SEM DÓ, NEM PIEDADE. Assim pode ser resumida a decisão do Governador João Dória (PSDB) em relação ao restaurante popular que atende centenas de trabalhadores na área central da cidade.
O Restaurante Bom Prato, programa de alimentação de baixo custo do governo do Estado, encerra a partir desta semana o atendimento aos finais de semana e vai ficar fechado no sábado, domingo e feriado em sua unidade na cidade de Marília.
Em comunicado simples e frio, a Prefeitura dispôs que a medida acompanha uma decisão do governo do Estado, que é responsável pelo projeto em convênio com o município. O estranho é que tal medida não foi adotada para outras localidades, em Bauru, por exemplo, não houve redução de atendimentos no Bom Prato. O deputado estadual que diz representar a cidade, também não se manifestou a respeito do assunto.
O Bom Prato de Marília foi inaugurado em 2014 e serve cerca de 1.500 refeições por dia, entre almoço e jantar. O maior público do local são moradores de ruas, trabalhadores do comércio, catadores de recicláveis e autônomos, além de moradores carentes em geral.
O café da manhã, ao preço de R$ 0,50, será servido das 6h30 às 8h30 (100 cafés da manhã). O almoço, no valor de R$ 1,00, será disponibilizado das 10h30 às 15h (1.200 almoços). Já o jantar, que também custa R$ 1,00, será servido das 17h30 às 19h30 (300 jantares).
Preparadas por nutricionistas, as refeições são balanceadas, com almoço composto, em geral, por arroz, feijão, verduras, legumes, farinha de mandioca, algum tipo de carne, pãozinho, suco e sobremesa, resultando em 1.200 calorias, média necessária para manter um organismo humano.
Já o cardápio da manhã totaliza em média 400 calorias, com café, achocolatado, iogurte, leite, pão com margarina, requeijão ou frios e uma fruta da estação. Mais uma noticia triste para a cidade e, que conota novamente a fragilidade de lideranças politicas da cidade. O protagonismo regional aparece apenas nas dimensões territoriais e na quantidade de habitantes, pois, no restante….
DIRETO DA REDAÇÃO COM EDITORIAL DE LOURIVALDO CARVALHO BALIEIRO.
