“Uma das alavancas do crescimento.” Esta continua sendo a definição da construção civil para o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. De fato, o setor é o principal pilar da economia não só pela importância da moradia e o anseio dos brasileiros por conquistar o imóvel próprio, mas também pela capacidade de geração de empregos.

Este segmento, que representa cerca de 10% do PIB brasileiro, emprega hoje 2,3 milhões de pessoas – isso em tempos de crise. No inicio de 2020, a expectativa era que, a indústria ofertasse um potencial para criação de 150 mil a 200 mil postos de trabalho formais. Porém, este quadro foi também afetado pela pandemia do novo coronavírus e volta agora a ser a esperança de impulsionamento do país.

Além disso, é válido ressaltar que apenas 2% do material utilizado na construção civil é importado. Se analisarmos toda a cadeia de produção, as indústrias de materiais envolvidas, veja quanto emprego é gerado, quantas famílias colhem os benefícios de um setor forte e bem estruturado! Quando a construção civil vai bem, as fábricas têm de contratar para atender à demanda. Com isso, há mais pessoas com renda, consumindo mais, fazendo a economia se movimentar e o país crescer.

Nos últimos anos, a construção civil vem sendo impulsionada por alguns fatores. Os principais são a queda na inflação e os juros baixos. Isso tem um impacto direto no poder de compra da população. Um imóvel é, geralmente, o maior investimento da vida de uma pessoa. Se ela não tem confiança na economia, dificilmente se sentirá segura para designar um valor tão alto. Por outro lado, se a economia for bem e o cenário político se estabilizar, o setor tem ótimas perspectivas de crescimento.

O economista Roberto de Oliveira Campos Neto, presidente do Banco Central,.

Para que a construção civil continue acelerada, é preciso manter as políticas de incentivo ao financiamento, não só de imóveis, mas de materiais também. Em março, a Caixa lançou uma linha de crédito imobiliário com taxas de juros prefixadas. Isso significa que antes mesmo de fazer um financiamento, você já sabe quanto vai pagar no final e, assim, pode calcular o tamanho da dívida. Aquele imóvel tende a valorizar? Vai cobrir o valor desembolsado? Todas essas questões ficarão mais claras.

Por outro lado, o setor precisa se fortalecer diante das especulações, que geram, principalmente, uma queda de emprego muito forte. Todos os dias, somos bombardeados com análises de mercado que provocam receio e impedem que bons negócios sejam feitos. Precisamos acreditar na construção, investir na capacitação de mão de obra e facilitar o acesso à informação. Enquanto o setor não se atualizar às demandas de mercado, continuará perdendo boas oportunidades.

Na reta de final de ano com o inicio do segundo semestre, e apesar do momento crítico devido a quarentena, a expectativa é a de que, as lojas de material de construção que inclusive se mantiveram abertas em nossa cidade, possam alavancar a geração de emprego e a retomado do crescimento econômico. Marília precisa urgente..

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