Manhã fria de domingo ( 24 ) com uma noticia em muito entristece. Mais uma vez, a depressão e falta de esperanças culminaram com um suicídio consumado na vizinha cidade de Garça ( 35 quilômetros de Marília ).

Segundo as primeiras informações, um jovem de apenas 27 anos, identificado como G.L.M, teria se suicidado através de um coquetel de medicamentos. A policia passa agora a investigar o caso. Alguns relatos de pessoas mais próximas, confirmam que, nos últimos dias, a vítima apresentava sinais de depressão. O corpo foi transladado para a cidade de Matão-SP para a realização do velório.

Você precisa saber : Comportamento suicida

O comportamento suicida inclui o suicídio consumado e a tentativa de suicídio. Pensamentos e planos suicidas são chamados ideação suicida.

  • O suicídio resulta normalmente da interação de vários fatores e geralmente está associado à depressão.
  • Alguns métodos, como o uso de armas de fogo, têm mais probabilidade de resultar em morte, mas a escolha de um método menos letal não significa necessariamente que a intenção foi menos séria.
  • Qualquer ameaça ou tentativa de suicídio deve ser levada a sério e ajuda e apoio devem ser providenciados.
  • Uma linha telefônica especial está disponível para pessoas que pensam em cometer suicídio.

O comportamento suicida inclui o seguinte:

  • Suicídio consumado: Um ato intencional de autoagressão que resulta em morte.
  • Tentativa de suicídio: Um ato de autoagressão cuja intenção é a morte, que acaba não ocorrendo. Uma tentativa de suicídio pode ou não resultar em lesão.

A automutilação não suicida é um ato de autoagressão que não tem o intuito de resultar em morte. Tais atos incluem a realização de arranhões nos braços, queimar a si mesmo com um cigarro e tomar uma dose excessiva de vitaminas. A automutilação não suicida pode ser uma maneira de reduzir a tensão ou pode ser um pedido de ajuda por parte de pessoas que ainda têm vontade de viver. Esses atos não devem ser menosprezados.

Informações sobre a taxa de suicídios são dadas, principalmente, por certidões de óbito e por investigações judiciais. A taxa real é provavelmente subestimada. Ainda assim, o comportamento suicida é um problema de saúde pública muito comum. O comportamento suicida ocorre em homens e mulheres de todas as idades, raças, crenças, níveis socioeconômicos e acadêmicos, e orientações sexuais. Não existe um perfil típico do suicida.

Suicídios consumados ao redor do mundo

Quase 800.000 pessoas morrem por suicídio por ano no mundo.

O suicídio foi a segunda principal causa de morte entre pessoas com 15 a 29 anos de idade.

Há evidência que sugere que para cada pessoa que morre por suicídio, há muitas mais que tentam cometê-lo. Essa proporção varia muito entre países, região, sexo, idade e método.

Causas

Aproximadamente uma em cada seis pessoas que cometem suicídio deixam um bilhete que, às vezes, dá pistas para as razões para essa atitude.

Os comportamentos suicidas geralmente resultam da interação de vários fatores.

O fator mais comum que contribui para o comportamento suicida é

A depressão

depressão, incluindo a depressão que faz parte do transtorno bipolar, está envolvida em mais de 50% das tentativas de suicídio e em uma porcentagem ainda maior de suicídios consumados. A depressão pode ocorrer do nada, ser desencadeada por uma perda recente ou outro evento angustiante, ou resultar de uma combinação de fatores. Problemas conjugais, prisão ou problemas com a lei recentes, uma relação amorosa infeliz ou que terminou, desentendimentos com os pais ou bullying (entre adolescentes) ou a perda recente de um ente querido (sobretudo em idosos) podem desencadear uma tentativa de suicídio por pessoas com depressão. O risco de suicídio é maior, se a pessoa com depressão também tiver ansiedade significativa.

Pessoas com determinados quadros clínicos podem se tornar depressivas e tentar ou consumar um suicídio. A maioria dos quadros clínicos associados a um aumento da taxa de suicídio afetam diretamente o sistema nervoso e o cérebro (como é o caso de AIDS, esclerose múltipla, epilepsia do lobo temporal ou traumatismos cranianos ) ou envolve tratamentos que podem causar depressão (como determinados medicamentos utilizados para tratar hipertensão arterial).

Aproximadamente 20% dos suicídios em pessoas idosas podem representar, pelo menos parcialmente, uma resposta a doenças crônicas sérias ou dolorosas.

Experiências traumáticas na infância, incluindo abuso físico e sexual, aumentam o risco de tentativas de suicídio, talvez porque a depressão é comum entre pessoas que tiveram esses tipos de experiência ruim.

O consumo de álcool pode intensificar a depressão que, por sua vez, favorece o comportamento suicida. O álcool também reduz o autocontrole. Aproximadamente 30% das pessoas que tentam cometer suicídio consomem bebidas alcoólicas antes da tentativa, e aproximadamente metade delas estão embriagadas no momento. Visto que o alcoolismo, principalmente o crônico, causa profundos sentimentos de remorso nos períodos de sobriedade, os alcoólatras são propensos ao suicídio mesmo quando estão sóbrios.

Quase todos os transtornos mentais também fazem com que a pessoa tenha risco de suicídio.

A pessoa com esquizofrenia ou outros transtornos psicóticos pode ter delírios (convicções falsas) com as quais ela simplesmente não consegue lidar, ou ela pode ouvir vozes (alucinações auditivas) que ordenam que ela se mate. Além disso, pessoas com esquizofrenia são propensas a ter depressão.

Pessoas com transtorno de personalidade limítrofe ou transtorno de personalidade antissocial, especialmente aquelas com histórico de comportamento violento, também estão sujeitas a um maior risco de suicídio. Pessoas com esses transtornos não conseguem tolerar muito bem a frustração e reagem impulsivamente ao estresse, o que às vezes dá origem à automutilação ou ao comportamento agressivo.

Viver só aumenta o risco de ter comportamento suicida. Pessoas que passaram por separações, divórcios ou viuvez têm maior probabilidade de consumar um suicídio. O suicídio é menos comum entre pessoas que mantêm um relacionamento seguro do que entre pessoas solteiras.

Antidepressivos e o risco de suicídio

O risco de tentativa de suicídio é maior no mês anterior ao início de um tratamento com antidepressivos e o risco de morte por suicídio não é maior depois do início do tratamento. Contudo, os antidepressivos aumentam discretamente a frequência de pensamentos suicidas e tentativas de suicídio (mas não de suicídios consumados) em crianças, adolescentes e pessoas jovens. Portanto, os pais de crianças e adolescentes devem ser alertados e as crianças e adolescentes devem ser cuidadosamente monitorados quanto a efeitos colaterais, como aumento de ansiedade, agitação, inquietação, irritabilidade, raiva ou uma mudança para hipomania (quando a pessoa se sente alegre e cheia de energia, mas pode ficar irritada, distraída e agitada facilmente), especialmente durante as primeiras semanas de uso do medicamento.

Devido aos alertas da saúde pública sobre a possível associação entre o uso de antidepressivos e um aumento do risco de suicídio, os médicos começaram a receitar antidepressivos para crianças e jovens com mais de 30% menos frequência. Entretanto, nesse mesmo período, as taxas de suicídio entre jovens aumentaram temporariamente em 14%. Portanto, é possível que, ao desestimular o tratamento da depressão com medicamentos, esses alertas tenham resultado em mais, e não menos, mortes por suicídio.

Quando a pessoa com depressão recebe medicamentos antidepressivos, o médico toma algumas precauções para reduzir o risco de ela ter comportamento suicida:

  • Dar uma quantidade de medicamento antidepressivo que não cause a morte
  • Agendar consultas mais frequentes no início do tratamento
  • Dar advertências claras à pessoa e aos seus familiares e entes queridos para ficarem alertas quanto à presença de piora dos sintomas ou ideação suicida
  • Orientar a pessoa e os seus familiares e entes queridos para entrarem imediatamente em contato com o médico que receitou o antidepressivo ou procurar ajuda com outra entidade, caso os sintomas piorem ou ocorram pensamentos suicidas

Métodos usados para cometer suicídio

A escolha do método normalmente é influenciada por fatores culturais e por disponibilidade. Ele pode ou não refletir a seriedade da intenção. Alguns métodos (por exemplo, saltar de um edifício alto) implicam que seja praticamente impossível sobreviver, ao passo que outros métodos (como a superdosagem de medicamentos) deixam em aberto a possibilidade de socorro. Contudo, mesmo que uma pessoa utilize um método que não seja fatal, a intenção pode ter sido tão séria quanto a de uma pessoa que utilizou um método fatal.

Mais frequentemente, as tentativas de suicídio envolvem superdosagem de medicamentos e autoenvenenamento. Métodos violentos, como disparo de armas ou enforcamento, são pouco comuns nas tentativas de suicídio, pois normalmente resultam em morte.

A maioria dos suicídios consumados envolve o uso de armas de fogo. Nos Estados Unidos, armas de fogo são usadas em aproximadamente 50% dos suicídios. Homens usam esse método com mais frequência que as mulheres. Outros métodos incluem enforcamento, envenenamento, pular de grande altura e cortar-se. Alguns métodos, como dirigir um carro para jogar-se de um despenhadeiro, pode colocar outras pessoas em perigo.

O envenenamento com pesticidas é responsável por aproximadamente 30% dos suicídios consumados ao redor do mundo.

Prevenção

Ainda que a maioria das tentativas de suicídio ou suicídios consumados sejam um choque para parentes e os amigos, muitas pessoas dão claras advertências. Qualquer ameaça ou tentativa de suicídio deve ser levada a sério. Se for ignorada, uma vida pode ser perdida.

Se uma pessoa estiver ameaçando ou já tiver tentado cometer suicídio, a polícia deve ser contatada imediatamente para que os serviços de emergência possam chegar o mais rapidamente possível. Até que a ajuda chegue, deve-se conversar com a pessoa de um modo calmo e que demonstre apoio.

O médico pode hospitalizar a pessoa que tenha ameaçado ou tentado cometer suicídio. A maioria dos estados (dos Estados Unidos) permite que um médico interne uma pessoa contra sua vontade se houver suspeita de que a pessoa está em alto risco de ferir a si mesma ou outras pessoas.

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