Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

O material escolar deve ficar, em média, 8% mais caro nesta volta às aulas. Segundo a Abfiae (Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares), o aumento é explicado pela elevação de custos de matérias-primas importantes para o setor, como o plástico, papel e tintas, e pela correção de salários ocorrida ao longo de 2019 para algumas categorias profissionais.

O reajuste é quase duas vezes a inflação oficial, que ficou em 4,31%, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

“Acreditamos que os maiores reajustes devem ocorrer em itens importados, pois houve muita flutuação do dólar ao longo do ano de 2019. Entre eles estão mochilas, estojos e artigos de escrita”, afirma Ricardo Carrijo, responsável pelas relações institucionais da Abfiae.

Carrijo recomenda que os pais pesquisem preços em vários pontos de venda antes de comprar o material escolar. Segundo ele, há itens que apresentam fortes oscilações devido a fatores como estoques antigos e liquidações.

O executivo lembra ainda que os itens devem ser certificados pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia).

Além da pesquisa de preços, o coordenador do MBA em Gestão Financeira da FGV (Fundação Getulio Vargas), Ricardo Teixeira, aconselha o consumidor a juntar todo o material escolar do ano anterior e verificar o que pode ser reutilizado.

Outra dica é fazer a compra em conjunto com outros pais para conseguir preços menores. “Vale sugerir que a escola crie uma biblioteca para que os familiares consigam fazer trocas de livros”, afirma Teixeira.

O ideal ainda é comprar à vista e pedir desconto. “Se o consumidor tiver que pagar a prazo, deve observar se as parcelas caberão no orçamento mensal para evitar cair no cheque especial ou no rotativo do cartão de crédito”, diz.

OITO DICAS PARA ECONOMIZAR NA COMPRA DE MATERIAL ESCOLAR

  1. Analise itens do ano passado e selecione tudo o que ainda pode ser usado, como tesoura, régua e mochila, por exemplo
  2. Procure pais de alunos mais velhos para emprestar ou comprar livros por um preço mais acessível
  3. Pesquise em sebos e na internet materiais e livros usados em bom estado
  4. Reúna pais para comprar itens em atacado, como caixas de lápis, cadernos e agendas
  5. Faça muitas pesquisas e trace um orçamento para ter noção do gasto total
  6. Não é preciso necessariamente comprar todos os itens na mesma loja, mas, se for fazer, é válido pedir descontos
  7. No dia das compras, converse com os filhos sobre o orçamento, para que não corram o risco de se deixar levar pelo impulso e gastar mais do que o planejado
  8. O ideal é sempre fazer os pagamentos à vista, mas se não for possível, opte por poucas parcelas para não comprometer as finanças do ano por vários meses

DIREITOS DO CONSUMIDOR: O QUE A ESCOLA NÃO PODE EXIGIR!

• Produtos de uso coletivo, como os de higiene e limpeza
• Marcas ou locais de compra específicos para o material, tampouco que os produtos sejam adquiridos na escola, exceto para artigos que não são vendidos0 no comércio, como é o caso de apostilas pedagógicas próprias do colégio
• Que o aluno não reutilize um livro usado se o seu conteúdo estiver atualizado

Fonte: Especialistas e Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor)

COM INFORMAÇÕES DA AGÊNCIA BRASIL

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