O ser humano distingue-se das coisas materiais porque tem dignidade e não
um preço. Com o propósito de construir hoje aqui, um pensamento importante para os leitores do Jornal, convido a todos para a leitura destas traçadas linhas sobre “aperfeiçoar a humanização no nosso dia a dia”.

Nesta perspectiva acima, precisamos criar espaços na nossa prática
profissional e em nossa vida pessoal, com o objetivo da satisfação pessoal e
coletiva. Esse sentimento deve ser experienciado por nós, que desejamos viver a responsabilidade e o compromisso com a vida no cotidiano.

Segundo nossa filósofa Marilena Chaui, a responsabilidade é um dos componentes da constituição da ação ética, que significa reconhecer-se como autor da ação, seja positiva ou negativa, como também avaliar os efeitos e consequências dela sobre nós e sobre os outros seres humanos, assumindo e respondendo por elas.

Como a responsabilidade, o compromisso também é um campo da
nossa ação ética, pois ele determina uma consciência de nós e dos outros, isto é, a capacidade de reflexão e de reconhecermos da existência dos outros como sujeitos de direitos e de dignidade humana.

Então, esses dois constituintes do campo ético, quando exercitado diariamente, nós leva a uma consciência moral antes de qualquer ação, portanto nós humanizamos; dá-nos a capacidade de deliberar diante de alternativas possíveis, decidindo e escolhendo uma delas antes de lançar-se em qualquer ação.

Ela, a consciência moral, nos leva a capacidade de avaliar e pesar as motivações pessoais para empregar meios éticos para fins éticos (empregar meios imorais para alcançar fins morais é impossível), e me parece que isso tem acontecido nos meios empresariais, políticos, jurídicos, nas relações familiares, religiosas e etc..,, trazendo transtornos de insegurança social e de violências.

Gosto de frisar em eventos que participo, como palestrante, que buscar ações éticas é promover, primeiro em nós uma leitura da nossa responsabilidade, do nosso compromisso com a vida e consequentemente com os seres humanos e em segundo lugar, agir com liberdade, que significa, no campo ético, ser capaz de oferecer-se como causa interna de nossos sentimentos, atitudes e ações, não estando submetido a poderes externos que nos forcem e nos constranjam a sentir, a querer e a fazer alguma ação imoral.

A liberdade é o poder de autodeterminar-se, dando nossas regras de conduta em benefício à satisfação da coletividade, ou seja, construindo a humanização, em todos os espaços que estivermos. Dessa maneira, podemos caminhar com ações sadias á coletividade.


Drª Marília Vilardi Mazeto é Advogada, Assistente Social e Professora Universitária. Apaixonada pela cidade, colabora com o Jornal do Ônibus de Marília atuando como Colunista, com textos e artigos para reflexão da sociedade como um todo.

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