Um porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia afirma que os rebeldes avançaram 3 km em Donetsk e 1,5 km em Lugansk. Especialistas indicam um pavio de pólvora prestes a explodir.

RESUMO DA NOTICIA : Milhares de pessoas tentam deixar Kiev, capital da Ucrânia, às pressas, enquanto sirenes de alerta de ataques aéreos são ecoadas. O aviso faz parte da lei marcial, que entrou em vigor nessa madrugada no país, ordenando que a população fique em casa. O clima é de terror, com congestionamento de vias, aglomerações em supermercados, e desabastecimento de postos de gasolina. De acordo com a Ucrânia, os ataques russos deixaram 40 soldados e 12 civis mortos. As forças armadas ucranianas reagiram aos bombardeios e dizem ter matado 50 “ocupantes russos”.

Após semanas de tensão, a Rússia atacou a Ucrânia nas primeiras horas da madrugada desta quinta feira (24). Uma operação militar nas regiões separatistas do leste ucraniano, explosões e sirenes foram ouvidas em várias cidades do país.

Autoridades da Ucrânia informaram que pelo menos 50 pessoas morreram e seis aviões russos teriam sido destruídos. Na manhã desta quinta, longas filas se formaram nas principais avenidas de Kiev com moradores tentando deixar a região. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, convocou a população para defender o país e disse que “cidadãos podem utilizar armas para defender território”.

Em seu pronunciamento antes do ataque, Putin justificou a ação ao afirmar que a Rússia não poderia “tolerar ameaças da Ucrânia”. Putin recomendou aos soldados ucranianos que “larguem suas armas e voltem para casa”. O líder russo afirmou ainda que não aceitará nenhum tipo de interferência estrangeira.

O que você precisa saber sobre o ataque

  • Nas primeiras horas da madrugada desta quinta-feira (24), Putin ordenou um ataque no leste da Ucrânia, em regiões que ele reconheceu como independentes; as forças russas invadiram a Ucrânia por terra, ar e mar;
  • Explosões foram ouvidas em diversas cidades, inclusive em Kiev;
  • Autoridades ucranianas dizem que pelo menos 50 russos foram mortos e seis aviões teriam sido abatidos no leste do país;
  • O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, autorizou cidadãos a pegarem armas para defender o país e pediu a doação de sangue;
  • Longas filas foram registradas neste manhã em Kiev nas principais rodovias, com moradores tentando deixar o país;
  • Países da Europa Central iniciaram os preparativos para receber pessoas que fogem da Ucrânia
  • O presidente dos EUA, Joe Biden, disse que Washington e seus aliados imporiam “sanções severas” sobre o que ele chamou de “guerra premeditada” de Putin
  • A China rejeitou chamar os movimentos da Rússia sobre a Ucrânia de “invasão” e pediu a todos os lados que exerçam moderação
  • Bélgica pede que União Europeia pare de emitir vistos para russos

Presidente ucraniano pede para pessoas usarem armas

Horas após o ataque, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, concedeu uma entrevista coletiva liberando o uso de armas para “defender o território”. Ele pediu doação de sangue e afirmou que todos que estivessem preparados para defender o país deveriam se apresentar às forças militares. Veja algumas das principais frases.

Não temos oponentes políticos agora. Somos todos cidadãos de um país maravilhoso e defendemos nossa liberdade… Nós temos armas defensivas para defender nossa soberania… Qualquer pessoa, esteja pronta para defender seu Estado em praças ou cidadesVolodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia

Otan tomará medidas adicionais de dissuasão após ataque russo, diz comunicado

A aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) tomará medidas adicionais para fortalecer a dissuasão e a defesa da aliança depois que a Rússia lançou uma invasão da Ucrânia, disse a aliança em uma declaração nesta quinta-feira.

“Hoje, realizamos consultas nos termos do artigo 4 do Tratado de Washington”, disse a Otan após uma reunião dos embaixadores da aliança em Bruxelas.

“Decidimos, de acordo com nosso planejamento defensivo para proteger os aliados, tomar medidas adicionais para reforçar ainda mais a dissuasão e a defesa em toda a aliança. Nossas medidas são e continuam sendo preventivas, proporcionais e não-escalonáveis.”

DIRETO DA REDAÇÃO COM INFORMAÇÕES DA AGÊNCIA REUTERS

error: Conteúdo protegido por direitos autorais.