Com cada vez menos parlamentares e uma sequência de fracassos retumbantes em eleições, o PSDB, partido do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, já tem data para deixar de existir.

Dirigentes tucanos mantêm conversas desde o final de 2024 com o PSD de Gilberto Kassab e o MDB de Michel Temer, e uma decisão já foi tomada: a legenda será incorporada por um desses dois partidos e será extinta

De acordo com a jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, a cúpula do PSDB já definiu até mesmo a data para tomar a decisão sobre a incorporação ao PSD ou MDB: março deste ano.

“A noiva é bonita e está sendo disputada”, teria dito um interlocutor que acompanha as negociações.

Uma ala do PSDB defende que o nome do partido seja mantido após a fusão com o PSD ou MDB, por meio da ampliação da federação da qual a sigla já faz parte. Essa possibilidade, entretanto, é remota. Com a fusão, o partido que “conquistar” os tucanos não só ampliará sua base parlamentar, como também incorporará sua estrutura partidária e recursos financeiros.

Além do presidente do PSDB, Marconi Perillo, e dos caciques Gilberto Kassab (PSD) e Michel Temer (MDB), participam das conversas de incorporação dos tucanos o presidente do MDB, Baleia Rossi, e lideranças emedebistas como Moreira Franco, Helder Barbalho e Romero Jucá.

Sequência de fracassos

A movimentação ocorre após derrotas consecutivas e a perda de figuras históricas, como Geraldo Alckmin, que migrou para o PSB em 2022, além do enfraquecimento do partido em seu principal reduto político, São Paulo.

Em 2022, o PSDB perdeu o governo paulista para Tarcísio de Freitas (Republicanos) e sofreu uma queda ainda mais expressiva com a fracassada candidatura de José Luiz Datena à prefeitura da capital, na qual o jornalista pontuou apenas 1% na eleição. Além disso, o partido não conseguiu eleger vereadores na cidade.

PSD e MDB são mais cotados para apresentar vice de Lula em 2026. Ambos os partidos têm três ministérios na Esplanada

O PSD e o MDB são os partidos mais cotados para apresentar o candidato à vice do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026. O PSD é a maior legenda do país em número de prefeitos e ocupa três ministérios no Governo Lula: Agricultura com Carlos Fávaro, Minas e Energia com Alexandre Silveira e Pesca com André de Paula.

Integrantes do PSD já demonstraram desejo de ter um ministério mais robusto que a pasta da pesca. No tabuleiro de Lula, segundo apuração da coluna, o Ministério de Ciência e Tecnologia seria uma possibilidade.

PSD
O ex-presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD), também é cotado para ocupar uma pasta. As possibilidades são Justiça, Defesa e Minas e Energia. O PSD também tem a maior bancada do Senado.

MDB
O MDB tem três pastas: Planejamento com Simone Tebet; Cidades com Jader Filho e Transportes com Renan Filho.

Nomes de ministros são naturalmente cotados para o cargo, mas muitas configurações são possíveis. Digamos que do MDB todos seriam nomes possíveis para o cargo, sendo Renan Filho destaque pelas entregas da pasta, e no PSD o mais próximo de Lula é Silveira, tido como o ministro mais lulista entre os não petistas. No entanto, nenhum deles foi mencionado até o momento.

Alckmin
Para repetir a dupla de 2022 com Geraldo Alckmin (PSB), por exemplo, seria necessário que o peesebista mudasse de partido. Perguntado sobre uma possível aliança do PT com PT ou MDB, Lula disse que não pode agora “definir a chapa de 2026″.

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