
Pelo visto a vereadora Rossana Camacho conseguiu alimentar um pequeno fio de esperança de se manter na cadeira legislativa de Marília. Embora a mesma tenha afirmado que iria recorrer, especialistas afirmavam que seria missão impossível, pois ela não era mencionada no processo.
A única esperança seria se a presidência do partido Mobiliza resolvesse recorrer, mas, em off, o mesmo havia declarado ao jornalista Fernando Garcia da Rádio Clube que não o faria, pois em caso de revés ele poderia pagar uma multa altíssima.
Para nossa surpresa no início da tarde deste domingo 8, o partido Mobiliza emitiu nota, sobre anulação dos votos obtidos na eleição de 2024 em Marília e determinação da Justiça Eleitoral para definição do novo quociente eleitoral, que pode tirar da Câmara a vereadora Rossana Camacho (PSD).

A nota chegou a nossa redação assinada pelo presidente do partido, Sandro Espadoto, cuja decisão judicial tornou inelegível por oito anos sob alegada fraude nas candidaturas femininas na última eleição.
Sandro relatou que “tem recebido pressão, contato e falas obscuras de pessoas ligadas à candidata de outro partido que teria sido eleita, pois supostamente poderia perder a cadeira com eventual recontagem dos votos”.
O mesmo ainda informou que “estranhamente, uma outra determinada candidata do seu partido, que ocupa cargo na secretaria da educação, teria retirado o advogado do partido e habilitado outros profissionais ligados a vereadora que se julga atingida, mas que foi inerte em toda instrução processual”.
Apenas para recordar, na terça-feira passada (3), o juiz eleitoral, José Antonio Bernardo, julgou ação por fraude em cota de gênero (vagas reservadas para candidaturas de mulheres) e decidiu pela anulação dos cerca de 5 mil votos obtidos pelo partido Mobiliza nas eleições de 2024.
Com a anulação, o quociente eleitoral deve mudar, com novo cálculo do quociente eleitoral aqui na cidade e com isso, a vereadora delegada Rossana Camacho (PSD) deixaria a cadeira na Câmara e o suplente de vereador pelo Podemos, José Carlos Albuquerque, que provocou a ação, deve assumir o lugar dela. RELEMBRE A MATÉRIA
Ainda sobre a nota, o presidente do Mobiliza falou que esses “novos advogados podem ter ferido a ética profissional” e que o partido “adotará todas as providências legais para garantia dos direitos”. Nomes nem detalhes não são citados na nota assinada por Sandro Espadoto.
A ação que anulou os votos do Mobiliza foi movida pelo candidato e ex-vereador José Carlos Albuquerque (Podemos), que não se elegeu e moveu mais ações, sendo uma delas contra o partido Republicanos da vereadora Vânia Ramos. O processo está em fase de recurso.

A confirmação oficial dessa mudança só vai ocorrer após o novo quociente eleitoral, que deve ser realizado pela Justiça Eleitoral nesta semana que se inicia. CONFIRA A NOTA ENVIADA A NOSSA REDAÇÃO
NOTA A IMPRENSA
O Partido Mobiliza, através de seu Presidente Sandro Espadoto, COMUNICA que em relação ao processo ajuizado pelo candidato de outro partido que questiona a legitimidade das candidaturas femininas do MOBILIZA, que após reunião com departamento jurídico alega que vai recorrer da sentença.
Esclarece ainda que tem recebido pressão, contato e fala obscuras de pessoas ligadas a candidata de outro partido que teria sido eleita, pois supostamente poderia perder a cadeira com eventual recontagem dos votos.
Informa ainda que estranhamente determinada candidata do seu partido teria retirado o advogado do partido e habilitado outros profissionais ligados a vereadora que se julga atingida, mas que foi inerte em toda instrução processual.
Quanto aos novos advogados podem ter ferido a ética profissional.
O MOBILIZA adotará todas as providências legais para garantia dos direitos
Marília, 08 de junho de 2025.
PARTIDO MOBILIZA
Presidente
DIRETO DA REDAÇÃO

