Elder lady with glasses helping her friend with computer issue

A população mundial de idosos tem tido um crescimento significativo, com alta de 3% nos últimos anos, e deve chegar a 1,4 bilhão de indivíduos em 2030, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU). Somente no Brasil, 14,3% da população é formada por pessoas acima de 60 anos, ou seja, cerca de 29 milhões de pessoas. E no contexto atual, em que a utilização de tecnologias tornou-se essencial para diversas tarefas no sentido de driblar as dificuldades trazidas pela pandemia, o grupo da terceira idade precisou se adaptar, tanto para minimizar o distanciamento físico quanto para seguir com atividades já iniciadas, como as de aperfeiçoamento profissional.

O Senac Marília, por exemplo, tem em seu grupo de estudantes pessoas com mais de 60 anos e, com a pandemia, viu todos se dedicarem a superar a insegurança e a incerteza do período e se ajustar ao ensino remoto. Hoje, passada a fase de adaptação, a unidade percebe a superação e o aprendizado de cada um, já que alguns ainda estavam pouco habituados ao uso da tecnologia e de seus recursos.

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Como era o caso de Maria Aparecida Pessini, de 63 anos e que continua os estudos remotamente no curso Técnico em Podologia. Ela conta que não tinha nenhuma familiaridade com os meios digitais, mas parar a qualificação não era uma opção. Então, com a ajuda do neto e apoio dos docentes do curso, superou as barreiras iniciais e conseguiu se adaptar à nova rotina. “Inicialmente, marcávamos horário para realizar os encontros virtuais e meu neto me ajudava a conectar. Começamos utilizando os recursos mais simples e, aos poucos, evoluímos. Hoje, consigo participar de trabalhos e aulas com toda a turma e não preciso mais de ajuda.”

Para dar todo o suporte necessário aos estudantes, um dos diferenciais adotados pela instituição de ensino é que, quando o aluno demonstra dificuldade, as atividades são iniciadas com meios tecnológicos mais acessíveis e de fácil operação para o desenvolvimento das habilidades. A transição para as tecnologias mais complexas acontece aos poucos, passo a passo.

ARRUDA: IDOSOS NOS TEMPOS MODERNOS

Alessandro Gomes, coordenador da área de segurança e saúde no trabalho do Senac Marília, afirma que a disposição para quebrar paradigmas é fundamental para que os estudantes da terceira idade consigam fazer o uso das ferramentas digitais. “Vejo com bastante otimismo os alunos com idade acima de 60 anos desenvolvendo ações remotas, pois sabemos que o uso da tecnologia pode ser desafiador. Embora o começo seja difícil, o resultado é o desenvolvimento e a superação, por conta da força de vontade e da dedicação.”

O ensino remoto permite que esse grupo continue em constante desenvolvimento profissional, mas, sobretudo, que tome consciência da sua evolução e do potencial transformador que é capaz de atingir. “Com nosso apoio e incentivo, os estudantes mais velhos ganham confiança e vão descobrindo as facilidades das tecnologias. Apesar de existirem pessoas da terceira idade já bastante antenadas aos meios digitais, também há quem ainda esteja aprendendo”, diz Cássia Cristina Monteiro, coordenadora da área de saúde e bem-estar do Senac Marília.

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