Deixar de sentir prazer é sempre uma preocupação que aumenta com o passar dos anos! Quantas mulheres já não desejaram ter uma versão da pílula azul para usar? Agora que ela é uma possibilidade em nosso país, confira a explicação da Dra. Camila de Melo Campos e da Dra. Mariana Seabra, credenciada da rede Mater Dei, sobre o medicamento!

O que é viagra feminino?

A Fibanserina, segund Mariana, é uma nova opção não hormonal, “usada no tratamento do desejo sexual hipoativo em mulheres na pré-menopausa, ou seja, na falta de desejo sexual ou ausência de maneira persistente ou recorrente.” Como a falta de vontade em se relacionar sexualmente pode causar sofrimento pessoal e interpessoal, a pílula rosa, de nome comercial Addiy, é um medicamento que, conforme Camila, “foi utilizado inicialmente como antidepressivo por aumentar a circulação de neurotransmissores relacionados à libido – a dopamina e a noradrenalina”. Entretanto, cabe o uso para o estímulo do desejo em si.

Para que serve o viagra feminino?

Como indica a especialista, é importante não usar o termo “viagra feminino” como uma simples versão para o sexo oposto do mesmo medicamento usado em homens. A médica explica que “o mecanismo de ação é bem diferente e não há correlação entre as indicações do tratamento”.

Segundo ela, além de estimular a atividade dopaminérgica e noradrenérgica, ele “age como um antagonista na via serotoninérgica, associada à inibição de resposta aos estímulos sexuais”, de forma que a sugestão ao sexo tenha maior efeito sobre o desejo.

Gostei da ideia desse viagra! Mas como me cuidar?

Sobre o medicamento, a ginecologista Camila de Melo Campos afirma que “é um medicamento que deve ser usado diariamente, não só antes da relação sexual, mas que pode trazer efeitos colaterais como tontura, fadiga, desmaio, boca seca, náusea, insônia e queda de pressão”.

Porém, atenção! A especialista indica que “só está liberado o uso desse medicamento para mulheres na pré-menopausa e não pode ser consumido com álcool!”

A Dra. Mariana complementa, “no uso, é importante relatar todos os medicamentos que está tomando e suas condições clínicas, em especial as psiquiátricas”. Da mesma forma, nos efeitos ao sistema nervoso, a médica indica que “pela possibilidade de reduzir a atenção e causar sonolência, é recomendado que não se utilize o medicamento no trabalho e que se tenha cuidado ao dirigir ou manusear equipamentos pesados, no período mínimo de 6 horas após o uso”.

Mariana Seabra também não recomenda o uso do medicamento para pacientes com insuficiência hepática porque ele é metabolizado pelas enzimas do fígado. Por fim, grávidas e lactantes devem recorrer a outras formas de tratamento para a disfunção sexual.

Dúvidas sobre viagra feminino

Se interessou pelo uso, mas ficou com alguns questionamentos que estão te impedindo de sentir tesão pelo tratamento? Tire suas dúvidas com a Dra. Mariana!

 Você recomendaria para os seus pacientes?

Mariana Seabra (MS): Caso realmente exista indicação, recomendaria o uso às minhas pacientes.

 É seguro?

MS: De modo geral, o medicamento tem se mostrado seguro nos trabalhos existentes até o momento. Mesmo assim, o viagra feminino continua sendo estudado após a aprovação pelo órgão regulador norte americano, o FDA. Como a utilização é supervisionada, chamamos farmacovigilância.

Posso tomar sem prescrição médica?

MS: Será necessária prescrição médica para utilização, pois se trata de um medicamento considerado um psicofármaco com ação no sistema nervoso central.

Quanto tempo dura o efeito?

MS: A meia-vida aproximada é de 11 horas, mas o pico máximo de ação é até 6 horas após a utilização. 

Qual é o valor?

MS: Como ainda não está disponível no Brasil, não é possível saber.

A ideia de voltar a sentir yesão definitivamente é um atrativo, mas é importante destacar a fala da Dra. Camila, “o transtorno de desejo sexual hipoativo tem causa multifatorial” e pode envolver outras formas de tratamento.

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