
É oficial. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou nesta segunda-feira (12/5) que Carlo Ancelotti é o novo técnico da Seleção Brasileira, com contrato até o fim da Copa do Mundo de 2026. Desta forma, chega ao fim a longa “novela” da procura por um treinador após a demissão de Dorival Júnior, que ocorreu em 28 de março.
Carlo Ancelotti começará o trabalho na Seleção Brasileira visando à data Fifa de junho. Ele se despedirá do Real Madrid em 25 de maio, na última rodada do Campeonato Espanhol, e treinará o Brasil no duelos com Equador e Paraguai, pelas Eliminatórias Sul-Americanas para o Mundial do próximo ano.
“O impacto de Ancelotti vai além de resultados; ele é um estrategista que transforma equipes em lendas. O Brasil, com sua tradição única, e Ancelotti, com sua visão revolucionária, formarão uma parceria que vai entrar para a história”Ednaldo Rodrigues, presidente da Confederação Brasileira de Futebol.
A temporada de Carlo Ancelotti no Real Madrid
A temporada de Carleto, histórico treinador do futebol europeu, não foi tão boa quanto o esperado. Sob comando do italiano, o Real Madrid foi eliminado nas quartas da Champions League – competição em que é pentacampeão como técnico -, vice da Copa do Rei e da Supercopa da Espanha e deve terminar em segundo no Espanhol.
Nessas três competições nacionais, a crise da equipe de Carlo Ancelotti foi agravada pelas sucessivas derrotas para o Barcelona. O rival, que deve conquistar LaLiga e chegar à tríplice coroa na Espanha, venceu todos os clássicos da temporada pela primeira vez na história – foram quatro jogos disputados.

Carreira de Ancelotti como treinador
Carlo Ancelotti passou por alguns dos principais clubes do planeta e foi multicampeão ao longo da carreira. Ele iniciou a trajetória como técnico no Parma, em 1996/1997. Posteriormente, comandou a Juventus por três temporadas (1998/1999, 1999/2000 e 2000/2001).
Depois, assinou com o Milan e comandou o time por oito temporadas (2001/2002 até 2008/2009). Em 2009/2010, teve a primeira experiência fora do futebol italiano – se transferiu para o Chelsea, da Inglaterra, e permaneceu no clube até 2010/2011.
Na temporada seguinte, trabalhou no Paris Saint-Germain, em que ficou até 2012/2013. Em 2013/2014, teve a primeira passagem da carreira no Real Madrid, onde ficou até 2014/2015.
Posteriormente, passou duas temporadas no Bayern de Munique (2016/2017 e 2017/2018), duas no Napoli (2018/2019 e 2019/2020) e duas no Everton (2019/2020 e 2020/2021).
Em 2021/2022, retornou ao Real Madrid para a segunda passagem no comando da equipe merengue e continuou até o fim de 2024/25, quando assinou com o Brasil.
Principais títulos de Ancelotti como técnico
- 3x Mundial de Clubes
- 5x Champions League
- 5x Supercopa da Europa
- 2x LaLiga (Campeonato Espanhol)
- 2x Bundesliga (Campeonato Alemão)
- 1x Campeonato Italiano
- 1x Campeonato Francês
O salário que a CBF pagará para Ancelotti ser o técnico da Seleção Brasileira
Para contar com o atual técnico do Real Madrid no final das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2025 e, sobretudo, na disputa da Copa do Mundo de 2026, a CBF topou oferecer um salário de R$ 60 milhões por ano.
Desta forma, o salário de Ancelotti por mês na Seleção Brasileira será de R$ 5 milhões. Esse valor é bem próximo do que ele ganha atualmente no clube espanhol e quase do dobro do que recebia Tite, comandante do Brasil nos Mundiais de 2022 e 2018.
Acrescenta-se ainda um bônus de R$ 31 milhões em caso de vitória na Copa do Mundo de 2026. Além disso, o contrato inclui uma série de mordomias, como o fretamento de um avião para viagens à Europa e o pagamento do aluguel de um apartamento no Rio de Janeiro.
Isso deve posicionar Ancelotti, aos 65 anos, como o profissional mais bem pago entre aqueles que comandam seleções.
O maior salário pertencia ao alemão Thomas Tuchel, que fatura R$ 3,1 milhões por mês para comandar a Inglaterra. O argentino Mauricio Pochettino aparecia em segundo na lista, com R$ 2,8 milhões mensais à frente da equipe dos Estados Unidos. Os vencimentos dos dois foram revelados pelos jornais The Sun e The Athletic.
Para Ancelotti, ainda é prevista uma cláusula de aumento automático de 20% em sua remuneração caso a seleção seja semifinalista da Copa do Mundo de 2026.
DIRETO DO PLANTÃO ESPORTIVO

