Essa é a última semana de vacinação contra a gripe nos postos de saúde de todo o Brasil. A campanha encerra na sexta-feira (31). A imunização é para grupos prioritários e integrante de forças de segurança e de salvamento.

A campanha  começou no dia 10 de abril e o último balanço do Ministério da Saúde mostra que até o dia 21 de maio 63% do público-alvo havia se vacinado. Em Marília cerca de 72% da meta já havia sido atingida até a semana que passou e a expectativa é atingir o limite até a próxima sexta feira ( 31 ).

Devem receber a dose crianças com idade entre 6 meses e menores de 6 anos; grávidas em qualquer período gestacional; puérperas (até 45 dias após o parto); trabalhadores da saúde; povos indígenas; idosos; professores de escolas públicas e privadas; pessoas com comorbidades e outras condições clínicas especiais; adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas; funcionários do sistema prisional e pessoas privadas de liberdade.

Profissionais das forças de segurança e salvamento também passaram a fazer parte do público-alvo da campanha neste ano. Por meio de nota, o ministério informou que o grupo inclui policiais civis, militares, bombeiros e membros ativos das Forças Armadas, totalizando cerca de 900 mil pessoas.

A vacina

O Ministério da Saúde informou, em nota, que, em relação ao ano passado, houve alteração de duas cepas na vacina. Em função da mudança na composição, a pasta considera “imprescindível” que os grupos selecionados recebam a nova dose este ano ainda que já tenham sido imunizados anteriormente.

Gripe H1N1

 ​​O subtipo do ​​vírus influenza A H1N1 é resultado da combinação de segmentos genéticos do vírus da gripe aviária, do vírus da gripe suína e do vírus humano da gripe. Sua forma de transmissão se dá de uma pessoa para outra pelo contato com secreções respiratórias, partículas de saliva, tosse ou espirro. E, de acordo com o OMS, também é possível a transmissão pelo contato com superfícies contaminadas.​​ 

Sintomas

Os sintomas são semelhantes aos da gripe comum, e se apresentam como febre repentina (acima de 38°C), dor de garganta, associado a dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações, coriza e falta de apetite. Sintomas respiratórios como tosse e piora da asma para asmáticos também são comuns. Algumas pessoas também podem apresentar diarreia e vômitos. É recomendado que os pacientes que apresentarem sintomas que envolvam secreções nasais, tosse ou espirro recebam máscara cirúrgica com o intuito de evitar a transmissão do vírus. Os adultos podem transmitir a doença no período de sete dias após o aparecimento dos sintomas. Nas crianças, este período vai de dois dias antes até 14 dias após aparecerem os sintomas.

Diagnóstico e tratamento

Para confirmar o diagnóstico de H1N1, é necessário realizar teste laboratorial específico. Já o tratamento é feito com uso de medicamento fosfato de Oseltamivir (Tamiflu) nas primeiras 48 horas após aparecerem os sintomas, com duração de cinco dias. Não há contra indicação de medicamentos para este tipo de gripe.
EpidemiaApós o surto de “gripe suína” em 2009 muitas pessoas foram atingidas e ficaram totalmente ou parcialmente imunes. Atualmente temos um novo grupo de pessoas, que não foram expostas ao vírus, ou que já apresentam uma queda de imunidade. Esse atual grupo corre risco de gerar uma nova epidemia caso não tenha prevenções ou tratamento adequado. 

Prevenção

A melhor forma de prevenir é recebendo a vacina contra a gripe H1N1. Porém, cuidados de higiene também são importantes, como:• Lave bem as mãos com água e sabão e utiliza álcool gel com frequência• Evite colocar as mãos nos olhos, boca e nariz após contato com superfícies• Não compartilhe objetos de uso pessoal• Cubra a boca e o nariz com lenço descartável ao tossir ou espirrar• Evite locais fechados e com muitas pessoas presentes• Evite beber água em bebedouros públicos. Utilize copo ou garrafa plástica de uso pessoal

Perguntas e respostas sobre vacina contra a gripe H1N1

​1. É necessário agendar para tomar a vacina?Não, basta dirigir-se a uma das unidades do Centro de Imunizações. O estoque das unidades é conforme disponibilidade da vacina.
2. Qual a diferença entre a vacina trivalente e a vacina tetravalente?A vacina trivalente compreende duas cepas do vírus Influenza A e uma cepa do vírus Influenza B. A tetravalente contempla duas cepas de Influenza A e duas de Influenza B. A cepa para H1N1 está presente nas duas vacinas.
3. Para quem já tomou a vacina H1N1 e deseja tomar a da gripe comum, pode tomar a trivalente?Sim, não há contraindicação.
4. Existe alguma contraindicação para quem está tomando outro medicamento?Os pacientes que tomam medicação que altere a imunidade (como corticoides ou imunossupressores) podem não ter uma boa resposta com a vacina, mas não estão contraindicados para recebê-la.
5. Crianças devem tomar a vacina em uma ou duas doses?Todas as crianças abaixo de nove anos de idade, que estejam tomando a vacina para Influenza A H1N1 pela primeira vez, devem receber duas doses com um mês de intervalo.
​6. A vacina pode ser aplicada independentemente da idade?A vacina pode ser aplicada em crianças acima de 6 meses de idade. A vacina quadrivalente é indicada para maiores de 3 anos. 

7. Se a pessoa estiver gripada, ela poderá tomar a vacina?Se a pessoa estiver sem febre, pode tomar a vacina. 

8. Quem não pode tomar a vacina contra a Gripe A (H1N1)?Pessoas com doença febril aguda, pessoas com doença neurológica em atividade, ou aquelas com antecedentes de alergia grave a componentes do ovo, ao timerosal (Merthiolate®) e à neomicina. Nos casos de doença febril aguda, passada esta fase, a vacina poderá ser administrada normalmente. 

9. Quem está grávida pode tomar a vacina contra a Gripe A (H1N1)?Sim. Conforme orientação do Ministério da Saúde, publicada em nota técnica de Nº 05/2010, que descreve a estratégia de vacinação contra o vírus Influenza A (H1N1), as gestantes, por constituírem um grupo de alto risco para complicações graves, devem ser vacinadas, independente da sua idade gestacional. Recomenda-se aconselhamento prévio com o seu obstetra. 

10. E quem amamenta pode tomar a vacina contra a Gripe A (H1N1)?Quem amamenta pode tomar a vacina. Não existem contraindicações formais para a administração da vacina em mulheres que se encontrem amamentando. 

11. Existe alguma precaução para se tomar a vacina?A principal contraindicação é alergia grave a ovo. 

12. Existe algum efeito colateral?Os efeitos colaterais mais comuns são: dor local, febre baixa e mal-estar nas primeiras 48 horas após a aplicação. 

13. Existe a vacina da gripe comum separada da H1N1 conjugada?A vacina das clínicas particulares é trivalente, ou seja, tem a da influenza H1N1 associada a duas para influenza sazonais (H3N2 e B).

 14. É necessário deixar o nome em uma lista de espera para se obter a vacina?Não. As vacinas serão disponibilizadas conforme o estoque. 

15. Qualquer pessoa pode tomar a vacina H1N1?Sim, desde que tenha mais de seis meses de idade e não haja contraindicação. 

16. Qual é a origem dessa vacina?A vacina que o Hospital Israelita Albert Einstein disponibiliza aos pacientes é de origem francesa, do laboratório SanofiPasteur e também temos de origem alemã do laboratório GSK.
17. Quais os componentes da vacina quadrivalente?Os componentes da vacina quadrivalente são: 2 cepas da Influenza A (H1N1 E H3N2) e 2 cepas de Influenza B. 

18. O vírus da vacina está morto? Ela pode provocar a Gripe A (H1N1)?A vacina é produzida por vírus inativados (vírus mortos e fracionados). Não existe, portanto, o risco de se adquirir gripe por meio da vacina. 

19. A vacina contra a Gripe A (H1N1) tem efeito imediato?A proteção começa a existir aproximadamente após duas semanas (15 dias) da administração, prolongando-se por cerca de um ano. 

20. O hospital pode avisar aos clientes quando a vacina estiver disponível?Infelizmente, por limitações operacionais, não há como viabilizarmos esta ação. Porém, para Unidade Morumbi, temos uma lista online​ que informa sobre a disponibilidade das vacinas no local.  

21. Por quanto tempo a pessoa que tomar a vacina estará imune?Em média, por um ano. 

22. Haverá reserva para clientes do hospital que apresentam doença crônica?Infelizmente não há como viabilizarmos esta ação.

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