
Nesta quarta-feira, 8 de janeiro de 2025, uma cerimônia em memória aos 2 anos dos atos do 8 de Janeiro reuniu aproximadamente 1.200 pessoas na Praça dos Três Poderes, em Brasília. A participação foi um tema de preocupação entre a liderança do PT, que temia que o evento perdesse força.
A estimativa de público foi feita pelo site Poder360, que analisou fotos panorâmicas para calcular a quantidade de presentes.
Inicialmente, até às 12h14, o número de participantes estava em torno de 1.000. A maior concentração de público foi registrada às 12h37, pouco antes de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) descer ao local.

Durante seu discurso no Palácio do Planalto, o presidente minimizou a importância de uma grande participação, afirmando que “só uma pessoa já seria o suficiente”.
O evento foi dividido em 4 atos, com o primeiro acontecendo logo pela manhã. A primeira-dama Janja Lula da Silva foi a responsável pela fala inaugural. Em seu discurso, Janja afirmou que o “ódio tentou sufocar a esperança” e destacou que a memória é o principal antídoto contra o autoritarismo. Ela também mencionou, durante cerca de oito minutos, os esforços para a recuperação das obras de arte depredadas durante a invasão ao Planalto em 2023.
Entre as obras reintegradas estavam o relógio do século 17 e a pintura “As Mulatas”, de Di Cavalcanti.
Tensão Política: Comandantes das Forças Armadas não participam de cerimônia em Brasília dos Atos de 8 de Janeiro

A cerimônia realizada no Palácio do Planalto para marcar os dois anos dos atos antidemocráticos de 2023 foi marcada por uma ausência significativa: os comandantes das Forças Armadas não desceram a rampa para participar do evento. Essa decisão reflete um clima de tensão entre o governo e as instituições militares, que tem se intensificado nos últimos meses.
Contexto do Evento
A solenidade teve como objetivo relembrar os ataques ocorridos em 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e diversas autoridades estiveram presentes, enfatizando a importância da defesa da democracia e a necessidade de responsabilização dos envolvidos nos atos.
A Ausência Militar
A não participação dos militares foi interpretada como um sinal claro de desconforto e uma estratégia para evitar associações políticas que pudessem comprometer sua neutralidade. Comandantes das Forças Armadas expressaram preocupações sobre possíveis hostilidades durante a cerimônia, o que pode ter influenciado sua decisão de não descer a rampa.

Razões para a Decisão
Preocupações com a Neutralidade: A Constituição brasileira proíbe a participação de militares da ativa em eventos políticos. Essa diretriz visa garantir que as Forças Armadas permaneçam apartidárias e não se envolvam em disputas políticas, especialmente em um contexto tão delicado como o atual.
Relação Tensa com o Governo: Nos últimos meses, a relação entre o governo Lula e os militares tem sido marcada por desconfiança. As investigações sobre a atuação das Forças Armadas durante os eventos de 2023 criaram um ambiente de incerteza e tensão, levando os comandantes a optarem pela cautela.
Risco de Conflitos: A possibilidade de hostilidades durante o evento foi uma preocupação expressa por membros do alto comando militar. A decisão de não participar pode ter sido uma forma de evitar confrontos ou situações embaraçosas em um ambiente politicamente carregado.
Reações ao Evento
A cerimônia culminou no “abraço da democracia”, onde líderes políticos e cidadãos se uniram em um gesto simbólico. No entanto, a ausência dos militares gerou críticas e especulações sobre o futuro da relação entre as Forças Armadas e o governo federal. Parlamentares da oposição também aproveitaram a ocasião para criticar o evento, sugerindo que ele poderia ser uma “cortina de fumaça” para desviar a atenção das crises enfrentadas pelo governo.
A ausência dos comandantes das Forças Armadas destaca os desafios que o governo enfrenta na construção de uma relação harmoniosa com as instituições militares, fundamentais para a estabilidade democrática do país. O futuro da democracia brasileira dependerá da capacidade dos líderes em dialogar e encontrar um terreno comum em tempos de polarização política
DIRETO DA REDAÇÃO

