De forma antecipada e, até para que não se crie uma imagem deturpada de uma matéria informativa, que fique bem claro que nós, da redação do JORNAL DO ÔNIBUS DE MARILIA não somos contra a instalação de equipamentos de segurança no trânsito, mas não podemos admitir que esses equipamentos sejam instalados simplesmente para fortalecer ainda mais o retorno da indústria da multa.

A experiência e registros que temos de outros município deve ser combatida sistematicamente em uma cidade que já está por demais penalizando seus motoristas. Como se já bastasse a fábrica de pedágios que cercou a capital nacional do alimento e agora a autorização para o funcionamento dos radares móveis na SP-294, nos chega mais esta noticia e agora no perímetro urbano. Não queremos sequer imaginar que aparelhos sejam instalados e misteriosamente passem a emitir multas indevidamente, quando motoristas respeitam a velocidade da via, mas mesmo assim no final do mês sejam surpreendidos com uma notificação do nosso órgão de trânsito. Isto não pode acontecer…

Realizamos uma pesquisa minuciosa em quatro marcas diferentes de radares. Constatamos que os mesmos possuem algo em comum, são muito, mas muito inteligentes, ou melhor, espertos, pois só erram para penalizar o bolso do motorista. Alguém já viu um radar registrar a velocidade abaixo da permitida? Não, eles só registram pra mais, nunca pra menos. Afinal de contas, registrar pra menos não rende dinheiro aos cofres públicos. Parece até uma missa encomendada.

Edital prevê “inicialmente” quase 100 aparelhos, mas, pode aumentar gradativamente de acordo com os pedidos da população.

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Fato é que, neste sábado (7), coincidentemente bem na véspera do dia dos pais, a EMDURB ( Empresa Municipal de Mobilidade Urbana de Marília ) publicou no DOM ( Diário Oficial do Município), edital de licitação para registro de preços para eventual prestação de serviços de fiscalização eletrônica e de gestão, atendimento e processamento de infrações de trânsito na cidade.

E olhem que o apetite dos donos da caneta é grande, pois, o edital estabelece a instalação de 98 equipamentos, sendo até 47 faixas de radares fixos, seis faixas com lombadas eletrônicas e 44 equipamentos mistos, que terão displays de velocidade com os radares fixos.

Nossa reportagem conseguiu apurar que os radares deverão ser instalados nas principais vias rápidas de Marília. Podemos citar como exemplo a via expressa Sampaio Vidal, mas, estão previstas instalações nas avenidas Sanches Cibantos, avenida Cascata, avenida das Esmeraldas, Sampaio Vidal, Avenida Santo Antonio, Castro Alves, Brigadeiro Eduardo Gomes, Rio Branco, República e muitas outras.

Consta ainda que, a empresa vai contratar dois sistemas estáticos, ou seja; radares que podem ser movimentados para atender diferentes pontos e necessidades de controle.

Segundo o diretor da Emdurb, existem mais de 400 pedidos de instalação de radares para controle de velocidade na cidade e, que o sistema eletrônico é bem melhor que as já ultrapassadas lombadas de asfalto. “Vamos instalar na medida do que a população demandar. Vai ser de acordo com a necessidade que a comunidade apontar”, declarou Valdeci Folgaça.

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Ainda segundo a nota da emdurb, todos os pontos de instalação serão sinalizados e portanto, não haverá radares escondidos, sendo que a empresa fará uma ampla divulgação das medidas e dos pontos de controle, a exemplo do realizou a empresa responsável pela zona azul.

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Nossa preocupação é obvia. Se percebe claramente que não existe nada de educativo e toda e qualquer prefeitura que adota esta medida, não está preocupada somente com o fator segurança, ela quer mesmo é arrecadar e o motorista que se vire pra andar direitinho, senão irá sim, pagar uma multa pesada aplicada corretamente ou indevidamente, caso o aparelhinho apresente um “defeitinho”. E não adianta chorar, até porque recorrer não resolve nada, aquilo nada mais é do que um me engana que eu gosto. Você conhece alguém que já recorreu de multas e ganhou? Desconhecemos. Então pise no freio e reduza a velocidade.

Voltamos a reiterar. Nada contra os radares educativos nas vias, mas tudo contra a indústria das multas, que só engordam os cofres dos órgãos de trânsito das mais diversas prefeituras, que deveriam ser transparentes, porém são verdadeiras caixas pretas que ninguém consegue abrir. Esperamos que este fato não venha a acontecer em Marília City.

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