
A situação já é PREOCUPANTE e nos remete a lembrar do trágico ano de 2015, onde a taxa de incidência de dengue na região, ou seja, a quantidade de pessoas com a doença a cada 100 mil habitantes, era uma das mais altas do país.
O prefeito coincidentemente era Vinícius Camarinha e na ocasião, quase nesse período, Marília começava o caos que marcaria a vida política do chefe do poder executivo, custando-lhe até a não reeleição, com seis mortes registradas. Marília em pânico com uma epidemia de dengue que ultrapassava a casa dos 1.600 casos registrados.
Segundo os dados são do Painel de Monitoramento da Dengue do Núcleo de Informações Estratégicas em Saúde – NIES, até a publicação desta matéria em Marília, são 758 casos de dengue com assustadores, 1.751 sendo analisados, com um óbito confirmado nesse começo de ano.

Vale lembrar que 2024 foi o segundo ano com mais casos de dengue desde o início da série histórica, ficando atrás apenas justamente de 2015, quando a cidade enfrentou uma epidemia com mais de 20 mil casos confirmados e dezenas de vidas ceifadas.
As experiências negativas de 2015, devem servir de lição para um prefeito que não tem o direito de errar, afinal se aprende com os erros e como já foi prefeito não pode nem sonhar em cometer erros, sendo o mais assertivo possível com medidas mais agressivas como mobilização de agentes, envolvimento de tiro de guerra e escoteiros, além de direcionar unidades de saúde para o atendimento específico e a implantação de armadilhas.
É importante lembrar que, além dessas ações, existem medidas preventivas de responsabilidade da população. Não deixar água parada, realizar a limpeza periódica dos quintais e colaborar com as equipes de controle de endemias, permitindo o acesso às residências, são atitudes fundamentais para combater o mosquito.
Em nossa região
Em um comparativo no Painel de Monitoramento da Dengue do Núcleo de Informações Estratégicas em Saúde, a situação também é preocupante em nossa região. Até ontem, quinta-feira, os casos no município de Garça atingiram 47 confirmações, com 94 em investigação; a vizinha Vera Cruz também sofre com a dengue, sendo 29 positivos e 56 sendo investigados.
Do outro lado, Pompeia somava 48 casos confirmados de dengue até 30 de janeiro com 13 em investigação; A nossa também vizinha Oriente tinha 12 casos com 4 aguardando análise; na cidade de Quintana são 5 casos positivos com 1 em investigação; Mais distante um pouco, encontramos Tupã em situação bem crítica, com 156 casos confirmados e impressionantes 1.373 em investigação.
Marília e região recebem repasse de R$ 8,5 milhões para intensificar combate à dengue

O combate à dengue em São Paulo ganha força com o repasse de R$ 228 milhões do IGM SUS Paulista (Incentivo à Gestão Municipal), com destaque para a região de Marília, que receberá R$ 8,5 milhões para intensificar as ações contra o mosquito transmissor Aedes aegypti.
Governo de SP repassa R$ 1,9 mi a Bauru para o combate à dengue

O governo de São Paulo anunciou o repasse de R$ 12,4 milhões do Incentivo à Gestão Municipal (IGM) SUS Paulista para apoiar os 68 municípios da região de Bauru no enfrentamento à dengue. A medida faz parte de um pacote mais amplo de repasses contra dengue que envolve R$ 228 milhões aos 645 municípios do Estado. Bauru, especificamente, receberá R$ 1,9 milhão.
O anúncio foi feito na semana passada no Palácio dos Bandeirantes. Durante o evento, o governador Tarcísio de Freitas também assinou o decreto de criação do Centro de Operações de Emergências (COE) de combate ao Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, chikungunya e zika.

A Secretaria de Saúde, por meio da Divisão de Vigilância Ambiental ligada ao Departamento de Saúde Coletiva, concretizou a implantação de armadilhas em todas as regiões do município. O trabalho é realizado pelos agentes de combate às endemias que já monitoram, semanalmente e em tempo real, as 500 armadilhas instaladas desde o início do ano passado.
As armadilhas Mosquitrap atraem as fêmeas grávidas do inseto através de um chamativo sintético de oviposição (para a fêmea expelir os ovos) presente no interior da armadilha. Ao entrar, a fêmea fica presa no adesivo fixado em seu interior, facilitando a posterior coleta para monitoramento.
Semanalmente, os agentes de endemias vistoriam as armadilhas instaladas em imóveis residenciais e comerciais, recolhendo os insetos capturados para enviar ao laboratório que fará o estudo genético e de identificação dos tipos dos mosquitos. A partir do resultado, o sistema gera índices de infestação, gráficos, mapas e tabelas, em tempo real, e são disponibilizadas no site do MI-Aedes para que o gestor do sistema no município acesse o material e identifique as áreas de risco, possibilitando trabalhar no desenvolvimento de ações específicas de combate ao vetor para cada bairro da cidade.
O sistema de monitoramento inteligente foi adquirido no início de 2023 e permite localizar os focos do mosquito, otimizando tempo e recursos, para realizar um mapeamento do vírus do mosquito em cada região da cidade. O trabalho possibilita antecipar os resultados da circulação viral através da identificação dos tipos da dengue, zika, chikungunya e febre amarela, como também as ações de combate aos focos de infestação.
Enquanto as equipes da Vigilância Ambiental mapeiam a população de Aedes aegypti, os agentes de saúde continuam com as visitas domiciliares com prioridade para as regiões consideradas críticas. Também ocorrem trabalhos em parcerias com imobiliárias para monitoramento de imóveis fechados.

Governo de SP destina R$ 12,4 milhões para intensificar o combate à dengue na região de São José do Rio Preto
O Governo de São Paulo anunciou o repasse de R$ 228 milhões do IGM SUS Paulista (Incentivo à Gestão Municipal) para apoiar os 645 municípios no enfrentamento da dengue. A região de São José do Rio Preto receberá o repasse de R$ 12,4 milhões. Durante o evento, que aconteceu nesta quinta-feira (23), no Palácio dos Bandeirantes, o governador Tarcísio de Freitas também assinou o decreto de criação do Centro de Operações de Emergências (COE) de combate ao Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, chikungunya e Zika.
As primeiras Esyações Disseminadoras de Larvicidas (EDLs), usadas como armadilha para o mosquito Aedes aegypti transmissor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela foram implantadas nesta sexta-feira (31) em
São José do Rio Preto. A ação iniciou-se no bairro Estoril.
Na quinta-feira (30), as equipes do Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Ministério Público treinaram os supervisores da Vigilância Ambiental para o manejo do EDLs. Rio Preto recebeu três mil EDLs que serão implementadas nas casas de 13 áreas com maior incidência de dengue.
Dengue

O vírus da dengue é transmitido pela picada da fêmea do Aedes aegypti, um mosquito que costuma picar durante o dia (no início da manhã ou no final da tarde) e se multiplica em locais onde tem água parada. Ele vive dentro das casas e ao redor de residências, como em quintais e calçadas, por isso os cuidados precisam ser contínuos.
Existem quatro tipos diferente desse vírus (DENV-1, 2, 3 e 4) e a infecção gera imunidade permanente – mas apenas contra um deles. Ou seja, é possível pegar dengue mais de uma vez. Além disso, dengue é uma arbovirose que pode afetar crianças e adultos. Pessoas com doenças crônicas, como diabetes e pressão alta, além de mulheres grávidas, crianças de até 2 anos e pessoas maiores de 65 anos têm maior risco de desenvolver complicações pela doença.
A maioria dos casos é assintomático, ou seja, não apresenta sintomas. No entanto, ao desenvolver os primeiros sintomas, é preciso buscar atendimento médico para orientar a conduta.
Sintomas
Em adultos, a primeira manifestação é febre entre 39°C a 40°C de início rápido, associada a:
- Dor de cabeça;
- Cansaço e mal-estar;
- Dor atrás dos olhos;
- Dores no corpo, nas juntas e atrás dos olhos;
- Manchas vermelhas no corpo que podem coçar.
Na dengue mais grave, depois do terceiro dia da doença, quando a febre começa a diminuir, costumam aparecer:
- Sinais de hemorragia, como sangramento no nariz e na gengiva;
- Rompimento de vasos superficiais da pele (hematomas).
Em casos mais raros, podem ocorrer sangramentos no aparelho digestivo e nas vias urinárias.
Diagnóstico
Não há necessidade de fazer exames específicos para diagnosticar a doença, já que o reconhecimento é baseado nas manifestações clínicas apresentadas pelo indivíduo. No entanto, para apoiar o diagnóstico clínico podem ser realizados exames laboratoriais até o 5° dia de início da doença para identificação do vírus, além de pesquisa de anticorpos a partir do 6° dia de início da doença.
Prevenção
A vacina contra dengue entrou no Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) em fevereiro de 2024. A Qdenga conta com um esquema de duas doses, que devem ser tomadas em um intervalo de três meses. Ela pode ser aplicada em pessoas de 4 a 60 anos de idade. Após o contágio pelo vírus da dengue, é recomendado esperar seis meses para tomar o imunizante.
No planejamento inicial da campanha no SUS, crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, 11 meses e 29 dias são os primeiros contemplados para receber a vacina.
Embora exista a vacina contra a doença, o controle do vetor Aedes aegypti é o principal método para a prevenção da dengue e também de outras arboviroses urbanas como a chikungunya e zika.
Além das ações realizadas por agentes de saúde, medidas preventivas devem ser adotadas pela população, durante todo ano. São elas:
- utilizar telas nas janelas e repelentes em áreas de reconhecida transmissão;
- remover recipientes com água parada, onde o mosquito deposita os ovos e se reproduz, como bandejas de ar-condicionado, calhas, pratos de vasos de plantas;
- vedar reservatórios e caixas de água;
- desentupir calhas, lajes e ralos;
- manter os ambientes livres de lixo e ter cuidado ao guardar materiais como garrafas, pneus, e até vasos sanitários sem uso;
- participar na fiscalização das ações de prevenção e controle da dengue executadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Tratamento
Não existe um medicamento específico para tratar a dengue. Repousar e tomar muito líquido para evitar a desidratação são medidas importantes para aliviar os sintomas.
Além disso, não é recomendado tomar remédios por conta própria. O uso de medicamentos compostos por ácido acetilsalicílico, como aspirina, Melhoral, AAS e de anti-inflamatórios como diclofenaco, nimesulida e ibuprofeno, podem aumentar o risco de sangramentos. Não se esqueça, casos de dengue ou suspeitos precisam de orientação médica.
Transmissão
A dengue é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes Aegypti, quando o inseto carrega um dos quatro sorotipos do vírus. O Aedes é um mosquito que vive em áreas urbanas, principalmente as mais povoadas. É nesse tipo de lugar que o mosquito encontra condições ideais para se proliferar. Além disso, por causa do calor e das chuvas, que facilitam sua reprodução, ele se multiplica no verão.
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