Decretos municipais foram feitos antes de João Doria determinar que os serviços permaneçam fechados. Governo diz tentar evitar brigas e quer convencer prefeitos dos riscos da liberação.

Levantamento da Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) aponta que 17 cidades do interior paulista expediram decretos municipais autorizando o funcionamento de academias e salões de cabeleireiro.

O governo do estado fez esse levantamento para saber quantos municípios paulistas se enquadraram nas regras previstas pelo decreto presidencial. Na segunda-feira (11), Bolsonarõ incluiu salões de beleza, barbearias e academias de esportes na lista de “serviços essenciais”.

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que cabe aos estados e municípios o poder de estabelecer políticas de saúde – inclusive questões de quarentena e a classificação dos serviços essenciais.

Ou seja, na prática, os decretos presidenciais não são uma liberação automática para o funcionamento de serviços e atividades.

“Queremos evitar essa briga. Queremos mostrar para os municípios de São Paulo que não é o momento de autorizar o funcionamento desses serviços”, defendeu o vice-governador Rodrigo Garcia.

O vice-governador afirmou que o decreto presidencial foi feito sem respeitar a ciência e a saúde, surpreendendo, inclusive, o ministro Nelson Teich.

Algumas dessas normas municipais foram expedidas antes do decreto presidencial. O levantamento da Secretaria de Desenvolvimento Regional levou em conta as atividades liberadas pelo decreto presidencial.

O governador João Doria (PSDB) declarou nesta última quarta feira que o decreto presidencial não é valido no estado de São Paulo. )

Nesta quinta (14), foi publicado no “Diário Oficial do Estado” uma alteração no decreto de quarentena, em vigor desde 24 de março.

O texto anterior deixava claro que as academias não poderiam funcionar, mas não citava sobre a atividade dos salões de beleza. Agora, as duas proibições estão incluídas na legislação.

A ideia do governo é deixar claro que essas regras do decreto presidencial não são válidas em nenhum dos 645 municípios paulistas.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Regional do Estado de São Paulo, Marco Vinholi Vinholi, parte dos decretos municipais é alvo de processos em tramitação na Justiça, que questionam a sua legalidade. Não há um balanço disponível sobre o resultado desses processos.

Piracicaba, Atibaia e Pindamonhangaba são algumas dessas cidades que expediram decretos municipais liberando essas atividades.

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