Domingo (17) é o DIA DELES, os esquecidos, menos favorecidos pela sorte da vida e lembrados somente em ano eleitoral. É O DIA MUNDIAL DOS POBRES. Instituída em 2016 pelo Papa Francisco, a iniciativa tem por objetivo promover uma reflexão sobre a cultura do desperdício e suscitar ações concretas de solidariedade aos mais pobres, como sinal de fraternidade.
Celebrado anualmente pela Igreja no 33º Domingo do Tempo Comum, o Dia Mundial dos Pobres foi instituído pelo Papa Francisco em 2016, por ocasião da conclusão do Jubileu Extraordinário da Misericórdia. A iniciativa tem por objetivo promover uma reflexão sobre a cultura do desperdício e suscitar ações concretas de solidariedade aos mais pobres, como sinal de fraternidade.
No Brasil, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) adotou a Jornada Mundial dos Pobres (JMP), e não apenas o Dia Mundial dos Pobres, visando promover não apenas uma celebração pontual, mas sim um período de preparação que fomente nas comunidades ações concretas em prol das pessoas em situação de pobreza.
A oitava edição da Jornada teve início no último dia 10 e culminará com o Dia Mundial dos Pobres, a ser celebrado no próximo domingo (17). Tem como tema “Ouve o meu clamor” e o lema “A oração do pobre eleva-se até Deus” (cf. Sir 21, 5), em sintonia com o ano dedicado à oração, em preparação para o Jubileu Ordinário de 2025.
Em sua mensagem para o VIII Dia Mundial dos Pobres, o Papa Francisco destacou: “Neste ano dedicado à oração, precisamos fazer nossa a oração dos pobres e rezar com eles. É um desafio que temos de aceitar e uma ação pastoral que precisa ser alimentada. Com efeito, a pior discriminação que sofrem os pobres é a falta de cuidado espiritual.”
Porém, temos que ir mais além do que orar. Se faz necessário ações efetivas de combate a pobreza não só espirital, mas material. A cidade de Marília é um exemplo de cidade que faz o enfrentamento APENAS com distribuição de cestas básicas. CESTA BÁSICA NÃO É PROJETO.
O que falta a classe política da capital nacional dos radares é sensibilidade e espírito de cidadania. Quando sentam na cadeira do poder, acabam se esquecendo da principal missão que é servir o povo. Pobre não vive só de cesta básica. Ele necessita de uma projeção de vida, como, por exemplo:
- Moradia digna
- Acesso a uma saúde de qualidade e não como está hoje
- Transporte coletivo descente e com tarifa acessível
- qualificação profissional
- uma ampla política de inclusão social
- projetos de inserção no mercado de trabalho
- investimentos em empreendedorismo e economia criativa
- PPP para desenvolvimento de projetos diversos, incluindo reurbanização de favelas, casebres e biombos.
A pobreza é um estado de miséria que causa sofrimentos por insuficiência de alimentação, que por sua vez gera problemas de saúde e, esses dois fatores influem no aprendizado e consequentemente na profissionalização, que possa levar a pessoa a uma remuneração melhor e sair do estado de miséria.
Há muitas décadas se discute o círculo vicioso da pobreza e as estratégias para romper esse círculo e partir para um desenvolvimento sustentado tem sido modestas. O círculo, para lembrar, consiste do seguinte: O país (ou região) é pobre porque falta capital; falta capital porque há baixa capacidade de poupança (de acumulação de riqueza); há baixa capacidade de poupança porque há baixa renda; há baixa renda porque há baixa produtividade e há baixa produtividade porque há falta de capital.
Muitos morrem de velho e não chegam a desfrutar dos benefícios com os quais sonharam, quando em sua juventude lhes era solicitado sacrifício. Sempre em nome do país do futuro, sua esperança terminou como sua própria sombra que não conseguiram alcançar na corrida da vida. Como a corda rebenta na parte mais fraca, boa parte do ônus para socorrer os mais necessitados recaiu sobre os ombros da classe média, fazendo com que muitos destes passassem para o grupo dos pobres, aumentando o contingente de necessitados.
Segundo o último levantamento, Marília possui hoje cerca de 13 favelas
com maioria parda e sem rede de esgoto, segundo o IBGE, no entanto, a pobreza não está somente nestes lugares. Há muita gente que vive em outros locais e que vivem abaixo da linha de pobreza. Às vezes em casebres, às vezes embaixo de pontes e viadutos.
APENAS como curiosidade, no plano de governo apresentado pelos candidatos a prefeito na última eleição, não constava nenhum projeto contemplando o combate a pobreza, inclusive do prefeito eleito. INFELIZMENTE. Não há uma conscientização de construção de uma sociedade mais justa, digna e humanitária. QUAL SERIA O MOTIVO?
A RESPOSTA É SIMPLES, ESSA MATÉRIA ESTÁ SENDO PRODUZIDA NO DIA DA PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA, JUSTAMENTE YARA CONSCIENTIZAR QUE MARÍLIA NÃO VIVE SEQUER UMA REPUBLIQUETA. AQUI VIVEMOS AINDA EM UM SISTEMA TIPO MONÁRQUICO, ONDE SE FAZ NECESSÁRIO OS ESCRAVOS. EM OUTRAS PALAVRAS, ENQUANTO HOUVER POBRES, É POSSÍVEL FAZER POLÍTICA. NO FAMOSO CHAVÃO; ENQUANTO HOUVER MULHER COM O PÉ RACHADO E ALÇA DE SUTIÃ SUJO………BEM POR AI…..
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