A noticia passou desapercebida, mas, na manhã de hoje, alguns motoristas forma surpreendidos com os preços que já estão sendo praticados nas bombas dos postos, afinal, estamos em Marília. No dia de ontem, quarta feira (12), a Petrobras autorizou o aumento nos preços do diesel em 2% e os da gasolina em 4% em suas refinarias.

A elevação do diesel é o sexto movimento consecutivo de alta no valor do combustível mais consumido do Brasil, que tem avançado desde o final de maio, de acordo com dados compilados pela Reuters. Já o novo reajuste da gasolina ocorre após uma redução de 4% realizada no final de julho, que havia sido antecedida por nove altas seguidas.

Com o movimento anunciado nesta quarta-feira, o preço médio do diesel nas refinarias da Petrobras deverá atingir R$ 1,7336 por litro, maior nível desde meados de março, quando o consumo de combustíveis passou a ser fortemente impactado pelas medidas de isolamento social relacionadas à pandemia de coronavírus.

Já o preço médio da gasolina, segundo os números da Reuters, deve chegar a R$ 1,7213 por litro. No acumulado do ano, o valor do diesel ainda apura queda de 26%, enquanto o da gasolina tem baixa de cerca de 10%.

Melhora no consumo

O reajuste acontece em momento em que as distribuidoras de combustíveis visualizam uma melhora no consumo, diante das flexibilizações das medidas de quarentena.

A Raízen Combustíveis, braço do grupo Cosan, estimou nesta semana que o setor deve recuperar o desempenho no segundo semestre, ficando em linha com os níveis verificados antes da crise causada pela pandemia.

Na terça-feira, ao divulgar seu balanço do segundo trimestre, a BR Distribuidora afirmou que “continua a observar uma gradual recuperação dos volumes vendidos, o que tem acompanhado a contínua retomada da circulação de pessoas”.

Ainda no fronte da demanda, pesquisas da associação NTC&Logística indicam que, ao final de julho, a demanda por transportes rodoviários de cargas no Brasil registrava desempenho superior ao visto em meados de março, também impulsionada pela flexibilização do isolamento.

Os preços médios da gasolina e diesel também têm avançado nos postos brasileiros, com 11 semana seguidas de alta, segundo dados da reguladora ANP na última sexta-feira.

Paridade com o exterior

A Petrobras defende que os preços dos combustíveis também acompanham a paridade de importação, que – entre outros fatores – é influenciado pelas cotações do petróleo no mercado internacional e do dólar.

O petróleo Brent tem sido negociado próximo à marca de US$ 45 por barril, distante das mínimas de cerca de US$ 16 vistas em abril. Já o dólar opera ao redor dos US$ 5,45, após máximas de cerca de R$ 6 neste ano.

O repasse dos reajustes nas refinarias aos consumidores finais nos postos, no entanto, não é garantido, e depende de uma série de questões, como margem da distribuição e revenda, impostos e adição obrigatória de etanol anidro.

error: Conteúdo protegido por direitos autorais.