Regiões de Sorocaba, Presidente Prudente, Marília e Registro passam a ficar na fase laranja, que sofreu alterações e passou a ser menos restritiva. Alterações foram divulgadas em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (8).

O governo de São Paulo colocou nesta sexta-feira (8) quatro regiões do estado na fase laranja do plano de flexibilização econômica da quarentena, mas alterou as regras para tornar esse estágio mais permissivo. Pelo atual cenário de Marília, pode-se considerar que, a cidade ainda saiu no lucro levando-se em consideração os números de leitos de UTI disponíveis para pacientes graves da Covid-19.

Algumas atividades, como salões de beleza, academias e parques, por exemplo, agora serão permitidas na fase laranja. O atendimento presencial em bares continua proibido.

Com as mudanças no chamado Plano São Paulo, que rege as regras da quarentena no estado, as regiões de Sorocaba, Presidente Prudente, Marília e Registro foram para a fase laranja. O restante do estado foi mantido na fase amarela, que sofreu menos alterações.

O que muda na Fase Laranja

  • Todos os setores de comércio e serviços passam a ser permitidos. A exceção é o atendimento presencial em bares, que continua proibido.
  • Capacidade de ocupação: antes era de 20% e vai para 40% em todos os setores.
  • Funcionamento máximo: ampliado de 4 para 8 horas por dia.
  • Horário de fechamento: atendimento presencial só poderá ser feito até 20h.
  • Parques estaduais, salões de beleza e academias: poderão abrir.

O Comitê de Enfrentamento à Covid-19 (Novo Coronavírus) da Prefeitura de Marília reuniu-se pela 26ª vez na tarde desta sexta-feira, dia 8 de janeiro, por videoconferência, e decidiu que irá analisar a reclassificação do Plano São Paulo, anunciada no início da tarde desta sexta, que colocou a Regional de Marília na Fase Laranja do Plano São Paulo.

Como os membros do Comitê, bem como as equipes técnicas da Prefeitura, Secretaria Municipal de Saúde, Vigilâncias Sanitária e Epidemiológica, além da Divisão de Fiscalização de Posturas, tiveram pouco tempo desde o anúncio da 17ª atualização do Plano até o momento do encontro, ficou definido que uma nova reunião do Comitê irá acontecer nesta terça-feira, dia 12 de janeiro, a partir das 14h30, para que as deliberações possam ser tomadas de forma mais acertiva. Até lá não haverá mudanças com relação ao funcionamento do comércio em geral.

Como fica a Fase Amarela

  • A capacidade máxima passa a ser limitada a 40% de ocupação para todos os setores. Antes, o percentual variava por setor: academias podiam operar com apenas 30% da ocupação, por exemplo.
  • O atendimento presencial ao público pode ser feito apenas até as 22h, em todos os setores, exceto no setor de bares, que pode funcionar até as 20h.
  • O horário de funcionamento passa a ser limitado a 10 horas por dia para todos os setores. Antes, o horário variava por setor.

Mudanças no Plano SP

Além de mudar o que pode funcionar em cada fase, o governo alterou os indicadores de saúde que orientam a reclassificação das regiões. Segundo a gestão estadual, houve um endurecimento das regras, para dificultar a mudança para estágios mais brandas.

“O Centro de Contingência recomendou uma redução nos indicadores que já tínhamos para passar do amarelo para o verde, de forma que ficou mais difícil passar para a fase verde. Na fase laranja, também sugerimos o endurecimento”, afirmou o coordenador do Centro de Contingência para o coronavírus, Paulo Menezes.

De acordo com o médico João Gabbardo, também integrante do centro de contingência, a ideia é dificultar a mudança de fase, mas permitir que mais setores funcionem, direcionando as restrições de forma mais específica.

“A gente deixa de penalizar tanto determinadas atividades que funcionam de forma controlada, para ser mais específico, mais cirúrgico, naquelas atividades que são mais propícias para a transmissão do vírus”, disse Gabbardo.

A atualização do plano havia sido adiada duas vezes. De início, estava prevista para segunda-feira (4), depois foi remarcada para esta quinta-feira (7) – e, finalmente, por conta da divulgação dos resultados da eficácia da CoronaVac, o governo anunciou que o anúncio seria nesta sexta.

Novos indicadores para avançar de fase

Os novos indicadores necessários para que uma região avance de fase na quarentena serão publicados no Diário Oficial deste sábado (9).

Antes, para ir da amarela à verde, era necessário ter, nos 14 dias anteriores à reclassificação, no máximo 40 internações por Covid-19 a cada 100 mil habitantes e até cinco óbitos por 100 mil habitantes.

Agora, os limites são menores: nos 14 dias anteriores à reclassificação, é preciso ter até 30 internações por Covid-19 a cada 100 mil habitantes e até 3 óbitos por 100 mil habitantes.

Os valores para avançar da fase vermelha à laranja também mudaram: antes, para progredir de estágio, era necessário ter taxa até 75% de taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Agora, o limite máximo é de 70% de ocupação desses leitos intensivos destinados aos pacientes com Covid-19.

Mudanças no critério de classificação das regiões no Plano SP — Foto: Reprodução/Governo de SP

Alteração nos indicadores de evolução da pandemia

Finalmente, a revisão do plano feita nesta sexta alterou ainda os indicadores de evolução da pandemia que eram usados para todas as fases. Agora, são priorizados os indicadores de incidência, que avaliam a situação atual, e não a evolução em relação a semanas anteriores.

Antes, o plano levava em conta para todas as fases a evolução – de uma semana para outra – de casos, óbitos e internações por Covid-19. Somente no caso específico do avanço para a fase verde é que se considerava a incidência – ou seja, apenas a situação atual, e não um comparativo entre dois períodos – de casos, internações e óbitos.

Agora, os indicadores de incidência de internações e óbitos passam a ser parâmetros para avançar para todas as fases.

Segundo Paulo Menezes, do comitê de contingência, a revisão do plano segue três eixos centrais:

  • o endurecimento dos indicadores de saúde, dificultando que regiões avancem para fases mais flexíveis;
  • a redução de restrições setoriais, que seriam substituídas por mais adesão aos protocolos sanitários;
  • e a recomendação para que as pessoas evitem a exposição ao vírus, especialmente após o horário delimitado para o encerramento de atividades econômicas.

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