O autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, desembarcou nesta segunda-feira (4) no Aeroporto de Caracas, após um giro de 10 dias pela América Latina.

O líder da oposição foi recebido por uma multidão de apoiadores na capital venezuelana, que recebe um novo dia de protestos contra o regime de Nicolás Maduro. “Sabemos dos riscos que enfrentamos, e isso nunca nos deteve, estamos mais fortes do que nunca, seguimos nas ruas, seguimos mobilizados”, disse Guaidó.

Havia a expectativa de que o presidente da Assembleia Nacional pudesse ser preso ao voltar à Venezuela, já que o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), fiel a Maduro, emitira uma ordem o proibindo de deixar o país.

Guaidó saíra da Venezuela clandestinamente no último dia 23 de fevereiro, para participar da tentativa de entrega de ajuda humanitária em Cúcuta, na Colômbia. Ele também passou por Brasil, Paraguai, Argentina e Equador.

“Se o regime tentar me sequestrar, será um de seus últimos e mais custosos erros”, disse Guaidó em uma transmissão nas redes sociais, ainda no Equador. O líder de oposição se autoproclamou presidente há pouco mais de um mês e tenta manter acesa a mobilização contra Maduro, que até aqui resiste às pressões internacionais para abdicar do poder.

Embargo

O governo de Donald Trump prepara um recrudescimento do embargo econômico a Cuba para aumentar a pressão sobre o regime de Maduro, que, segundo os Estados Unidos, é sustentado por Havana.

Segundo a imprensa americana, a Casa Branca estuda colocar em vigor uma seção da Lei Helms-Burton, de 1996, para punir companhias estrangeiras que façam negócios em Cuba ou usem bens confiscados pela Revolução de 1959.

Todos os presidentes desde Bill Clinton suspenderam esse trecho da lei, que poderia criar conflitos comerciais com empresas de países aliados dos Estados Unidos.

Entre os principais investidores internacionais em Cuba estão a britânica Imperial Brands, associada ao governo na produção de charutos, as companhias hoteleiras espanholas Iberostar e Meliá e a francesa Pernod Ricard, que fabrica o rum Havana Club com uma destilaria estatal.

Trump, no entanto, estaria disposto a limitar a possibilidade de ações legais, isentando algumas empresas que atuam na ilha.

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