“O (A) ASSISTENTE SOCIAl, UM (A) PROFISSIONAL DOS DIREITOS HUMANOS.”

“Minha luta é por uma “sociedade democrática livre onde todas as pessoas de todas as raças vivam juntas em harmonia e com oportunidades iguais”. Nelson Mandela

Neste dia de 15 maio se comemora o DIA DA ASSISTENTE SOCIAL, e, nesta oportunidade quero cumprimentar todos meus colegas de profissão, desejando que a continuidade da nossa luta, usando da ordem legal, seja em benefício de todos os seres humanos.

Portanto, diante dos ditames da nossa profissão, de uma luta pela democracia de verdade, livre das amarras da escravidão (todas as amarras), na conquista de todo dia, ligada a desconstrução do caldo de cultura, propício ao arbítrio e ao autoritarismo, buscando sempre construir os valores do princípio da dignidade da pessoa humana, como princípio fundamental da nossa consciência e da na nossa praxis.

Para isso, se faz necessário relembrar a proposta da Declaração dos Direitos Humanos, que ocorreu na esteira da “Declaração de Direitos do Homem e do cidadão (ã)”, documento oriundo da revolução Francesa de 1789 e da Constituição Americana de 1791, tendo a ONU como objetivo fundamental a criação de um documento, soberano que marcasse os primórdios de uma nova era, ao mesmo tempo próxima e distante dos horrores da guerra recém-terminada.

A proposta da Declaração era – e continua sendo – a de se tornar senão um pacto universal, pelo menos uma referência moral, entre todos os países signatários, no que diz respeito ao desenvolvimento e fortalecimento do respeito aos Direitos Humanos e às liberdades fundamentais de todos, sem nenhuma exceção.

Então, para nossa reflexão neste mês que comemoramos nossa profissão penso que os pontos de largadas para esse caminho, pode ser o reconhecimento da dignidade humana, inerente a todos os membros da família humana, interiorizar isso em nosso cotidiano; dos direitos iguais e inalienáveis, não podendo ser tomados ou transferidos sob nenhuma hipótese (da liberdade, da igualdade e fraternidade: três pilares de uma vida em comum justa e digna.

Isto posto, penso que devemos se posicionar sobre essa atrocidade que nós mostra e questiona Costa Freire, em seu livro: A ética e o espelho da cultura- 1994. – Para que aumentar o salário mínimo de um povo tecnicamente desqualificado, sem disciplina de trabalho, e que, além do mais gasta todo dinheiro que ganha em bebida, futebol, rádio de pilha(…)? Para que justiça, se eles utilizam as prerrogativas dos direitos humanos para assaltar nossas casas, nossos filhos, nossas lojas e nossos automóveis ? Para que educação, se são burros e preguiçosos por natureza? Para que habitação se não incapazes de trabalhar para manter a casa limpa? (…)Para que saúde, enfim, se proliferam aos milhares, entupindo nossa ruas de mendigos e crianças abandonadas? Não, essa gente não é como nós; não ama como nós.


Dessa maneira, entendo que educar para Direitos Humanos é construir uma experiência humana, suscitando uma descontrução desse caldo de cultura violenta, buscando emergir os valores contidos nos princípios do nosso Código de Ética e na da Declaração de Direitos Humanos, fazendo uma outra história, acreditando que em nossa atuação profissional cotidiana, se realizada com respeito a tolerância, o cuidado e a técnica, com certeza, somente assim haverá mais JUSTIÇA SOCIAL.


Assistente Social Marília Vilardi Mazeto.

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