Projeto recompensará viajantes individuais e tem o objetivo de aquecer a economia local prejudicada pela Covid-19

O arquipélago de Malta, país mediterrâneo entre a Itália e o norte da África, vai pagar diferentes quantias em dinheiro para que turistas vacinados contra a Covid-19 visitem as belezas de suas ilhas. Com o esquema, que foi anunciado no início de abril, o governo local pretende impulsionar a economia, muito dependente do turismo.

Turistas que ficarem um mínimo de três noites em hotéis de três a cinco estrelas receberão quantias diferentes: aqueles que se hospedarem em hotéis cinco estrelas receberão 100 euros (cerca de R$680); quem optar por hotéis quatro estrelas receberá 75 euros (R$510); e aqueles hospedados em instalações três estrelas receberão 50 euros (R$340). O valor é distribuído por cada indivíduo.

Porém, o valor pode ser ainda maior: os pagamentos serão combinados pela autoridade de turismo do país e pelos hotéis, o que significa que os turistas receberão, na verdade, o dobro. Logo, aqueles que se hospedarem por três noites em um hotel cinco estrelas receberão um total de 200 euros, aproximadamente R$1.350. As quantias devem ser gastas em acomodação, alimentação, bebidas e outros serviços dentro das propriedades dos hotéis participantes.

O comunicado oficial da Autoridade de Turismo de Malta ainda aponta que aqueles que optarem por ficar na Ilha de Gozo receberão um adicional de 10% sobre o pagamento. A ilha é conhecida por algumas das estruturas religiosas mais antigas do mundo e pelas águas perfeitas para mergulho, principalmente na Baía de Ramla.

Por enquanto, o esquema está na fase inicial de cadastro dos hotéis interessados. Segundo informações oficiais, o plano deve começar a pagar turistas que chegarem no arquipélago a partir de junho de 2021.

Aquecimento do turismo

Vista da cidade de Paola de Valletta Waterfront, em Malta
Vista para a cidade de Paola a partir de Valetta, ambas à beira-mar, em Malta (Foto: Getty Images)

A autoridade de turismo local revelou ainda que, para colocar o plano em prática, investiu €3,5 milhões – cerca de R$23,80 milhões. Com o incentivo, Malta espera receber até 35 mil visitantes a partir de 1º de junho, data próxima ao início do verão europeu, quando as restrições por conta da pandemia devem ser flexibilizadas para turistas britânicos totalmente vacinados.

Rodeado por águas azuis do Mar Mediterrâneo ao sul da Sicília, o país é formado por três ilhas principais, sendo elas Malta, Gozo e Comino. O destino é muito procurado por suas belas praias de águas quentes, passeios de mergulho, enseadas secretas e pela rica influência do norte da África.

Com uma população estimada em 515 mil habitantes, Malta possui cidades pitorescas no topo de colinas, antigas vilas de pescadores e portos marítimos charmosos. Valetta, a capital, é uma antiga cidade-fortaleza que possui um cenário cultural agitado, com restaurantes badalados, prédios reformados contrastando com casinhas nas encostas e uma vida noturna animada.

Covid-19 em Malta

O país registra até agora 29.778 casos totais de Covid-19 e soma 403 mortes desde o início da pandemia, segundo dados do Johns Hopkins Coronavirus Resource Center. Números da Our World In Data mostram que 76.593 pessoas foram totalmente vacinadas no país até o momento.

Atualmente, passageiros brasileiros estão banidos de entrar no país mediterrâneo. O Brasil consta na “lista vermelha” do governo local, o que significa que visitantes que chegarem a Malta devem ter passado pelo menos 14 dias anteriores em uma das localidades do corredor seguro de países antes de pousar na região. O governo recomenda que os passageiros da “lista vermelha” realizem um teste PCR dentro de 72 horas antes da chegada.

Pouco a pouco o destino turístico começa a retomar sua normalidade. A partir de 26 de abril, o governo de Malta prevê a reabertura de estabelecimentos e serviços não essenciais, assim como passará a aceitar que grupos de até quatro pessoas se reúnam em locais públicos.

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