Os mais experientes costumam dizer “O REINO CONTINUA O MESMO, APENAS TROCARAM O BASTÃO”, já outros dizem que o SISTEMA CONTINUA, APENAS TROCARAM A MARIONETE. Enfim, o que O JORNAL DO ÔNIBUS DE MARILIA, sempre comentou, acaba se tornando público; Deputado Vinicius Camarinha, prefeito Daniel Alonso e Governador João Doria estão juntinhos no mesmo ninho, tornando pública uma relação que claramente já era apontada há muito tempo, apenas saíram do armário.

O Deputado construiu a sua história no PSB desde 2002, quando concorreu pela primeira vez em um pleito eleitoral sendo eleito deputado estadual pela primeira vez. Após o processo eleitoral de 2018 e logo que assumiu, Vinicius Camarinha passou a votar junto com a base do Governador eleito João Doria, já contrariando os interesses do PSB de Márcio França.

Posteriormente em maio de 2021, o mesmo fechou uma aliança definitiva com o governador, sendo que seu já ex aliado e presidente do PSB estadual Márcio França acabou interpretando o fato como TRAIÇÃO, visto que, na campanha eleitoral o mesmo foi eleito pelo PSB e criticando a administração tucana.

A declaração de Márcio França ecoa até hoje; ” Liderar o governo mais decepcionante do estado de São Paulo deve ser um sacrifício tão grande, com um governador tão impopular, que nenhum deputado do próprio PSDB aceitou o encargo” — declarou França após Vinicius Camarinha aceitar ser o líder de Dória na Alesp.

Esta mudança já era esperada nos bastidores políticos, e só era aguardado o momento exato para o anuncio oficial após sinalizações de aliados e do próprio deputado mariliense em recente pronunciamento na Famema. Recentemente o prefeito Daniel Alonso chegou a declarar em uma entrevista que seria importante a cidade se unir para eleger dois deputados, que seriam Vinicius Camarinha e claro, sua filha que sairá candidata pelo PL. Em síntese, juntos, selados e unidos em prol de um sistema de governo da cidade e de poder político na região.

O parlamentar e líder do governador João Doria simplesmente aproveitou o período de janela partidária, em que os parlamentares podem transitar entre as siglas para novas candidaturas, sem prejuízos aos mandatos atuais conforme lei eleitoral em vigor.

Em sua despedida do PSB-partido de Márcio França, no qual estava desde o primeiro mandato como deputado estadual, Vinicius dirigiu palavras de gratidão aos correligionários da sigla e defende a decisão. Confira na íntegra.

“Neste momento, antes de mais nada, quero manifestar minha gratidão aos amigos e amigas que fiz nessas últimas duas décadas em que estive nas fileiras do PSB. Agradecer a generosidade e o carinho que sempre me foram dispensados. Sei que devo muito da minha trajetória ao partido, que é feito de homens e mulheres de bem. Mas assim é o processo político partidário. Uns chegam, outros seguem outros projetos. Em nome de seguir honrando os meus compromissos com o povo de São Paulo, compromissos esses que são o combustível que me move, ingresso no PSDB. Mudo de partido, mas não mudo de lado, de continuar trabalhando por nossos municípios e pelo nosso Estado de São Paulo. Sigo ao lado dos que mais precisam de políticas públicas; dos mais pobres deste Estado; de nossas crianças; daqueles e daquelas que precisam de atendimento à saúde; das pessoas com deficiência. Mudo de partido, por entender ser esta mudança necessária para fortalecer o trabalho em defesa desses compromissos, aumentando as conquistas para as pessoas que têm no meu mandato o instrumento de defesa dos seus direitos e sonhos.
Agradeço aos companheiros e companheiras do PSDB pela acolhida.
Vamos em frente. Vinicius Camarinha / Deputado estadual /  
Líder do Governo na Assembleia Legislativa”

Uma jogada de risco

Embora seja líder do governo e com isto, conquistado o direito de acesso à muitas cidades ( segundo informações mais de 100) com atuações inclusive no vale do paraíba, Vinicius arriscou alto em pular para o ninho tucano e se posicionar apoiando João Doria e seu candidato e amigo pessoal Rodrigo Garcia. Ambos estão em baixa nas pesquisas eleitorais e segundo especialistas sem chances até de disputar o segundo turno, embora em política já tenhamos visto de tudo, até Luis A. Fleury largar com 2% e ganhar uma eleição.

Porém temos que admitir que a situação é complicada tem em vista a disputa nacional que acaba influenciando no estado. O candidato tucano ao governo por exemplo não passa de 7%, o que forçará Vinicius Camarinha a conseguir muitos votos para conquistar uma cadeira, principalmente em uma legenda com grandes caciques na disputa. Nos bastidores o que se comenta é que, o sonho do parlamentar é se tornar presidente da assembleia legislativa, que poderia se tornar realidade com a vitória do mesmo, juntamente com Rodrigo Garcia.

A situação agora, se tornará uma incógnita, pois como o prefeito também pertence ao PSDB naturalmente terá que apoiar os candidatos de seu partido, mas, por um outro lado temos a situação de sua filha, Danielle Alonso que filiado ao PL, também disputará uma vaga para a assembleia legislativa. Mas, CONFORME O MESMO JÁ DECLAROU, O IMPORTANTE É ELEGER DOIS REPRESENTANTES DA CIDADE, desde que, sejam do MESMO NINHO OU SISTEMA, claro e obviamente. RESTA SABER SE A CIDADE IRÁ DIGERIR…..

Mais uma vez, deixa a impressão da introdução desta matéria, onde tudo não passa de um teatro, onde o mais importante é a manutenção do poder político ou do sistema dominante. Em outras palavras, JUNTINHOS E MISTURADOS, e para o povo, o que sobra está aí, na relação que se segue;

  • Praça de pedágios cercando o munícipio
  • Cidade abandonada
  • Caos na saúde
  • Falta de uma AME
  • Segurança questionável com a perda do Comanda da PM
  • Falta de opções de laser
  • Estagnação da cidade nas últimas décadas
  • Perda do protagonismo do interior paulista e até da região
  • Falta de investimentos de grandes empresas e impedimento para que as mesmas não cheguem a cidade
  • Terceirização dos principais serviços públicos para empresas de outras cidades.
  • Falta de um politica habitacional coerente para os assalariados e de baixa renda
  • Desvalorização do servidor público
  • Escassez de uma política humanitária e solidária para os chamados excluídos
  • Transporte público de péssima qualidade
  • Falta de um politica de gestão que consiga englobar um projeto amplo de mobilidade urbana e de uma nova arquitetura para o centro da cidade.

DIRETO DA REDAÇÃO

error: Conteúdo protegido por direitos autorais.