Um verdadeiro vexame para o futebol brasileiro. Mais uma vez, um time sem garra, sem técnica e visivelmente jogando sem vontade com uma nova etapa de erros cometidos pelo treinador Abel Ferreira. O Palmeiras viveu nova decepção para os seus torcedores no Mundial de Clubes nesta quinta-feira.
Depois de ser derrotado nas semifinais pelo Tigres, do México, o time brasileiro empatou por 0 a 0 no tempo normal e perdeu nos pênaltis por 3 a 2 para o Al Ahly, do Egito, na disputa do terceiro lugar em Doha – com isso, virou o primeiro brasileiro (e também sul-americano) a terminar o torneio da Fifa em quarto.
A situação é humilhante e saiu pior do que o maior pessimista palmeirense imaginava, o Palmeiras já é a pior campanha da história de brasileiros e também sul-americanos em Mundiais de Clubes. De quebra, o Verdão deixa o Catar sem ter feito um gol sequer com a bola rolando. Sem gol, sem vitória e sem mundial. Sem duvida esse grupo é para ser lembrado por muitos anos e será motivo de piada, mesmo que venha a ganhar a copa do Brasil, o que sem dúvida nenhuma, será muito difícil, caso continue com esse futebol.
Segundo dados da Footstats, o Verdão ficou com a bola em 59% do tempo, onde trocou 403 passes, sendo 44 deles errados. Do outro lado, o adversário, Al Ahly, teve a continuidade do ataque interrompida 34 vezes. Outro ponto que prejudicou bastante o Palmeiras foi a baixa quantidade de chutes acertados. Nos 11 arremates a gol, apenas três foram na direção do gol.
O Jogo – Em uma saída de bola equivocada do Palmeiras, o Al Ahly criou a primeira oportunidade de gol. Pressionado, Felipe Melo tocou errado e acabou desarmado por Bwalya. Na sobra, El Soleya passou pelo volante e chutou cruzado diante de Weverton.
Após algumas falhas de passe, o Palmeiras melhorou a partir dos 30 minutos do segundo tempo e também conseguiu assustar o goleiro El Shenawy. Após cobrança de escanteio de Raphael Veiga pela esquerda, houve desvio na primeira trave e a bola sobrou para chute perigoso de Rony.
Após receber passe de Fathi pela esquerda, Afsha perdeu boa chance diante de Weverton. Pouco depois, na melhor oportunidade do Palmeiras, Matias Viña recebeu de Patrick de Paula pela esquerda e cruzou para cabeçada de Rony. Com a ponta dos dedos, El Shenawy conseguiu defender.
O Palmeiras voltou atento para a etapa complementar e, logo no começo, fez duas boas jogadas pela direita. Na primeira, após passe de Willian, Rony bateu firme, mas a bola foi interceptada. Na segunda, Mayke limpou a marcação e cruzou para Patrick de Paula, que não conseguiu cabecear direito.
O Al Ahly equilibrou as ações e respondeu em jogada iniciada pelo lado direito. Hany cruzou e El Soleya completou com um belo voleio. Weverton fez grande defesa e Ajayi completou para o gol no rebote, mas a arbitragem marcou impedimento corretamente.
Em uma partida com poucas chances de gol, Patrick de Paula recebeu de Gustavo Gomez pela esquerda, protegeu a bola do marcador e, de dentro da área, bateu com perigo. Abel Ferreira trocou Patrick de Paula, Raphael Veiga e Willian por Danilo, Gabriel Menino e Gustavo Scarpa, mas o placar permaneceu inalterado.
Nos pênaltis, Gustavo Scarpa e Gustavo Gomez converteram para o Palmeiras. Rony e Felipe Melo foram parados por El Shenawy e Luiz Adriano bateu para fora. Benoun, Hany e Ajayi acertaram pelo Al Ahly. El Soleya foi parado por Weverton e Mohsen acertou a trave. Assim, o time egípcio ganhou por 3 a 2.
FICHA TÉCNICA:
PALMEIRAS 0 (2) x 0 (3) AL AHLY
Local: Estádio da Cidade da Edução, Doha, Catar
Data: 11 de fevereiro de 2021, quinta-feira
Hora: 12h (de Brasília)
Árbitro: Maguette Ndiaye (Senegal)
Assistentes: Djibril Camara e El Hadji Samba (Senegal)
VAR: Drew Fischer (Canadá)
Cartões amarelos: Weverton, Willian e Patrick de Paula (PAL)
PALMEIRAS: Weverton; Mayke, Luan, Gustavo Gomez e Matias Viña; Felipe Melo, Patrick de Paula (Danilo) e Raphael Veiga (Gabriel Menino); Willian (Gustavo Scarpa), Rony e Luiz Adriano
Técnico: Abel Ferreira
Al Ahly: El Shenawy; Hany, Banoun, Ayman e Ibrahim; Fathi, El Soleya e Afsha (Sherif); Akram (Dieng), Bwalya (Ajayi) e Taher (Mohsen)
Técnico: Mosimane
