A exemplo do Tráfico de drogas, as ocorrências envolvendo o contrabando de cigarros aumento assustadoramente a cada dia. Prova disso é que, na noite de ontem, domingo ( 06), uma equipe do Policiamento Rodoviário Estadual de Marília, abordou um furgão Fiat/Ducato, na SP-333 (junto à praça de pedágio), e pegou no flagra mais um que transportava o vício maldito do Paraguai. 

Na ocasião, um motorista, de 60 anos, que não teve na oportunidade a identidade revelada,  demonstrou nervosismo na fiscalização gerando suspeita por parte dos policiais que ao notarem o comportamento começaram o procedimento padrão.

Logo na sequência, realizaram busca no compartimento de carga, onde foram localizadas diversas caixas de hortifruti e muitos pacotes de cigarros contrabandeados do Paraguai. Devido ao flagrante, o motorista recebeu voz de prisão, não esboçou reação e todo o material de contrabando foi encaminhado à Delegacia de Polícia Federal. 

SP tem recorde de apreensão de cigarros contrabandeados em 2019, diz Receita.

Dados da Receita Federal obtidos pela GloboNews por meio da Lei de Acesso à Informação apontam que, entre janeiro e junho deste ano, foram apreendidos R$ 100,1 milhões em cigarros contrabandeados no estado. Esse valor representa um aumento de 13% na comparação com os R$ 88,7 milhões contabilizados em apreensão no mesmo período de 2018.

Os números da Receita apontam ainda que as apreensões de cigarros neste ano no estado de São Paulo foram as maiores registradas para o período desde 2010.

Os valores das apreensões têm crescido ano a ano, segundo os balanços detalhados para a reportagem pelo órgão aduaneiro. Entre janeiro e junho de 2010, por exemplo, a Receita apreendeu em todo o estado R$ 6,4 milhões em cigarros contrabandeados e clandestinos. Em 2014, esse indicador ultrapassou, pela primeira vez nesta série histórica, a marca de R$ 20 milhões em apreensões (R$ 21,9 milhões).

De acordo com o auditor fiscal e chefe da Divisão de Vigilância e Repressão ao Contrabando e Descaminho (Direp) da Receita Federal em SP, esse aumento progressivo em valores apreendidos indica “mais uma questão de demanda por esse tipo de cigarro, que tem crescido bastante, do que de uma questão operacional” do órgão de combate a contrabando.

“As apreensões têm crescido, o que do ponto de vista operacional é bom, mas não o suficiente para diminuir a atuação desse mercado ilícito, infelizmente”, avalia Towersey.

Segundo o chefe da Direp, a Receita computa em sua estatística tanto cigarros contrabandeados, ou seja, que entraram no território nacional sem que tenha sido feito o pagamento dos impostos devidos, quanto produtos produzidos dentro do país sem autorização dos órgãos fiscalizadores.

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