O ser humano é um ser social. Essa premissa faz ainda mais sentido quando olhamos a lista dos 10 aplicativos mais baixados em 2021 pelo mundo produzida pela Apptopia. Em resumo, oito entre eles são voltados para comunicação, sendo 7 redes sociais. Das duas exceções, uma é uma ferramenta de edição de vídeo da Bytedance (dona do TikTok) e outra é um serviço de streaming de música (Spotfy).

Como era de se esperar, TikTok , liderou a lista. Com isso, consolidou sua posição no mercado global e mostrou que sua fama não é passageira – como a das dancinhas e desafios. Basta ver que recentemente também foi o site mais acessado do mundo, superando o Google.

O que é possível perceber é que a popularidade do TikTok pressionou demais o concorrente Instagram. A rede social da Meta subiu duas posições em relação ao ano passado, com 545 milhões de downloads. Porém, o chefe da empresa já disse que em 2022 o plano é investir mais em vídeos e no reels – indicando que quer chegar mais perto do primeiro lugar.

Já o Facebook parece estar perdendo o gás. Apesar de ter permanecido na terceira posição, a rede social teve 416 milhões de downloads em 2021 frente aos 540 milhões do ano anterior. Esse dado só confirma algo que eles próprios já sabem: a empresa vem perdendo popularidade entre os jovens.

Mas, isso é apenas uma parte da verdade. Quando analisamos os dados das quatro empresas da Meta (Instagram, WhatsApp, Facebook e Messenger), o que observamos é a soberania da empresa. Isso porque houve, sim, uma ligeira queda de 2,69% de downloads (de 2,047 bilhões, em 2020, para 1,624 bilhão, em 2021). Porém, frente a queda de 15,82% nos 10 apps mais baixados, é praticamente um empate.

Perguntei para a equipe do Apptopia como eles interpretavam essa queda e eles me responderam que é um movimento natural depois de 2020.

“Os downloads foram anormalmente altos em 2020 devido às circunstâncias em torno da pandemia. As pessoas precisavam de conveniência e entretenimento, o que levou a mais downloads”, explica Adam Blacker, diretor de Conteúdo e Comunicação da empresa.

Para exemplificar, Blacker apontou que esse comportamento foi observado em diversos segmentos, como em jogos, serviços de streaming de vídeos, aplicativos de e-commerce e entrega de comida.

O diretor foi além e chamou atenção para algo que sabemos na prática no Brasil: “Em muitos países, o acesso a um smartphone é mais fácil do que o acesso a um laptop ou desktop”, diz.

A realidade brasileira não dá sinais de que 2023 vai ser diferente neste sentido. Estamos ainda digerindo este ano de pandemia, que foi pivô da crise dos chips, dólar alto e inflação elevada. Para salgar um pouco este prato, estaremos em ano de eleições.

DIRETO DA REDAÇÃO

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