

Um dos grandes potenciais de Marília é o seu patrimônio arqueológico, contudo, o município enfrenta dificuldades em desenvolver de modo sustentável tal atrativo.

error: Conteúdo protegido por direitos autorais.