O mês de fevereiro não poderia se iniciar com uma perspectiva tão negativa como a atual, no que diz respeito aos números da pandemia em nossa cidade. Infelizmente o JORNAL DO ÔNIBUS DE MARILIA é interpretado pela administração municipal e seus pupilos como um veículo de comunicação de oposição ou algo pior que isto, mas, a verdade é que, este foi um dos únicos veículos de comunicação a não fazer o famoso baba ovo e mostrar a realidade dos fatos com as prováveis consequências em função da maneira como foi realizado o enfrentamento ao coronavírus e suas variantes em nossa cidade.

Paga-se um ALTO PREÇO PARA FALAR A VERDADE em Marília, mas, este é o propósito de nosso jornalismo que busca, ser muito mais do que um simples portal de noticias, mas, um instrumento de comunicação que possa ser útil para a sociedade e a população como um todo, procurando sempre focar críticas construtivas, independente de quem esteja no cargo. O importante para nós é o bem estar do cidadão, basta checar a sugestão apresentada em 2018 sobre o PROJETO FRENTE SEGURA ( BOLSÃO DE MOTOS ). O bem comum está acima de bandeiras politicas e partidárias.

Voltando ao foco desta principal, foram diversas matérias publicadas e videos gravados alertando para o risco eminente da COVID-19 e sua proliferação, desde o inicio. Apesar da vacina, não adianta tapar o sol com a peneira, a situação ainda é crítica e o fechamento de leitos de UTI, o fim das fiscalizações e a implantação de outras medidas, indicavam para este triste cenário onde Marília volta a se destacar no enfrentamento a pandemia de uma forma lastimável. Quantas vidas ainda serão ceifadas perante a inércia da chamada gestão expertise ???

Após registrar o 2º pior mês de casos de Covid durante toda a pandemia, fevereiro poderá novamente enlutar a cidade.

As estatísticas e os números não mentem, no dia em que o Brasil registrou 929 mortes provocadas pela Covid-19 e a média de óbitos diários foi a 603, em Marília o cenário não poderia ser diferente, ultrapassando a barreira histórica de 1000 mortes registradas. Desde 6 setembro do ano passado, a média de mortes a nível nacional– então em 605 – não ultrapassava 600 vítimas. O número é 184% maior que o verificado há 14 dias.

Em tese fica comprovado que a vacina JAMAIS poderia ter sido a única medida de segurança adotada por uma administração para se combater a proliferação do vírus que continua matando pessoas, sejam idosos ou jovens. O preventivo, como em qualquer doença, estado endêmico ou pandêmico, sempre será o melhor remédio. Só folders em redes sociais e propaganda a preços caríssimos em canais abertos de TV também não funcionam. A prova está aí.

Janeiro foi o 2º pior mês em casos de Covid na cidade de Marília

Segundo levantamento feito com base nos dados oficiais dos boletins epidemiológicos divulgados pela Prefeitura, o mês que se encerrou na última segunda feira, registrou 5.288 novas vítimas de Covid na cidade e para se ter uma ideia da gravidade, o período só ficou atrás do mês de junho de 2021, em que o Município contabilizou 5.601 novos casos.

Este número coincide com a realidade encontrada nas portas das unidades de saúde do município. Literalmente estamos vivendo um novo caos, basta comprovar na taxa de ocupação hospitalar que voltou a subir e a quantidade de pessoas aguardando resultados. O quadro é assustador e projeta automaticamente um fevereiro tenebroso e preocupante.

A cidade de Marília chegou até ontem, terça feira (1º) ao triste número de 1003 vidas ceifadas. Para não dizerem que estamos politizando, nem vamos efetuar um comparativo com outras cidade com mais de 100 mil habitantes, mas, chama a atenção os mais de 43.288 casos para uma população de 240 mil habitantes, ou seja pouco mais de 18% da população já foi contaminada. Na manhã desta quarta feira (2), mais 3 óbitos foram registrados, aumentando então para 1006 vidas ceifadas pelo vírus.

Os leitos de UTI precisam urgentemente serem reabertos e outras medidas necessitam ser retomadas, sem com isso alterar a rotina do comércio que nada tem a ver com a situação. Ainda segundo os dados oficiais, existem 732 casos em transmissão livre, em outras palavras, se levarmos em consideração os estudos realizados sobre possibilidades de transmissão, tudo indica para a formação de novas filas a espera de leitos na UPA NORTE e no PA SUL. Os leitos disponibilizados até o momento, já são insuficientes.

Em média, os pesquisadores apontam que uma única pessoa doente pode passar o vírus Sars-CoV-2 para outras seis pessoas. Contudo, este número pode aumentar de acordo com as condições epidemiológicas. Em um modelo matemático usando estatísticas de outros vírus semelhantes, os cientistas descobriram que uma única pessoa pode infectar mais de 100 pessoas.

É óbvio que não estamos aqui responsabilizando integralmente a administração municipal, pois, como sempre frisamos, o povo também tem a sua parcela de colaboração, mas, no entanto reiteramos que afrouxaram antes da hora e deixaram de fazer a lição de casa com os milhões enviados para a cidade. Medidas alternativas como em outros municípios, continuação das blitz de fiscalização, sanitização de locais públicos, barreiras sanitárias e o efetivo controle sobre o transporte coletivo são exemplos claros e necessários para uma reflexão, antes que o pior que aconteça.

Viagens de férias e reuniões de fim de ano, eventos totalmente liberados também favoreceram sem dúvida nenhuma a disseminação da variante Ômicron, que comprovadamente é mais transmissível que as demais em uma velocidade jamais vista pelos cientistas. Esta na hora de do gestor expertise chamar para si a responsabilidade convocando novamente o comitê gestor de combate a pandemia, independente de governador e pensar nas vidas que poderão ser salvas. A CIDADE E SEUS MUNICÍPES AGRADECEM.

DIRETO DA REDAÇÃO

error: Conteúdo protegido por direitos autorais.