Tudo poderia ter tomado outro rumo, se a prepotência da presidência da casa a mando do gestor municipal não prevalecesse. O resultado registrado em fotos viralizou nas redes sociais e pior que isso, os diversos vídeos gravados de pontos diferentes estão sendo pulverizados pelos quatro cantos do mundo graças a internet. Nada escapa e com isso, Marília volta novamente as manchetes de forma negativa com uso da truculência política típica de cidades com administrações coronealistas onde uma espécie de ditadura velada acontece por trás das cortinas.

Do latim repressĭo, a repressão é a ação e o efeito de reprimir (conter, deter, travar, coibir ou castigar). O termo costuma ser usado para fazer referência às ações levadas a cabo a partir do poder para limitar certas ações políticas ou sociais.

Exemplos: “Violenta repressão policial em pleno protesto de desempregados”, “Tendo em conta o espairecimento social, a repressão torna-se necessária”. A repressão pode ser legal (quando se enquadra dentro da constituição) ou ilegal (as forças estatais ou paraestatais agem sem respeitar a lei e cometem delitos na sua forma de agir). Regra geral, a repressão implica uma certa dose de violência.

O objetivo da repressão é impedir que um grupo de pessoas restrinja os direitos de outros sujeitos ou incorram em práticas ilegais. Quando a repressão excede os limites legais, são os próprios repressores que acabam na ilegalidade e anulam direitos legítimos como a liberdade de expressão ou de manifestação.

Existe uma força que ilustra o uso da repressão. As autoridades não só pretendem impedir que aqueles a quem reprimem violem a lei, mas também conseguir que a restante sociedade se auto-reprima e não imite os comportamentos reprimidos.

Já no caso da política, a repressão trata-se de uma ação pública que, na maioria das vezes, é realizada pelo Estado a fim de conter manifestantes que estejam em oposição ao governo atual ou ao regime estabelecido. Esse tipo de repressão costuma existir em regimes políticos onde se use a força, tais como no absolutismo, no autoritarismo, nas ditaduras e no totalitarismo.

Toda essa introdução e explicação se faz necessário para levar a luz do discernimento tudo o que ocorreu na última e histórica sessão camarária do dia 3 de de novembro ( quarta-feira do pós feriado prolongado), que mescla períodos de opressão com momentos degradantes de repressão que relembram ditaduras de países não tão desconhecidos.

Queremos com o exposto, esclarecer que mesmo diante das imagens de vídeo, não estamos aqui responsabilizando a policia militar por agressões ou uso de violência extrema, mas, apenas deixar claro que, tudo ocorreu por conivência e irresponsabilidade do presidente da casa, vereador Marcos Rezende com as conivências dos nobres “nove” legisladores do famoso “amém patrão” em consonância com o poder executivo obcecado pela aprovação do projeto.

Fato é que, esta sessão camarária será lembrada ao longo dos anos e da carreira de todos os servidores públicos municipais de Marília. Para aqueles que inclusive ajudaram a eleger o prefeito Daniel Alonso em 2016, a condução do processo de elaboração da reforma da previdência sem dialogar com a categoria, foi um claro sinal de traição.

Como citamos em uma reportagem anterior, ganhou o poderoso sistema e perderam mais uma vez a classe que cumpriu o seu papel, mas, que infelizmente irá pagar a conta da irresponsabilidade dos administradores, que por sinal, não fizeram a lição de casa e praticamente destruíram o Instituto de Previdência dos Servidores Públicos Municipais de Marília. Infelizmente é assim em cidades onde gestores se embebedam no poder da caneta.

Tudo não passa de uma farsa, e estamos batendo nesta tecla desde o momento em que dificultaram ainda mais a realização da tribuna livre. A casa do povo, realmente é apenas um rótulo utilizado em campanhas eleitorais. Os oprimidos, neste caso, os servidores públicos municipais, são impedidos de se manifestar e pior que isso é a arrogância e a prepotência que impede sequer a realização de uma etapa de diálogo.

Mais uma vez, ficou evidenciado um desgoverno, que acima de tudo é impopular e o mais grave, anti democrático e insensível as causas da classe trabalhadora. E se preparem, pois, segundo rumores, vem por aí a terceirização de setores importantes da estrutura municipal. Pasmem, mas será o desmonte total com a conivência dos mesmos sete vereadores e duas vereadoras.

Com isto, como citamos anteriormente, se por aqui na terrinha conhecida como terra dos dinossauros, porém, sem nenhum parque temático as fotos explodiram nos grupos em redes sociais, lá fora não foi diferente e, países como Espanha, Portugal, Japão e no Reino Unido receberam remessas expressivas do episódio lamentável. O destaque é para o vídeo que encabeça esta matéria, onde uma servidora grita desesperada por “socorro”, e sem sensibilizar nenhum dos edis que compõe a tropa do choque da administração municipal. VERGONHOSO E DECEPCIONANTE.

Sindicato elege os traidores dos servidores e pupilos do poder que sacramentaram a derrota da categoria e convoca greve para o dia 12 de novembro.

É inacreditável, mas, boa parte dos nobres edis foram eleitos com votos de servidores municipais e, que no mínimo deveriam lutar pela possibilidade de um diálogo nas negociações para a formatação do texto final do projeto. Porém, a realidade foi outra e, o que se viu, foi uma postura omissa aos interesses daqueles que se dedicam diariamente para manter a estrutura de atendimento a população mariliense dos mais diversos setores.

Como de praxe, os vereadores Agente Federal Junior Féfin, Danilo da Saúde, Eduardo Nascimento e, de forma surpreendente Ivan Negão, foram solidários aos servidores se posicionando contrários à aprovação do texto como foi apresentado.

Discursos inflamados, emendas, tentativa de um pedido de vista por cinco dias e outros artifícios foram tentados, mas, nada disto sensibilizou a tropa de choque composta pelo presidente da Câmara, vereador Marcos Rezende e os demais 6 vereadores e 2 vereadoras. O texto foi aprovado na íntegra como foi enviado pelo gabinete do Prefeito Daniel Alonso.

O projeto da maneira como foi apresentado no conhecido “GUELA ABAIXO” AUMENTA O TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO E AO MESMO TEMPO O PERCENTUAL A SER PAGO PELO SERVIDOR SEM ESCALONAMENTO, sacrificando muitas áreas como professores e coletores de lixo. Porém, a posição da administração DANIEL ALONSO foi irreversível. A equipe econômica entendeu que a única maneira de conseguir reequilibrar as contas do IPREMM era da forma como foi proposto originalmente, ou seja; sem alterações e PONTO FINAL.

E para complementar, é importante lembrar que a recém eleita nova diretoria do Sindimmar (Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Públicos Municipais de Marília) se reuniu na sede do Ipremm (Instituto de Previdência do Município de Marília ) para deliberar uma pauta de negociações sobre a votação.

O documento estaria propondo a retirada do projeto de reforma da Previdência da pauta da Câmara Municipal e a adoção de alíquotas progressivas, conforme a faixa salarial dos servidores, de uma forma justa e inteligente com índices que variam de 16% a 10%, conforme a faixa salarial. “Acima de R$ 9 mil, 16%; de 12 mil, 18% e para quem ganha mais de R$ 15 mil, 19%. A Prefeitura de Marília ficaria responsável pelo recolhimento de 28%. Infelizmente não foram nem ouvidos…

Em função da decisão desfavorável, o sindicato resolveu em assembleia entrar com uma ação na justiça para anular a sessão, por graves arbitrariedades cometidas afrontando inclusive o regimento interno da casa, Posterior a isto, deliberaram por uma greve no dia 12 de novembro, próxima sexta feira. Confira a nota enviada pelo Sindimmar para todos os veículos de comunicação;

Sindimmar convoca Assembleia Geral Extraordinária
Servidores municipais estão sendo convocados para uma Assembleia Geral Extraordinária a ser realizada na próxima terça-feira, 9 de novembro, via Google Meet. Na pauta do encontro estão Avaliação: Mobilização, Negociação e Votação da Reforma; Paralisação dia 12/11 e estado de Greve Geral. Edital deve ser publicado nos jornais no fim de semana. Convocação prevê início da assembleia às 18h, com quórum mínimo de 50% dos trabalhadores. Não havendo quórum, haverá segunda chamada às 18h30, sem exigência de presença mínima. Decisão de fazer a assembleia foi tomada após a aprovação da Reforma da Previdência, também chamada de “Reforma da Morte” pelos trabalhadores, na última quarta-feira (3/11).

Resta agora, aguardar as cenas dos próximos capítulos e torcer para dias melhores cheguem logo, ventos favoráveis passem a ventar a favor da população e dos servidores, pois, se depender da câmara municipal, o placar sempre será em desfavor com o já conhecido e manchado 9 a 4, sem direito a emendas.

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