Com o avanço da COVID-19, doença provocada pelo novo coronavírus, os cuidados para prevenção aumentaram substancialmente. Desde o início da pandemia, na China, o uso de máscaras passou a ser associado ao controle da doença, mas será que esse é um método realmente eficaz no combate à proliferação do vírus?

Na verdade, as máscaras são indicadas apenas para certos grupos de pessoas e não fazem parte da lista de métodos protetivos divulgada pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No lugar disso, as recomendações são:

  • Higienizar frequentemente as mãos com água e sabão ou álcool em gel
  • Evitar aglomerações
  • Manter os ambientes ventilados
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal.

Uso de máscara contra coronavírus

De acordo com a OMS, o uso de máscaras é mais eficiente se for feito pelas pessoas que apresentam os sintomas do coronavírus, como tosse e febre. Dessa forma, o equipamento evita que o vírus se espalhe pelo ambiente através das gotículas de saliva ou secreções.

“A presença do vírus está em superfícies, como objetos, roupas e também mãos”, explica a infectologista Raquel Muarrek. Então, ao utilizar a máscara, a pessoa doente resguarda a saúde dos outros, bloqueando a transmissão ativa do patógeno.

Além disso, a Organização Mundial da Saúde indica que o equipamento é de extrema importância para pessoas que estão em contato direto ou cuidando de um paciente com COVID-19. E a infectologista Raquel avisa: o uso desse recurso deve ser prioritário para os profissionais de saúde que estão trabalhando no enfrentamento à doença.

De acordo com a especialista, o uso generalizado de máscaras só é indicado quando a situação do contágio já não é mais rastreável, ou seja, o vírus pode estar presente em qualquer local ou ambiente, como acontece na China. “Esse, no entanto, não é caso do Brasil”, alerta Raquel.

Porém, o que vem acontecendo é que pessoas que não se enquadram nessa necessidade estão comprando e estocando máscaras como forma de se proteger contra o novo coronavírus. Por isso, os órgãos de saúde pedem a conscientização da população para que esse cenário seja revertido.

Portanto, é importante seguir as instruções de higiene dadas pelo Ministério da Saúde, que ainda são melhor medida preventiva contra o novo coronavírus. Assim, todos estarão devidamente protegidos e pensando no benefício de quem mais precisa.

E se eu precisar usar?

No caso das pessoas que se enquadram nos parâmetros indicados para a utilização de máscara, é preciso seguir algumas instruções para o uso correto do equipamento. Em publicação para as redes sociais, o Hospital Albert Einstein, referência no atendimento aos pacientes com COVID-19, em São Paulo, compartilhou algumas dicas de uso:

  • Antes de colocar a máscara, higienize adequadamente as mãos
  • Coloque a máscara cirúrgica sobre o nariz e a boca, tomando cuidado para não deixar espaços entre a pele e a máscara
  • Mesmo com a máscara, procure tossir ou espirrar sobre um lenço descartável
  • Mantenha as mãos higienizados e evite tocar a máscara
  • Troque a máscara quando ela estiver úmida
  • Nunca reutilize uma máscara cirúrgica
  • Sempre remova a máscara pelas cordinhas e nunca toque na parte da frente, que cobre o rosto
  • Descarte em lixo com tampa e volte a higienizar as mãos.
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