E quando tudo parecia caminhar a passos lentos, o delegado titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), Valdir Tramontini, revelou na tarde desta quinta-feira (3) a existência de um “fato grave” no assassinato do conceituado Dentista Drº Aloisio Tassara.

Uma investigação paralela no inicio das investigações mirava em uma eventual participação de uma terceira pessoa no crime e estaria relacionando diretamente à esposa da vítima, que passou por exames de corpo de delito no dia do crime. No entanto, nada foi apurado.

Por determinação de sigilo judicial, o DelegadoTramontini não especificou qual seria o “fato grave”, mas ele foi citado no relatório que ele encaminhou ao Ministério Público esta semana.

Foram ouvidas 19 pessoas e somente na última terça-feira (1) a jovem prestou depoimento ao delegado Valdir Tramontini, titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG). O depoimento aconteceu no Hospital das Clínicas, onde ela está internada por ordem judicial, e demorou pouco mais de uma hora.

O advogado de defesa da adolescente, advogado Fábio Ricardo Rodrigues dos Santos, afirmou que o caso foi uma tragédia familiar e que a menina já vinha passando por problemas de ordem psiquiátrica. Inclusive passaria por uma consulta médica na data dos fatos.

“Eu afirmo que a própria declaração do Delegado Seccional, lá no primeiro dia, é o que realmente aconteceu. E reafirmo que foi uma tragédia familiar. Ela já vinha passando por alguns problemas de ordem psiquiátrica. Inclusive no dia dos fatos, estava com uma consulta pré-agendada com um profissional. Ela vinha fazendo acompanhamento com um e ia consultar outro. Infelizmente aconteceu isso. Ela está abatida por toda essa situação. Ainda está internada, não existe uma previsão de alta. Foi realmente um surto”, disse.

A Polícia Civil sugeriu exame de sanidade mental para a jovem. “Isso vai influenciar numa eventual aplicação de medida. Se estava plenamente capaz, sabia o que estava fazendo e não estava surtada, provavelmente vai para a Fundação Casa. No caso dela ser totalmente ou relativamente incapaz, pode ser aplicada uma medida de segurança para tratamento ambulatorial ou internação em unidade de tratamento psiquiátrico”, explicou o delegado para a imprensa.

Ainda no início das investigações surgiram comentários de eventual participação de uma terceira pessoa no crime. Em virtude disso, por cautela, logo no início instaurei um outro procedimento apartado para apurar eventual participação de outras pessoas. Até o presente momento não há nada nesse sentido. Esse outro procedimento aguarda alguns laudos que foram enviados para São Paulo”, afirmou o Delegado.

O depoimento da jovem foi filmado e encaminhado para o promotor responsável pelo caso, que agora irá decidir qual medida deve ser tomada. O advogado da jovem disse que “ela vai ser ouvida novamente pelo promotor de Justiça, já numa seara judicial, mas não existe data para isso ainda”.

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