Apesar do frio mais intenso inibir a ação do mosquito transmissor, a queda na temperatura nos últimos dias não foi suficiente para conter o avanço da dengue em regiões do Estado onde a incidência era considerada menor e, com isso os números da dengue aumentam em todas as cidades onde a transparência na divulgação das informações aparece como um elo fundamental de conscientização junto a população.

Para se ter uma ideia, nossa reportagem realizou uma busca pelas principais cidades do interior e paulista e ligou o sinal de alerta.


Em Bauru, ao menos 21 pessoas morreram este ano. A cidade ocupa a liderança nacional em número de casos, com 19.471 pessoas infectadas pela doença, conforme o ultimo boletim divulgado no mê de maio, pela Secretaria de Saúde do município. Embora a pasta afirme que o número de casos vem caindo, foram confirmadas 1.449 novas ocorrências. Segundo a secretaria, esses casos foram notificados de janeiro ao início de maio, mas só agora saíram os resultados dos exames.


Campinas, a mais populosa cidade do interior, assumiu o segundo lugar em número absoluto de casos de dengue no Estado, este ano, com 16.445 casos confirmados, conforme balanço final no fechamento do mês. Três pessoas morreram com a doença na terceira maior epidemia registrada no município.


A Secretaria de São José do Rio Preto, em terceiro lugar no ranking de casos em São Paulo, também atualizou os dados da dengue. Agora, são 15.790 casos confirmados, além de 5.715 em investigação. A cidade registra 10 mortes pela doença este ano, mas todas são anteriores ao mês de maio que não registrou mortes.


Em Araraquara, já são 10.960 casos e cinco mortes confirmadas. A epidemia é a pior já vivida pela cidade.


A Secretaria Municipal de Saúde de Presidente Prudente confirmou por meio da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), 232 casos de dengue. Com isso, são 1464 catalogações positivas em Presidente Prudente. Do total, 18 são importadas, vindas de outras localidades, e 1.446 são autóctones, contraídas na cidade. Entre as demais, sobram o número de catalogações confirmadas e os exames que já deram resultado negativo para a doença.
Na nossa região a situação não é diferente.

A cidade de Tupã já confirmou a quinta morte causada por complicações da dengue neste ano, a cidade já registra uma de suas piores epidemias da doença da história, segundo dados da prefeitura. Neste ano, já são 2.247 casos confirmados da doença e outros 890 que aguardam confirmação por exames. A situação atual só não é pior que a epidemia registrada em 2015 na cidade, quando sete pessoas morreram e 2.406 casos da doença foram confirmados.


No último levantamento feito pela Secretaria Municipal da Saúde, Assis contabilizava 355 casos positivos, sendo a grande maioria contraído na própria cidade. Dos exames encaminhados para análise, 535 foram negativos e cerca de 500 ainda aguardam os resultados.


Em Lins, a Secretaria Municipal de Saúde, através da Divisão de Vigilância Epidemiológica e Controle de Vetores informou em sua ultima nota sobre o assunto que neste ano de 2019 já foram notificados duzentos e trinta e oito (238) casos de Dengue sendo setenta e três (73) casos confirmados como positivos, cinquenta e três (53) encerrados como negativos e cento e onze (111) aguardando resultados.


Em Marília não podemos esquecer que em 2015 a cidade enfrentou uma situação gravíssima quando foram registrados mais de 50 mil casos positivos de dengue e 37 óbitos devido a doença, justamente pelo acumulo de lixo e a falta e operacionalidade da administração da época.

A preocupação é a de que grande parte destas pessoas que foram vitimizadas na ocasião se tornaram parte de um grupo de importante de risco potencial. Este ano duas pessoas já morreram com a sintomatologia, mas, a secretaria não confirma.

No que diz respeito aos casos registrados, apesar da grande quantidade de pessoas nos postos de saúde, a informação é da confirmação de 626 casos de dengue positivos na cidade desde o começo do ano sendo que são aguardados resultados de 3.257 exames.


Um dos desafios mais inquietantes na luta contra o vírus da dengue é o risco de infecções severas quando a pessoa contrai a doença pela segunda vez. Agora uma equipe internacional de pesquisadores conseguiu identificar o mecanismo responsável por esse aumento na gravidade da doença.


Na segunda infecção, o anticorpo reconhece o novo tipo do vírus, mas não bem o suficiente para limpá-lo do organismo“Em vez de neutralizar o vírus, os anticorpos se ligam a eles de uma maneira que os ajuda a invadir outras células do sistema imunológico e a se espalhar.” De acordo com os pesquisadores, esse efeito cavalo de Tróia já havia sido demonstrado antes, mas a pesquisa atual fornece uma análise entre a genética do vírus e a resposta imunológica com detalhes sem precedentes, indo além do sorotipo principal.

error: Conteúdo protegido por direitos autorais.