REALMENTE A SESSÃO CAMARÁRIA DE MARÍLIA ENTRARÁ PARA A HISTÓRIA. Além do projeto que extingue a lendária COODEMAR, os nobres edis votarão também a CRIAÇÃO DA LOTERIA MUNICIPAL.

Jogos de apostas aparentemente inocentes, as conhecidas bets vêm se transformando num grave problema de saúde pública, levando pessoas ao vício e endividamento. Uma situação classificada como “pandemia” .

Legalizadas no Brasil em 2018 sem regulamentação adequada, as bets têm revelado sua face perversa. Comprometimento da renda, do bem-estar emocional dos apostadores e familiares, depressão, ansiedade, perda do emprego e até do casamento são alguns dos efeitos colaterais da disseminação indiscriminada das casas de apostas virtuais que inundaram a internet nos últimos anos, conforme reportagem do site BBC publicada intitulada “Os divórcios motivados pelo vício em bets e jogo do tigrinho: ‘Meu marido vendeu nossa casa’”.

Desde a regulamentação das apostas online no Brasil, o setor passou a movimentar cifras bilionárias. Para se ter uma ideia, os apostadores brasileiros gastaram até R$ 30 bilhões por mês em bets entre janeiro e março de 2025, segundo o secretário-executivo do Banco Central, Rogério Lucca.

Esses números estrondosos acenderam um alerta quanto aos efeitos sociais da atividade, especialmente entre trabalhadores das classes menos favorecidas. Dados do Datafolha de 2024 apontam que mais de 32 milhões de brasileiros já apostaram em plataformas digitais, evidenciando a rápida penetração desse mercado em todas as regiões e faixas sociais do país.

No entanto, o levantamento também revela que os impactos negativos se concentram entre jovens, homens e trabalhadores das classes C, D e E, que representam 62% do público mais afetado. Embora o valor médio mensal investido em apostas seja de R$ 263, a dimensão financeira do fenômeno é expressiva.

Mais do que números, o problema tem rosto e consequência direta no cotidiano. Trabalhadoras e trabalhadores apostadores recorrem a empréstimos para cobrir despesas básicas e fazem pedidos frequentes de adiantamento salarial para quitar dívidas com jogos. Esse endividamento constante afeta o desempenho profissional, provocando estresse, ansiedade, queda de produtividade e até depressão.

DENTRO DESTE CENÁRIO, É IMPORTANTE DESTACAR QUE A CIDADE DE MARÍLIA É A CAPITAL ESTADUAL DO SUICÍDIO E A INICIATIVA DO NOBRE PREFEITO, NÃO AUXILIA EM NADA O COMBATE A ESTE TRISTE TÍTULO QUE ENTRISTECE DEZENAS DE FAMÍLIAS ANUALMENTE.

Aposta para criar Loteria Municipal é considerada irregular pelo Governo Federal

Governo Federal considera irregular que prefeituras criem suas próprias loterias, o que pode afetar diretamente o projeto da Loteria Municipal de MARILIA — uma iniciativa a ser aprovada pela Câmara Municipal e cujo objetivo é arrecadar recursos, como se não bastasse a altíssima carga tributária para o próximo ano

A Prefeitura será uma das 77 cidades brasileiras que estudam implantar loterias municipais. A proposta enviada ao Legislativo por orientação do Executivo, ou seja do prefeito VINÍCIUS CAMARINHA, defende a legalidade do modelo. No entanto, o Ministério da Fazenda entende que apenas a União e os estados podem operar sistemas de loteria.

De acordo com a pasta, uma lei federal e uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) estabelecem que as loterias não são exclusivas do Governo Federal — mas também não há previsão expressa que autorize as prefeituras a criarem os seus próprios sistemas. Por esse motivo, o tema deverá ser analisado novamente pelo STF, ainda sem data definida para julgamento.

Caso o Supremo decida pela proibição das loterias municipais, MARÍLIA não poderá levar adiante seu projeto, cujos lucros seriam destinados integralmente ao sistema previdenciário municipal.

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