A Petrobras confirmou o que vinha alardeando o presidente Jair Bolsonaro e reduziu os preços da gasolina nas refinarias em 3,13%, de R$ 3,19 para R$ 3,09 o litro. Os novos valores passam a valer a partir desta quarta-feira (15/12). A Petrobras justificou a diminuição dos preços da gasolina à queda do petróleo no mercado internacional.

Há pouco mais de uma semana, Bolsonaro disse a apoiadores que a estatal reduziria o valor do combustível. Um dia depois, a empresa negou, por meio de nota, que anunciaria queda nos preços da gasolina.

A confusão foi tamanha, que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão que regula e fiscaliza o mercado de capitais, abriu investigação contra a Petrobras, cujas ações são negociadas em Bolsa de Valores.

A CVM suspeita que pessoas do entorno do presidente, que teriam acesso a informações privilegiadas da Petrobras, estariam ganhando dinheiro ao operar com ações da empresa. Não foi a primeira vez que a CVM decidiu investigar tal suspeita.

Pressões presidenciais

Bolsonaro tem pressionado muito a estatal para que reduza os preços dos combustíveis como forma de derrubar a inflação. O alto custo de vida é hoje o principal responsável pelo derretimento da popularidade do presidente, que tentará a reeleição em 2022.

Os consumidores não escondem o descontentamento com o alto valor dos combustíveis nas bombas. “Está inviável”, diz Carlos Santos, 42 anos, motorista de transporte por aplicativos. Na média, os preços da gasolina nos postos do Distrito Federal estão em R$ 6,999.

Especialistas dizem que a redução nos preços da gasolina pela Petrobras é um movimento temporário, pois a tendência é de nova alta para as cotações do barril de petróleo no mercado externo. Além disso, o dólar, outro fator usado como referência pela estatal na sua política de preços, continua roçando os R$ 5,70.

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