Integrantes morreram em acidente de avião em 2 de março de 1996, no auge do sucesso. Veja quais são as músicas do grupo mais ouvidas hoje, segundo o Spotify.

O início de um dos mais lembrados períodos de luto da história recente brasileira completou 25 anos nesta terça-feira (2).

Nessa mesma data, em 1996, o avião onde estavam os Mamonas Assassinas chocou-se contra a Serra da Cantareira, em São Paulo, matando os cinco integrantes do grupo, além de um ajudante de palco, um segurança, o piloto e o copiloto da aeronave.

Na época, a banda vivia o auge, com o sucesso meteórico de seu único disco gravado em estúdio, lançado menos de um ano antes do acidente.

O rock cômico com um emaranhado de influências, que iam de forró a música portuguesa, se tornou um fenômeno democrático, que agradava todas as faixas etárias.

O tempo passou, algumas desses canções perderam força entre as novas gerações, muitas vezes mais interessadas em buscar informações sobre a tragédia e as teorias que rondam a morte do grupo. Mas outras permanecem como hinos dos anos 1990.

Documentário “25 anos sem Mamonas Assassinas” vai ao ar na TV paga

Documentário “25 anos sem Mamonas Assassinas” vai ao ar na TV paga

Para homenagear o grupo, o Canal BIS leva ao ar no mês que vem o documentário “25 anos sem Mamonas Assassinas”, conforme relata nota do The Music Journal Brazil.

Fenômeno de sucesso meteórico, o Manonas Assassinas lançou apenas um álbum antes do trágico acidente, vendendo cerca de 3 milhões de cópias.

Dinho, Júlio, Bento, Sérgio e Samuel entraram para a história da música brasileira com sucessos como “Pelados em Santos”, “Robocop Gay” e “Vira-Vira”.

Abaixo, saiba mais sobre os 7 hits dos Mamonas mais ouvidos hoje no Brasil, com base em dados do Spotify.

‘Jumento clandestino”

“Tava ruim lá na Bahia, profissão de bóia-fria / Trabalhando noite e dia, num era isso que eu queria / Eu vim-me embora pra “Sum Paulo'”.

Rock com referência forte de baião, a música faz graça com o movimento de migração do Nordeste para o Sudeste do Brasil, sem deixar de lado o tom crítico.

A letra tem referências a episódios de preconceito no tratamento recebido por esses migrantes: “E hoje eu tô arrependido de ter feito imigração / Volto pra casa f***, com um monte de apelido / O mais bonito é cabeção.”

‘Uma arlinda mulher’

Uma das discussões que cercam o legado dos Mamonas é o impacto que parte de seu repertório teria, se fosse lançada na era do cancelamento. “Uma arlinda mulher” é um exemplo de música que sobrevive como uma das mais ouvidas do grupo, apesar do teor problemático.

A letra faz referência a termos racistas, como “cabelo pixaim”. Também tem versos com uma ameaça de agressão a uma mulher: “Te falei que era importante competir / Mas te mato de pancada se você não ganhar.”

‘1406’

Mais uma dos Mamonas com crítica social forte, eternizada pelo refrão:

“Money que é good nóis num have / Se nóis hevasse nóis num tava aqui playando / Mas nóis precisa de worká.”

A letra brinca com o consumismo desenfreado, estimulado pela publicidade. O título faz referência a um número de telefone famoso, citado em comerciais de TV na época.

‘Chopis centis’

O passeio no shopping mais famoso da música brasileira. A parte instrumental faz referência a “Should I stay or should I go”, da banda punk inglesa The Clash, embora a sequência de acordes não seja exatamente a mesma.

‘Robocop gay’

Mais uma considerada problemática nos dias de hoje, já que pode ter interpretação homofóbica. A letra compara uma travesti alterada por cirurgias plásticas a um ciborgue.

Juntamente com “Pelados em Santos”, “Robocob gay” foi gravada pelo grupo na fita demo que os Mamonas enviaram para gravadoras, antes de assinarem com a EMI. Além de estourar no Brasil, fez muito sucesso na Argentina.

‘Vira-vira’

Um clássico dos Mamonas. Sátira do cantor português Roberto Leal (1951-2019) e de sua canção “Arrebita”, lançada no início dos anos 1970.

A música deu vida nova à popularidade do artista português no Brasil nos anos 90. Em entrevistas, Leal costumava dizer que se sentia homenageado e se tornou amigo dos integrantes grupo.

‘Pelados em Santos’

O convite para um programa amoroso na cidade de Santos, em São Paulo, a bordo de uma Brasília amarela se tornou o maior hino do grupo. Ao longo dos anos, ganhou uma série de regravações – a mais famosa delas, lançada pelos Titãs em seu álbum de covers de 1999.

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